terça-feira, 15 de setembro de 2009

PIB em 2009


Copiado do Blog CIDADANIA.COM, do Eduardo Guimarães, que está em Minhas Notícias e em Meus Favoritos.

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Saraiva

14/09/2009
Análise política
PIB em 2009

No fim da noite do último domingo, dois programas de televisão abordaram a já inegável saída do país da crise econômica: na Bandeirantes, o Canal Livre, e na Gazeta, o Em Questão.
Foi divertidíssimo, sobretudo o programa da Bandeirantes, com Bóris Casoy, Joelmir Beting, Fernando Mitre e Antonio Teles debatendo-se para negar qualquer mérito do governo Lula no processo de soerguimento da economia brasileira, economia que o Wall Street Journal disse que lidera a saída do mundo da crise.
Também no programa Em Questão, que contou com Maria Lidia Flandoli, José Paulo Kupfer, Gustavo Loyola e Luis Gonzaga Belluzzo, a âncora tentou, o tempo todo, desviar a discussão quando ela acabava inevitavelmente enveredando para os méritos do governo na administração da crise. Mesmo sem querer, porém, a discussão acabava indo nesse sentido.
Foi-me inevitável concluir que o resultado mais próximo desse processo de soerguimento brasileiro é que ele deverá se constituir em nova prova à nação sobre quem fala a verdade e quem mente hoje na política. E essa prova será o PIB de 2009, que, conforme foi discutido com maior realidade nos dois programas, pode chegar a crescer mais de 2%.
Mesmo no Canal Livre, programa menos equilibrado entre os dois, onde todos os debatedores concordavam o tempo todo em tentativas de apontar problemas seculares ainda não equacionados no país como culpa de Lula, não houve como não ceder a esses números do crescimento de 2009 especulados por Joelmir Beting e no reconhecimento da boa administração da crise, reiteradamente contraposta a dados negativos.
Em suma, em ambos os programas os analistas pareciam não querer ceder, mas estava ficando ridiculamente evidente essa atitude. Eles mesmos talvez não tenham percebido, mas tenho certeza de que todo espectador consciente percebeu.
Sobretudo quando a questão resvala no PIB de 2009. Fomos bombardeados com a informação de que seria negativo. Houve até especulações malucas sobre queda de cerca de 5% do PIB deste ano, pela CNI e pelo FMI. Uma sandice.
A conta, porém, é muito simples. O PIB recuou 1% no primeiro trimestre, cresceu cerca de 2% no segundo, está crescendo cerca de 3% neste trimestre e deve chegar ao quarto trimestre crescendo a mais de 4%. Se isso se cumprir, o resultado anualizado pode ultrapassar os 2%, e até aproximando-se de 3%.
O ritmo de crescimento da economia está aumentando muito rapidamente, não houve como negarem, e deverá chegar a 2010, nas análises do programa da Bandeirantes, talvez até a 5% no ano. Particularmente, acredito que pode chegar a mais.
Mas o que me importa mais é o PIB deste ano, pois se o resultado previsto ontem se confirmar – e já há muitos analistas de acordo com tal hipótese – o país irá se lembrar do que a mídia disse sobre ser impossível o Brasil crescer em 2009, quando o mundo deverá encolher mais de 3%.
Com efeito, como disse recentemente um economista eminente do qual o nome me escapa neste momento, o Brasil cresce quando cresce mais do que o mundo, e é o que deverá acontecer daqui em diante, sobretudo por conta do que muitos ainda não se deram conta totalmente, devido ao pré-sal.
Os analistas da grande imprensa e a oposição federal tentam vender a idéia de que demoraria muitos e muitos anos para o pré-sal render frutos, mas é uma balela. A partir de 2010, ano a ano a receita do petróleo brasileiro irá aumentar de forma galopante.
Esses dólares terão, primeiro, um efeito prático inédito na história brasileira: ataques especulativos contra o real, nunca mais. Perderemos o principal entrave ao crescimento brasileiro, que reside na questão do câmbio. O Brasil construirá superávits comerciais equivalentes aos asiáticos, pois às exportações nacionais somar-se-ão as da quase totalidade das novas reservas petrolíferas.
Acumularemos reservas enormes. Haverá dinheiro para o social como nunca houve. Em uma década, poderemos eliminar a pobreza no Brasil.
Haverá muita gente se opondo ao que digo, mas não estou preocupado com isso. Até porque, como no caso do PIB de 2009, que a mídia e a oposição passaram meses dizendo que seria recessivo, a verdade acaba aparecendo com o passar do tempo, e, muitas vezes, muito mais rápido do que supõem os mentirosos ou os crédulos.
Escrito por Eduardo Guimarães às 13h21[(50) Opiniões - clique aqui para opinar] [envie esta mensagem]

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