quarta-feira, 24 de março de 2010

Estadão sob "censura" censura os capagangas de Gilmar

24/março/2010 8:23

Barbosa ao dizer que Gilmar destrói a credibilidade do Judiciário

Barbosa ao dizer que Gilmar destrói a credibilidade do Judiciário

“Vossa Excelência não está falando com seus capangas do Mato Grosso.”

Depois de dizer que Gilmar Dantas (*) destruía a credibilidade da Justiça brasileira, o Ministro Joaquim Barbosa, numa célebre manifestação no plenário do Supremo, disse essa frase.

Que significa: primeiro, que Gilmar Dantas (*) tem capangas.

Segundo, que Ele trata os outros ministros do Supremo como se fossem seus capangas.

Clique aqui para ver o vídeo desse histórico momento da Justiça brasileira.

Aparentemente, Gilmar Dantas (*) recorreu a uma bizantinice para vingar-se.

Diz o Estadão da província de São Paulo, na página A10 de hoje:

“Marcos Valério reabre crise entre ministros do STF. Mendes dá encaminhamento a reclamação do publicitário que vê suspeição de Joaquim Barbosa para conduzir caso do mensalão”.

Trata-se de uma espécie de “Suprema pegadinha”, que, pelo jeito, não deu em nada.

O próprio Barbosa é quem decidirá sobre a reclamação do publicitário que estava numa das pontas do “valerioduto”.

(E quem botava dinheiro no “valerioduto” ? Ele, o banqueiro apanhado ato de passar bola e, por isso, condenado a 10 anos, Daniel Dantas.)

O interessante dessa edificante história é como a reconstitui o Estadão, um auto-nomeado house organ do Supremo ex- Presidente do Supremo.

Sob o título “Mendes e Barbosa tiveram ríspido bate-boca em 2009”, o Estadão se dispõe a descrever o diálogo em que há a referência aos capangas.

Cadê os capangas, amigo navegante ?

Para o Estadão, Joaquim Barbosa não falou em capangas.

Ou seja, o Estadão censurou um Ministro do Supremo.

E o Estadão ainda reclama que sofre censura há 236 dias.

O Estadão reproduz Barbosa até o momento em que ele diz “Vossa excelência não está na rua não, vossa excelência está na mídia, destruindo a credibilidade do Judiciário brasileiro”.

Cadê os capangas ?

O Estadão censurou.

Leia a íntegra do diálogo censurado, segundo O Globo:

Em discussão no STF, Joaquim Barbosa acusa Gilmar Mendes de ‘destruir a credibilidade da Justiça’
Publicada em 22/04/2009 às 23h43m
Carolina Brígido e Ricardo Noblat

O bate-boca teve início quando os ministros debatiam uma ação que já haviam sido julgada no Supremo em 2006, referente ao pagamento de previdência a servidores do Paraná. A discussão começou quando Joaquim Barbosa questionou Gilmar por considerar que o argumento do presidente do STF não tinha sido discutido o suficiente. Gilmar reagiu:

- Ela (a tese) foi exposta em pratos limpos. Eu não sonego informação. Vossa Excelência me respeite. Foi apontada em pratos limpos.

Joaquim Barbosa insistiu:

- Não se discutiu claramente.

Gilmar reagiu, acusando Joaquim Barbosa de não estar presente às sessões:

- Se discutiu claramente e eu trouxe razão. Talvez Vossa Excelência esteja faltando às sessões. [...] Tanto é que Vossa Excelência não tinha votado. Vossa Excelência faltou a sessão.

- Eu estava de licença, ministro – respondeu Joaquim Barbosa.

Gilmar Mendes insistiu:

- Vossa Excelência falta a sessão e depois vem…

- Eu estava de licença. Vossa Excelência não leu aí. Eu estava de licença do tribunal – repetiu.

O ministro Carlos Ayres Britto pedia calma. Marco Aurélio Mello pediu que a sessão fosse interrompida. Os protagonistas da discussão não davam ouvidos.

- A discussão está descambando para um campo que não se coaduna com a liturgia do Supremo – tentou Marco Aurélio.

A discussão foi encerrada e retomada mais tarde com Gilmar Mendes, no momento em que o presidente do STF proclamava o pedido de vista de Ayres Britto sobre outro caso debatido em plenário. O bate-boca esquentou e só acabou depois que outros ministros intercederam. Ao fim do pronunciamento, Gilmar ressaltou que não havia ” sonegação de informação”. Foi a deixa para Joaquim Barbosa:

- Eu não falei em sonegação de informação, ministro Gilmar. O que eu disse: nós discutimos naquele caso anterior sem nos inteirarmos totalmente das consequências da decisão, quem seriam os beneficiários. E é um absurdo, eu acho um absurdo.

Gilmar Mendes atacou:

- Vossa excelência não tem condições de dar lição a ninguém.

Joaquim Barbosa respondeu:

- E nem vossa excelência. Vossa excelência me respeite, vossa excelência não tem condição alguma. Vossa excelência está destruindo a justiça desse país e vem agora dar lição de moral em mim? Saia a rua, ministro Gilmar. Saia a rua, faz o que eu faço.

- Estou na rua – respondeu Gilmar Mendes.

O ministro Joaquim Barbosa retrucou:

- Vossa Excelência não está na rua, Vossa Excelência está na mídia, destruindo a credibilidade da Justiça brasileira. Vossa Excelência não está falando com seus capangas do Mato Grosso.


(*) Clique aqui para ver como um eminente colonista (**) do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista (**) da GloboNews e da CBN se refere a Ele.

(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (***) que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

(***) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Matéria publicada por Leda Ribeiro (Colaboradora do Blog)

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