sexta-feira, 26 de março de 2010

BrOI vai para o saco. É a P36 do Goveerno Lula


26/março/2010 9:09

Country club é uma coisa, Corte de Justiça é outra

Country club é uma coisa, Corte de Justiça é outra

Saiu no Valor, primeira página:

“Incorporação da Brasil Telecom pela Oi corre risco”.

“As novas condições oferecidas pela Oi para incorporar a Brasil Telecom podem levar a companhia a enfrentar a TERCEIRA (ênfase minha – PHA) recusa do mercado para suas reestruturações.”

“A nova proposta desagradou aos investidores. As ações preferenciais da BrT caíram ontem 5,45% e as ordinárias (a bagatela de – PHA), 17,6%.”



O BNDES pegou dinheiro do trabalhador (do FAT) para azeitar a construção da BrOi.

Os empresários (?) Sérgio Andrade (da empreiteira Andrade Gutierrez – êpa !) e Carlos Jereissati não botaram um tusta.

O Conversa Afiada ofereceu ao BNDES uma proposta irrecusável e o BNFDES rejeitou: a PHA Comunicação botava R$ 1 a mais do que os dois empresários (?) botassem do bolso deles.

Um dos notáveis argumentos do pessoal do BNDES para construir a BrOi era valorizar as ações que o BNDES tinha na Oi.

Notável.

Um mico notável.

Os fundos de pensão das estatais – Previ, Petros e Funcef – saíram do controle da BrT para a BrOi, também com o notável argumento de que iam anabolizar as posições acionárias.

Genial.

Para conseguir construir a BrOi, foi preciso pagar um cala-a-boca de US$ 1 bilhão ao banqueiro condenado por passar bola, esse que acaba de tomar uma surra no Supremo, Daniel Dantas, aquele que emprega Francisco Rezek (Clique aqui para ler o que a Carta Capital obrigou o Ministríssimo Rezek a fazer).

A Anatel mudou as regras do jogo só para agasalhar a BrOi.

A CVM olhou para o outro lado e não percebeu como a rapaziada da BrOi operava a Bolsa, com a mão de gato do PiG(*).

E deu nisso: o Conversa Afiada já demonstrou que a BrOi está tão endividada que não tem um tusta para melhorar os serviços ao (pobre) consumidor.

O Conversa Afiada tem uma razão adicional para explicar o afundamento da BrOi: um dos sócios majoritários do negócio, Carlos Jereissati, não tem tempo de tocar a empresa, porque
precisa acompanhar as audiências dos múltiplos processos judiciais que move contra jornalistas.

Acompanhado de ilustres advogados, Jereissati vai às audiências vestido como se estivesse no deck da piscina de um country club de Fortaleza e, não, numa sala solene, onde se cultua a Justiça.

Jereissati é irmão do “tenho jatinho porque posso”.

Quer dizer, a arrogância parece ser um traço da família.

O que não deve ser muito útil para tocar negócios de viabilidade duvidosa.

Humildade talvez fosse mais útil aos acionistas minoritários (coitados !).

Paulo Henrique Amorim

Matéria publicada por Leda Ribeiro (Colaboradora do Blog)

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