Serra e o PIG
atiraram contra a
esquerda e o tiro
saiu pela culatra
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“A eleição passa e o país mostra, de forma
inequívoca, aquele mesmo desejo que mobilizou mais de 100 mil pessoas em um
comício na Central do Brasil, ido quase meio século: Reforma Agrária. Reforma
Urbana. Descentralização da renda nacional. Educação, saúde e transporte
públicos de qualidade. Segurança. Cidadania. A vitória dos partidos de
esquerda, nestas eleições municipais, apresenta uma mensagem ao país bem
diferente daquela que os meios de comunicação ligados à direita conservadora
tentaram vender nos noticiários de cobertura das mais amplas consultas
populares já realizadas até hoje, de Norte a Sul, em cada rincão desta pátria.
Sem necessidade de parar um segundo sequer
para avaliar o ambiente fúnebre que se abateu sobre os apresentadores das redes
de TV ligadas ao capital internacional, percebe-se que mesmo o Partido do
Socialismo e Liberdade (PSOL), do velho Plínio de Arruda Sampaio, governa uma
das capitais brasileiras: Clécio Luís foi eleito em Macapá. O Partido
Socialista Brasileiro (PSB) venceu em expressivas cidades nordestinas e vai
seguir na administração de Belo Horizonte, entre outros grandes centros, como
Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) fez
papel bonito nas eleições, com disputas aguerridas em Manaus e Porto Alegre.
Venceu em Belford Roxo,
outra importante cidade fluminense. Em Jundiaí, no interior paulista. Em
Contagem, na Grande BH. Mesmo o velho Partidão, ainda esfacelado pela divisão
que o atingiu há duas décadas, mostra sinais de reação e pontuou um ou outro
vereador nos mais de 5 mil municípios brasileiros. Igualmente o Partido
Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU). Até o radical Partido da Causa
Operária (PCO), de tendência trotskista, intensificou seu namoro com o eleitorado
e pretende ganhar mais espaço nos próximos pleitos.”
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