Aécio Neves, o cambaleante presidenciável tucano, sonha com o retorno da
política subserviente de “alinhamento automático” com os EUA, que foi
implantada no triste reinado de FHC. Em discursos e artigos, ele vive
criticando a postura mais altiva e ativa do Itamaraty a partir de
eleição de Lula, em 2002, que permitiu ao Brasil diversificar suas
relações comerciais e reforçar os laços de integração da América Latina.
Nesta segunda-feira (24), o tucano com complexo de vira-lata publicou
mais um texto na Folha sobre a tal “diplomacia à deriva”, condenando as
notas da Unasul e do Mercosul em apoio ao governo da Venezuela. O texto
parece até ter sido escrito pelo Departamento de Estado dos EUA.
Para o senador mineiro, o governo brasileiro deveria aproveitar a atual
crise política para se afastar da nação vizinha e irmã. “Ao assinar as
notas do Mercosul e Unasul que emprestam respaldo ao presidente Nicolás
Maduro, o Brasil ignora as respostas que o governo venezuelano tem dado
às manifestações de protesto, com flagrante repressão contra toda e
qualquer oposição e o cerceamento ostensivo à liberdade de expressão”,
afirma, cinicamente, o colonizado político do PSDB. O texto destila ódio
contra o “chavismo” e conclui que “o Brasil submete sua política
externa às conveniências ideológicas, deixando de representar os
interesses permanentes do Estado para defender o ideário do governo de
plantão”.
Se dependesse do cambaleante candidato tucano, o Brasil não romperia
apenas as relações diplomáticas e comerciais com a Venezuela. O país
também jogaria no fracasso do Mercosul, da Unasul e de todas as
iniciativas de integração regional soberana; apostaria as suas fichas na
chamada Aliança do Pacífico – uma articulação do império ianque para
sabotar a unidade latino-americana –; e voltaria a ser um quintal dos
EUA, com a aprovação do tratado neocolonial da Alca. Para Aécio Neves,
toda a política externa dos governos Lula e Dilma está errada. “Longe de
ser um fato isolado, a posição [sobre a Venezuela] se inscreve no rol
de desacertos desde que o governo impôs à atuação da Chancelaria o viés
partidário”.
Ele condena a “aceitação dócil da expropriação das refinarias da
Petrobras em Santa Cruz” – talvez preferisse enviar tropas para a
Bolívia; a atitude diplomática frente à “deportação dos boxeadores
cubanos nos Jogos Pan-Americanos de 2007” e o tratamento dado ao senador
mafioso exilado na Embaixada em La Paz. Ele também critica a iniciativa
do Brasil e de outros países da região de excluir os golpista do
Paraguai do Mercosul. Suas posições sobre política externa, não por
acaso, combinam perfeitamente com as ordens dos EUA e as manipulações da
mídia colonizada. O tucano não nega o complexo de vira-lata que domina a
elite subserviente do Brasil.
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Postado há 3 hours ago por Blog Justiceira de Esquerda
Do Blog Justiceira de Esquerda.
Lógico na Venezuela não tem pó.
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