Foto de Lula e Dilma sorrindo irrita FHC
Esses dias, uma foto alvoroçou o mercado
jornalístico e a cena política brasileira. A foto não foi um flagrante,
nem uma câmera escondida, nenhum político recebendo propina, nem em
companhia de amantes ou figuras suspeitas, nada com uma aparência que
ocasionasse algum tipo de reflexão perturbadora ou fora do comum. A foto
em questão é essa.
Para qualquer mortal seria uma foto
comum, uma reunião de trabalho muito animada, um momento de
descontração. Mas, o olhar mais atento de alguém mais capacitado para
tal feito, alguém que seja chamado por jornalistas de plantão de
professor, Filósofo, Sociólogo, Ufólogo entre tantos títulos nobres,
revelou algo mais profundo. O Príncipe da sociologia como não poderia
deixar de ser, detesta o Brasil e para exemplificar melhor toda sordidez
da foto, o “Professor Cardoso” nos leva em um passeio pela revolução
Francesa entre Rainhas e Nobres. A crítica para a tal foto rendeu uma
matéria especial no UOL.
Veja o artigo sobre a foto alegre do Lula e da Dilma
Estranhos momentos os que estamos vivendo
no Brasil. Há poucos dias os jornais publicaram a foto de um encontro
no Palácio da Alvorada. De mãos dadas, a presidente e seu mentor posam
vitoriosos, enquanto o presidente do PT e dois alegados chefes
publicitários da futura campanha reeleitoral, embevecidos e sorridentes,
antegozam futuros êxitos. Por que tanta alegria?
Será que, estando no poder central, eles
não se dão conta do que vai pelas ruas, nem do que acontece no mundo?
Não estariam a repetir a velha história de Maria Antonieta na Revolução
Francesa? Não que eu esteja também a delirar. Bem sei que não há
qualquer revolução à vista.
Mas a esdrúxula foto faz recordar o ânimo
fútil da rainha, com os maiorais se deixando flagrar tão
despreocupados, enquanto as pessoas estão, na realidade, assustadas.
Assustadas com as sombrias perspectivas do futuro, temerosas da
violência larvar de um povo que era tido como pacífico (não há dia sem
ônibus queimados, nem sem pessoas amarradas apanhando dos que descreem
da Justiça e querem fazê-la por conta própria), espantadas com a
montanha de lixo jogada nas ruas pelos cariocas em um só dia de greve
dos garis no Carnaval….
Fernando Henrique Cardoso82 anos, sociólogo, professor e pesquisador. Foi senador, ministro das Relações Exteriores e da Fazenda, e presidente da República (1995-2002)
FHC achincalha Congresso e não tem direito de nos tomar por tolos
Gleisi HoffmannEspecial para o UOL
Não me passaria pela cabeça que o
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pudesse iniciar um artigo de
opinião censurando o sorriso de alguém. Ao indagar com tanto mau humor a
razão da alegria estampada na foto da presidenta Dilma com o
ex-presidente Lula no Palácio da Alvorada, o ex-presidente surpreende
pelo azedume e pela amargura.
A sequência de ataques do artigo parece
indicar que o autor renunciou à cadeira de referencial de equilíbrio e
estabilidade do debate nacional, que muitos lhe atribuem, para especular
sobre uma imaginária (e inexistente) indiferença da presidenta Dilma, e
do poder central, em relação às manifestações das ruas e a alguns
acontecimentos dos últimos dias. Com todo o respeito, cumpre que o
ex-presidente volte à razão.
Testemunhei na Casa Civil o esforço da
presidenta para entender e atender as ruas. Ela foi praticamente a
única, entre as lideranças políticas deste país, a expor-se, a
manifestar-se claramente, a ter iniciativas. As manifestações carecem
ainda de melhor análise histórica, mas, seguramente, erra quem insiste
em tentar atribuir toda a insatisfação ao governo central. Será que o
ex-presidente acredita que as manifestações eram a favor da oposição?
Nenhum governante da oposição foi alvo de protestos?
INSTABILIDADE
A sequência de ataques parece indicar que
FHC renunciou à cadeira de referencial de equilíbrio e estabilidade do
debate nacional; com todo o respeito, cumpre que o ex-presidente volte à
razão
Ele fala de crise do setor elétrico como
se o apagão de 2001/2002 não estivesse na memória do país. A crítica à
suposta imprevidência só pode ser a si mesmo e a seu governo. Sobre a
inflação, diz que é “bem mais” que 6% ao ano, sem citar, contudo,
qualquer fonte que possa sustentar seu índice impreciso e irreal.
Esquece-se de que deixou ao país uma inflação de 12,7% em 2002.
Com sua prosa instruída, sua cultura e
sua força retórica, o ex-presidente cita Maria Antonieta e tenta, em
vão, associá-la a personagens da história brasileira no presente. Não
faz sentido. Os líderes do atual governo, a começar pela presidenta
Dilma, podem orgulhar-se da enorme proximidade com as pessoas. Governam
para a maioria. Não é por acaso que os pobres melhoraram de vida e
passaram a ter otimismo e esperança.
Fernando Henrique agora critica o
clientelismo e a inépcia assegurada por 30 partidos no Congresso. Nem
parece que passou oito anos no comando do Executivo, sem dizer “a” ou
“b” sobre reforma política. E que governou com um sistema de base
parlamentar tão ampla que alterou a Constituição Federal para garantir
sua reeleição.
CRÍTICAS
O curioso é que, depois de achincalhar o
Congresso, o ex-presidente conclama o conjunto da “classe política” a
assumir parcelas de responsabilidade sobre os rumos do Brasil para
construírem a política do amanhã. Fiquei pensando: ele tem direito de
dizer o que muito bem quiser. Não tem é o direito de nos tomar por
tolos.
Gosto da ideia de buscarmos unir a todos
os brasileiros em torno das questões fundamentais para a nossa nação.
Não concordo que os temas essenciais sejam a troca da guarda nem a
revolta contra o sorriso, mas sem dúvida é preciso aprofundar o debate
sobre a economia, a política e as questões sociais. Isso é o fundamental
para a construção do futuro. E o futuro pode ser edificado sim com
alegria e sorrisos.
Gleisi Hoffmann48 anos, é senadora (PT-PR) e ex-ministra da Casa Civil (2011-2014)
Também do Meu blog de política!
Saraiva
ResponderExcluirCostumo assistir na TV Senado os discursos da Senadora Gleisi Hoffmann e da Senadora Vanessa Grazziotin, a coragem destas duas mulheres me surpreende bastante, admirável o modo como defendem o nosso país e como enfrentam a velha e direita ordinária.
Quanto ao FHC, gostei da parte "ufólogo" (hehehehe), é verdade, nisso ele é especialista, principalmente em abdução do bem público.
Um grande abraço meu amigo
Ops, corrigindo: a velha Direita ordinária.
ResponderExcluirBurgos,
ResponderExcluirExcelente comentário, amigo.
Tenha uma ótima noite.
Abraços,
Saraiva
Burgos,
ResponderExcluirExcelente comentário, amigo.
Tenha uma ótima noite.
Abraços,
Saraiva
No desespero o homem culto, poliglota, sábio e príncipe da privataria, deixa seus quesitos de polidez e parte para um ataque digno de um inculto, onde verbaliza sua raiva, ódio e inveja, pois é, enfim esse é o homem que se acha.
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