sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Presidente eleito do PT: Se PSDB quiser, "vamos para o pau"

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Presidente eleito do PT: Se PSDB quiser, "vamos para o pau"


Marcela Rocha
"Cangaceiro, sertanejo aguerrido e valente. Capanga, guarda-costas, valentão". Essas são as definições para "jagunço" no dicionário Michaelis. No dicionário petista, a palavra serviu para adjetivar o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), o que acarretará em processo à legenda de Lula. "É risível a justificativa deles (PSDB). É de morrer de rir", diz José Eduardo Dutra, presidente eleito do PT que, junto ao atual, deputado Ricardo Berzoini (SP), cunhou o termo "jagunço político" ao tucano por ter chamado a pré-candidata petista e ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, de "mentirosa".
Os petistas, na mesma oportunidade, chamaram o pré-candidato tucano ao Planalto, governador José Serra (SP), de "hipócrita" por não entrar no debate político e deixar que o senador Guerra entre em seu lugar. O secretário nacional do PSDB, deputado Rodrigo de Castro (MG), afirmou, em nota divulgada nesta quinta-feira, que o partido vai processar os dois por calúnia e difamação.
A Terra Magazine, o presidente eleito do PT, José Eduardo Dutra, remonta a cronologia dos acontecimentos e justifica o teor da nota divulgada por ele e Berzoini. Argumenta que não se trata de preconceito, como acusam os tucanos, e dá um recado: "Nós queremos um debate de alto nível, mas também não vamos correr do pau. Se quiserem (PSDB) ir pro pau, vamos também".
Leia abaixo a íntegra da entrevista:
Terra Magazine -
O PSDB quer processar o senhor e o deputado Ricardo Berzoini por calúnia e difamação...
José Eduardo Dutra - É risível a nota. É de morrer de rir. Em primeiro, porque eu sou de Sergipe. E mais, dizer que é preconceito usar um termo desde sempre muito usado no nordeste é de morrer de rir. Não entendi onde ele foi buscar o preconceito nisso aí. Onde está o preconceito quando se usa o termo jagunço?
Mas, o senhor...
Onde vai o preconceito contra o povo nordestino? A não ser que o senador Sérgio Guerra ache que ele é o povo nordestino. Em segundo, usamos um termo muito usado no nordeste e o relativizamos: "jagunço político". Ou seja, está vinculado ao teor da nota que ele soltou. Então, a nossa nota precisa bem em que circunstâncias está o termo. E se eu disser que Dilma é uma candidata arretada? Eu estou sendo preconceituoso? O argumento deles é risível. Se for para julgar qual nota seria cabível de ir na justiça, seria a do Sérgio Guerra contra Dilma.
Por quê?
Ali sim os termos são grosseiros e caluniosos. A nossa nota, não. Nós somente afirmamos que ele se comportou como um jagunço político ao soltar a nota anterior. Agora, querem entrar na Justiça? Paciência, é um direito deles. Mas deveriam arrumar argumentos melhores.
O senhor não acredita que esses argumentos estejam vinculados, de certa forma, ao fato de o partido carecer de maior inserção no nordeste?
Olha, se isso for uma estratégia de inserção, eles estão mal de estratégia.
O senhor acha que essa troca de notas entre os altos escalões do partido sejam positivas ou negativas para a imagem de ambos em ano eleitoral?
Nós vamos dançar de acordo com a música. Se tocar valsa, dançaremos valsa. Se tocar heavy metal, dançaremos heavy metal. Isso começou com a entrevista de Guerra na revista Veja, dizendo que iria acabar com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Respondemos.
A ministra Dilma respondeu, certo?
A ministra Dilma rebateu politicamente. Guerra, por sua vez, soltou uma nota naqueles termos, acusando a ministra de mentirosa. Nós respondemos, ao meu ver, muitos tons abaixo à nota do presidente do PSDB. Estranhamos que, no mesmo dia em que o governador José Serra (SP) disse que não entraria em baixaria, o presidente da sigla soltou uma nota nesses termos. Nós queremos um debate de alto nível, mas também não vamos correr do pau. Se quiserem ir pro pau, vamos também.
Fonte: Terra Magazine

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