Dezenas de militares da reserva que assistiram ao debate(?) "1964 - A
Verdade" ficaram sitiados no prédio do Clube Militar, na Cinelândia, no
centro do Rio, na tarde desta quinta-feira, 29. O prédio foi cercado por
manifestantes que impediram o trânsito pelas duas entradas do imóvel.
O evento marcou o aniversário do golpe militar de 1964 e reuniu
militares contrários à Comissão da Verdade (por serem eles mesmo
criminosos, claro. Ou gente honesta tem medo da Verdade?). Ao fim do
evento, eles tentaram sair, mas foram impedidos por militantes do PC do
B, do PT, do PDT e de outros movimentos organizados que protestavam
contra o evento.
"Tortura, assassinato, não esquecemos 64", gritavam os manifestantes. "Milico, covarde, queremos a verdade",
diziam outros. Velas foram acesas na frente da entrada lateral do
centenário do Clube Militar, na Avenida Rio Branco, representando mortos
e desaparecidos durante a ditadura militar. Homens que saíam do prédio
foram hostilizados com gritos de "assassino". Tinta vermelha e ovos foram jogados na calçada, sem atingir ninguém.
Homens do Batalhão de Choque (sob ordens do governador Sérgio Cabral. Ou
não?) foram ao local e lançaram spray de pimenta e bombas de efeito
moral contra o grupo, que revidou com ovos. Um dos manifestantes foi
imobilizado por policiais e liberado em seguida após ser atingido
supostamente(?) por uma pistola de choque, e outro foi detido e
algemado.
Os militares foram orientados a sair em pequenos grupos por uma porta
lateral, na rua Santa Luzia, mas tiveram que recuar por conta do forte
cheiro de gás de pimenta que tomou o térreo do clube. A Polícia Militar
tenta conter os manifestantes e chegou a liberar a saída de algumas
pessoas pela porta principal, mas por medida de segurança voltou a
impedir a saída.
Um grupo que saiu sob proteção do Batalhão de Choque da Polícia Militar
foi alvo de xingamentos. Os manifestantes também chamaram os militares
de "assassinos" e "porcos". Mais tarde, a saída dos
militares da reserva foi liberada por meio de um corredor criado por PMs
entre o prédio até a entrada do metrô, na estação Cinelândia, a poucos
metros do Clube Militar.
Estadão - Jornal que conspirou contra a democracia e apoiou a ditadura do primeiro ao último dia.
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