Bastou o ministro demonstrar que esgotou sua capacidade de influir seus
colegas para fazer valer a pressão da mídia e setores oligárquicos da
imprensa já dão sinais de abandoná-lo
Ao fim do capítulo do julgamento dos embargos infringentes na AP-470 que
ontem (27) absolveu José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares e outros
réus do crime de formação de quadrilha, o presidente do Supremo Tribunal
Federal, Joaquim Barbosa, o último a votar – quando já não era mais
possível reverter o veredito – fez um discurso com frases de efeito tais
como "alertar à nação", "sanha reformadora" etc. Aos olhos de quem
trabalha com a divulgação de informação, ficou claro que se tratava de
uma fala que poderia perfeitamente ser editada pelos telejornais,
reforçando o viés moralizador de uma potencial campanha política dele,
Joaquim Barbosa...Leia o texto completo aqui
Bastou o ministro demonstrar que
esgotou sua capacidade de influir seus colegas para fazer valer a
pressão da mídia e setores oligárquicos da imprensa já dão sinais de
abandoná-lo
por Helena Sthephanowitz
publicado
28/02/2014 10:49,
última modificação
28/02/2014 12:25
Nelson Jr/SCO/STF
Ao fim do capítulo do julgamento dos embargos
infringentes na AP-470 que ontem (27) absolveu José Dirceu, José
Genoino, Delúbio Soares e outros réus do crime de formação de quadrilha,
o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, o último a
votar – quando já não era mais possível reverter o veredito – fez um
discurso com frases de efeito tais como "alertar à nação", "sanha
reformadora" etc. Aos olhos de quem trabalha com a divulgação de
informação, ficou claro que se tratava de uma fala que poderia
perfeitamente ser editada pelos telejornais, reforçando o viés
moralizador de uma potencial campanha política dele, Joaquim Barbosa.
Mas não foi o que se viu na edição do Jornal Nacional. As frases que poderiam ter composto um mosaico de maior impacto político foram suprimidas. Foi ao ar apenas a lamentação do magistrado pela inversão da sentença, de condenação para absolvição: “Esta é uma tarde triste para este Supremo Tribunal Federal, porque, com argumentos pífios, foi reformada, jogada por terra, extirpada do mundo jurídico, uma decisão plenária sólida, extremamente bem fundamentada, que foi aquela tomada por este plenário no segundo semestre de 2012”, disse.
A leitura política desta edição é clara: o telejornal esvaziou o balão da candidatura de Barbosa. De fato, lembra o insucesso da candidatura da juíza Denise Frossard, no fim dos anos 1990 havia mandado para a prisão 14 dos maiores chefões do jogo do bicho no Rio do Janeiro, aposentou-se da magistratura e ingressou na carreira política.
Foi a candidata à Câmara dos Deputados mais votado do estado em 2002 e, com tal cacife, disputou o governo fluminense, em 2006, pelo PPS, com apoio de Cesar Maia (DEM). Sua derrota no segundo turno para Sérgio Cabral (PMDB) foi associada a seu discurso elitista e distante dos problemas e aflições da maioria da população. E olha que o temperamento dela era bem mais equilibrado e sociável do que o de Joaquim Barbosa.
Sobre isso, aliás, o telejornal da Globo também suprimiu os trechos em Barbosa atacou fortemente os demais ministros, o que foi mais uma afronta do presidente às instituições democráticas. Desqualificou o voto de seis colegas de corte, chamando os argumentos para justificar suas decisões de "pífios". Na prática desacatou o próprio plenário do STF.
Fez ilações indecorosas sobre a honra de alguns de seus colegas, insinuando que estes teriam sido alçado à Suprema Corte para votar pela absolvição dos réus do chamado mensalão. Esta ilação, obviamente atinge também a Presidência da República, que é quem indica os novos ministros – que passam por uma sabatina no Senado, que pode aprovar ou não a indicação.
Foi desrespeitoso até com Celso de Mello, que o acompanhou em quase todos os votos, por ter votado pela admissão de embargos infringentes, dizendo "inventou-se inicialmente um recurso regimental totalmente à margem da lei com o objetivo específico de anular, de reduzir a nada, um trabalho que fora feito".
Entre o jeito truculento de Barbosa e a nova composição do STF, com maior equilíbrio racional e independência de pressões midiáticas, a Globo parece não querer bater de frente com o futuro.
Do Blog Os Amigos do Presidente Lula.
Mas não foi o que se viu na edição do Jornal Nacional. As frases que poderiam ter composto um mosaico de maior impacto político foram suprimidas. Foi ao ar apenas a lamentação do magistrado pela inversão da sentença, de condenação para absolvição: “Esta é uma tarde triste para este Supremo Tribunal Federal, porque, com argumentos pífios, foi reformada, jogada por terra, extirpada do mundo jurídico, uma decisão plenária sólida, extremamente bem fundamentada, que foi aquela tomada por este plenário no segundo semestre de 2012”, disse.
A leitura política desta edição é clara: o telejornal esvaziou o balão da candidatura de Barbosa. De fato, lembra o insucesso da candidatura da juíza Denise Frossard, no fim dos anos 1990 havia mandado para a prisão 14 dos maiores chefões do jogo do bicho no Rio do Janeiro, aposentou-se da magistratura e ingressou na carreira política.
Foi a candidata à Câmara dos Deputados mais votado do estado em 2002 e, com tal cacife, disputou o governo fluminense, em 2006, pelo PPS, com apoio de Cesar Maia (DEM). Sua derrota no segundo turno para Sérgio Cabral (PMDB) foi associada a seu discurso elitista e distante dos problemas e aflições da maioria da população. E olha que o temperamento dela era bem mais equilibrado e sociável do que o de Joaquim Barbosa.
Sobre isso, aliás, o telejornal da Globo também suprimiu os trechos em Barbosa atacou fortemente os demais ministros, o que foi mais uma afronta do presidente às instituições democráticas. Desqualificou o voto de seis colegas de corte, chamando os argumentos para justificar suas decisões de "pífios". Na prática desacatou o próprio plenário do STF.
Fez ilações indecorosas sobre a honra de alguns de seus colegas, insinuando que estes teriam sido alçado à Suprema Corte para votar pela absolvição dos réus do chamado mensalão. Esta ilação, obviamente atinge também a Presidência da República, que é quem indica os novos ministros – que passam por uma sabatina no Senado, que pode aprovar ou não a indicação.
Foi desrespeitoso até com Celso de Mello, que o acompanhou em quase todos os votos, por ter votado pela admissão de embargos infringentes, dizendo "inventou-se inicialmente um recurso regimental totalmente à margem da lei com o objetivo específico de anular, de reduzir a nada, um trabalho que fora feito".
Entre o jeito truculento de Barbosa e a nova composição do STF, com maior equilíbrio racional e independência de pressões midiáticas, a Globo parece não querer bater de frente com o futuro.
Do Blog Os Amigos do Presidente Lula.
Eu fico IMENSAMENTE feliz por ver que a JUSTIÇA começa a ser aplicada novamente no S.T.F.! E fico FELIZ ao saber que no Brasil ainda existem HOMENS que lutam a favor da LIBERDADE E DA JUSTIÇA!
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