O estudo de legistas suíços que acaba de ser revelado pela Al Jazeera, apontando para assassinato por envenenamento com substâncias radiativas do líder palestino Yasser Arafat não é a prova – mais uma – que a atuação do serviço secreto israelense – com a liberdade de ação que os EUA lhe permitem – matou um homem.
Não, matou dezenas de milhares de homens, mulheres e crianças.
Porque o enfraquecimento do maior líder do povo palestino contribuiu
para que grupos cada vez mais dispostos à violência assumissem a
liderança daquele povo e a eles – com poder,brutalidade e meios
imensamente maiores – Israel atacasse ou reagisse brutalmente a ataques
palestinos.
De financiar Osama Bin Laden contra os russos a tolerar o envenenamento
de Arafat, são muitos os crimes dos quais o Ocidente colhe os amargos
frutos.
Talvez daqui a dez anos, como nesse caso, venhamos a saber de outras
barbaridades, cometidas na Líbia, no Iraque ou na Síria para justificar a
derrubada de líderes considerados “inimigos”.
E talvez vejamos que, como aconteceu com Arafat, o que se estava matando era a possibilidade de paz.
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