SAPECA AÍ - SEM RITMO, SEM GRAÇA, DESCONHECENDO O ENREDO, SEM CRIATIVIDADE. ZERO ! NOTA ZERO !
Coadjuvante: Fátima Bernardes assiste Luís Roberto de Múcio entrevistar integrante da Portela
A Globo escalou a jornalista Fátima Bernardes para ser a grande
estrela da transmissão do Carnaval do Rio. Mas quem brilhou no "estúdio
Globeleza" foi Tiago Leifert. O apresentador do Globo Esporte SP, sim,
entrou no clima de informalidade e alegria pedido pela emissora. Fez
entrevistas nos intervalos e tiradas durante os desfiles, como o
comentário "Se acontecer algo com a Grande Rio o Projac acaba" e
referências "estéticas" bem carnavalescas ("A partir daí, o silicione
está liberado").
Fátima foi coadjuvante de Luís Roberto de Múcio, o comandante das
transmissões no vídeo. A ex-apresentadora do Jornal Nacional não
conseguiu se libertar da bancada de telejornal e foi burocrática.
Anunciava alas e carros alegóricos que as legendas muitas vezes
identificavam antes. "Aí estão as carrancas", afirmou, enquanto a TV
mostrava... carrancas. Eventualmente, acrescentava alguma informação de
bastidor ou algum número volumoso apurado pela produção.
No desfile da União da Ilha, Tiago Leifert, de infância mais próxima,
tomou a liderança e apresentou personagens do universo infantil
retratado no desfile. "O enredo é sobre ser criança", explicou logo de
cara. E a mulher de William Bonner dizia "sim" e "exatamente" para quase
tudo.
Fátima, enfim, foi burocrática, óbvia. Para o telespectador mais
exigente, ela foi irritante. Não houve um desfile que não dissesse no
mínimo uma dezena de adjetivos. "Emocionante", "impressionante", "muito
legal", "legal", "máximo", "lindo" e "linda" eram seus mantras. "Olha
como seria o frevo no espaço. Muito legal", "Muito legal o efeito das
portas se fechando", "Que efeito lindo, né? Que lindo!", "Linda, linda,
não? Linda", "Tá lindo esse carro, hein? Lindo, lindo. E é o abre-alas,
abriu muito bem", "Olha vocês na tela como vocês estavam lindos
dançando! Olha que maravilha!".
Na equipe de transmissão da Globo no Rio, merece "destaque" ainda o
ator Eri Johnson. Depois de dois dias de desfiles, não deu para entender
o que ele estava fazendo e por qual motivo estava no estúdio da
emissora. Suas intervenções eram raríssimas e ainda mais óbvias do que
as de Fátima Bernardes: "No final, tudo dá certo", comentou sobre um
carro alegórico que tinha problemas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário