terça-feira, 4 de agosto de 2009

Análise política: O salto brasileiro Por Eduardo Guimarães.


Copiado do Blog CIDADANIA.COM, do Eduardo Guimarães, que está em Minhas Notícias e em Meus Favoritos.

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Saraiva


Análise política
O salto brasileiro

Depois de assistir ao arranca rabo no Senado e na mídia nesta segunda-feira, concluí que, infelizmente, chegamos a um ponto em que só nos resta o apego, com unhas e dentes, à democracia.
Por mais de seis anos, temos visto os interesses políticos da oposição ao governo Lula tentando dificultar a administração do país. E até agora, justamente num momento em que o país de todos nós luta desesperadamente para resistir à maior crise econômica que o mundo viu em quase um século.
Duvido de que mais do que um grupo social absolutamente minoritário queira que o país vá mal só para beneficiar certos grupos políticos. Duvido de que esse show que a mídia produziu no Legislativo esteja sendo visto pela maioria dos brasileiros como mais do que uma briga que não interessa ao país, que o faz perder tempo e energia com uma cruzada moralista que não levará a lugar nenhum, pois é em benefício de uns sobre os quais pesa tanto quanto pesa sobre outros. E, finalmente, duvido de que a maioria vá achar nos oposicionistas maiores virtudes do que nos situacionistas.
Sarney ou Quércia? Renan Calheiros ou Arthur Virgílio? Collor ou Agripino Maia? Ah, Pedro Simon, é? Aquele que se cala sobre as estripulias de Yeda Crusius em seu Estado enquanto faz cobranças éticas a Sarney? Sei, sei...
O brasileiro está vendo o país ir bem. A sociedade sabe, no fundo, ainda que intuitivamente, que o Brasil está se preparando para dar um salto rumo a um novo patamar social.
Este, porém, ainda é um país em que é necessário fazer um programa social que leve luz elétrica “para todos”. O Brasil ainda precisa dar alguns trocados para que famílias inteiras não corram risco alimentar. E o momento que se avizinha pode nos fazer superar esse estágio ainda rudimentar de nosso desenvolvimento.
Afinal de contas, este país é muito mais do que essa classe média alta indignada que chama programas sociais de “esmola” e que nega o racismo e a falta de oportunidades para a maioria, como a mísera oportunidade de gente do povo simplesmente cursar uma universidade.
O que o brasileiro quer não é esse espetáculo patético que a mídia forja e empurra por sua goela abaixo noite após noite, durante meses a fio, bramindo seu mantra alucinado na vã esperança de estar hipnotizando uma nação já tão calejada por suas promessas caso elegesse seus indicados.
Queremos dar esse salto adiante. Queremos progredir. Não queremos que o Brasil vá mal só para que políticos representantes de uma elite racial, econômica e regional impeçam a melhor distribuição de oportunidades neste país.
E esta é uma oportunidade única. O Brasil está vivendo uma confluência de fatores positivos poucas vezes vista. Parece que tudo conspira a nosso favor.
A riqueza petrolífera ao alcance de nossas mãos, o desenvolvimento econômico às nossas portas, massas humanas melhorando de classe social, o mercado de trabalho mostrando vigor e reagindo enquanto, no resto do mundo, regride, e a credibilidade e a admiração do mundo diante de nossa diplomacia, de nossas posições políticas...
Mas o fato é que, para que tudo isso, novamente, não seja jogado na lata de lixo da história, é preciso que, desta vez, não se entregue o pais àqueles que lhe dilapidaram as riquezas durante toda a sua história e que, agora, salivam diante das riquezas que o país começa a acumular.
E nem falo apenas de riquezas palpáveis, mas de riquezas tecnológicas, culturais, enfim, da riqueza civilizatória que o Brasil está construindo por força de decisões políticas corretas que tomou mesmo sob o combate cerrado dos que mantiveram este país atrasado e pobre durante tanto tempo.
Assim, para dar esse salto, será preciso que apelemos para o último recurso de um povo, que é a democracia, sistema político em que, independentemente de quem pode falar mais alto, pagar a propaganda mais cara, ocupar todos os espaços mais visíveis para se manifestar, a decisão final sempre caberá à maioria.
Como aconteceu em 2002, em 2006 e como acredito firmemente que acontecerá agora, o brasileiro, consciente do salto que seu país está prestes a dar, terá juízo e não se deixará enganar por aqueles que o enganaram por tantos séculos, até há tão pouco tempo. Por mais alto que gritem, por mais vozes que pensem que calam. Escrito por Eduardo Guimarães às 00h05[(23) Opiniões - clique aqui para opinar] [envie esta mensagem]

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