sábado, 5 de setembro de 2009

Uma relação especial:Brasil-França


Copiado do Blog INTERESSE NACIONAL, do amigo Thiago Pires, que está em Minhas Notícias.

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Saraiva

Uma relação especial:Brasil-França
No fim do ano passado, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, esteve no Brasil pela primeira vez acompanhado da esposa, Carla Bruni. Oficialmente, os dois vinham apenas passar o Natal ao lado do pai dela, o italiano Maurizio Remmert, que vive em São Paulo. Sarkozy, no entanto, cumpriu uma agenda política e empresarial.E voltou à França com um acordo bilionário na área militar, que previa a compra, pelo governo brasileiro, de cinco submarinos. Agora, o presidente francês retorna mais uma vez ao Brasil com bons motivos para estourar champanhe.Ele chega para o feriado de 7 de Setembro, quando aquele acordo, que era apenas um guarda-chuva, se desdobrará em vários contratos formais. Um dia depois, Sarkozy e o presidente Lula receberão 400 empresários para o Fórum Sustentabilidade, que discutirá o papel das empresas francesas no Brasil.E, na quarta-feira 9, os franceses estarão também promovendo um seminário, em Brasília, sobre sua experiência com trens de alta velocidade. "Não há como discutir uma nova ordem mundial sem a presença do Brasil", tem dito Sarkozy. A inda que este seja o Ano da França no Brasil, nunca houve uma aproximação tão forte entre os dois países como agora.E se isso, para a França, pode significar grandes contratos na área militar, em que eles administram o terceiro maior orçamento do mundo, com gastos anuais de US$ 65,7 bilhões, para o Brasil pode trazer benefícios tecnológicos e geopolíticos. "O Brasil hoje enxerga na França um parceiro estratégico em suas ambições", disse o embaixador Sérgio Amaral, que já serviu em Paris.
Os franceses, por exemplo, têm apoiado todas as iniciativas brasileiras na área internacional - entre elas a de substituir o G-8 pelo G-20 como organismo central nas discussões econômicas globais. "O Brasil terá nosso apoio num sistema renovado de governança mundial, o que inclui o Conselho de Segurança da ONU", disse à ministra das F inanças da França, Christine Lagarde, numa entrevista recente.No Quai D´Orsay, base da diplomacia francesa, o Brasil é visto hoje como um país cada vez mais relevante - e com a grande vantagem de não estar alinhado a outras potências na área militar, como Estados Unidos, Rússia e China. Além disso, o mercado interno brasileiro é crucial para as multinacionais francesas - em 2008, o Brasil ultrapassou a França e se tornou o quinto maior produtor de automóveis do mundo. "O mercado brasileiro já tem 100 milhões de pessoas com bom poder de compra", avalia Christophe Lecourtier, diretor-geral da Ubifrance, a agência francesa de exportações.
A tualmente, o comércio entre os dois países é relativamente equilibrado e movimentou US$ 3,5 bilhões no primeiro semestre deste ano. Entre as novas prioridades da França estão a venda de helicópteros e aviões para a Força Aérea Brasileira, além da disputa para a construção do trem de altíssima velocidade entre Rio de Janeiro e São Paulo. Outro foco de interesse é a integração entre Brasil e a Guiana. Em fevereiro do ano passado, Sarkozy e Lula lançaram as obras da ponte que ligará o Amapá à cidade de Saint George, na Guiana, um pedido que o francês fez pessoalmente a Lula. E uma nova visita à obra já está marcada para fevereiro de 2010
Postado por Espaço Democrático de Debates às 11:22 0 comentários
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