Aécio Neves se exalta com Luciana Genro ao falar de corrupção e é repreendido pela candidata do Psol (Reprodução/DCM) |
"Em um dos únicos momentos em que foi contrariado no
debate, quando foram mencionados o seu envolvimento em casos de
corrupção e o aeroporto, Aécio perdeu a linha, esticou o dedo para
Luciana Genro, foi repreendido e depois recolheu
Paulo Nogueira, DCM
Desnorteado, sem encontrar palavras que expliquem o aeroporto, ele esticou o dedo para Luciana Genro. Imediatamente ela ordenou que ele baixasse o dedo.
E ele baixou, depois da bofetada moral que levou.
Logo no começo, ela aproveitou para falar o que pensava da Globo em plena Globo. Não poderia perder a oportunidade, e não perdeu.
Luciana Genro disse também certas verdades inconvenientes a Marina, e arrancou dela uma declaração vital. Num tributo involuntário a Luciana Genro, Marina disse que seu programa é parecido com o dela, Luciana, e não com o de Aécio.
No encontro com blogueiros, diante de outro ponto vital para o avanço da sociedade, a regulação da mídia, ela respondeu com firmeza e clareza.
Foi ainda Luciana Genro quem trouxe a criminalização da homofobia para o centro do debate nacional ao perguntar, no debate anterior, a Levy Fidelix o que pensava do assunto.
Disse e repito: Luciana Genro não vai ganhar, e nem passará para o segundo turno.
Mas, e isto ninguém lhe tira, ela dinamizou o debate político nestas semanas de campanha com sua verve, com sua inteligência, com sua coragem e com sua sinceridade. A expressão “nova política” acabou se tornando uma piada, no decorrer das últimas semanas.
Mas, se alguém emergiu desta campanha com ideias que merecem ser chamadas de novas, é essa gaúcha ousada e intrépida que, cachos ao vento, capturou o Zeitgeist, o espírito do tempo – aquele sentimento que comandou as Jornadas de Junho, nas quais a voz rouca das ruas disse não à política que está aí."
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