Ex-presidente da OAB, advogado José Roberto Batochio conta que doou
R$ 1 mil a José Dirceu e ressalta que "solidariedade aos perseguidos é
um valor a ser defendido na sociedade brasileira, que vive dias
difíceis, quando muitos cultivam o ódio, sentimento típico de regimes
fascistas"; outros colaboradores da campanha, que chega à reta final,
foram o jornalista e escritor Fernando Morais e o jornalista Paulo
Moreira Leite, que diz que as doações tornam inútil o esforço de se
aplicar a "execução social dos prisioneiros"; ator global José de Abreu
também conta ter doado R$ 1 mil ao amigo, com o objetivo de "dividir a
pena com ele"
247
– Chegando à reta final, a campanha que arrecada doações para pagar a
multa do ex-ministro José Dirceu teve doadores renomados, que têm um
discurso para explicar a motivação da solidariedade. Até as 12h desta
quinta-feira 20, a iniciativa havia arrecadado R$ 825.529,40, inclusa a
transferência de R$ 143 mil feita pelo excedente do colega de partido
Delúbio Soares. Ontem, Dirceu foi notificado pela Justiça a pagar a
multa de R$ 971.128,92, sob risco de ter seu nome inscrito na Dívida
Ativa da União.
Ao 247, o advogado José Roberto Batochio, ex-presidente da OAB
(Ordem dos Advogados do Brasil), contou ter doado R$ 1 mil a Dirceu. "A
solidariedade aos perseguidos é um valor a ser defendido na sociedade
brasileira, que vive dias tão difíceis, quando muitos cultivam o ódio,
sentimento típico de regimes fascistas", disse Batochio. Outro doador
renomado foi o jornalista e escritor Fernando Morais, que foi taxativo
ao justificar sua doação ao ex-ministro: "O dinheiro é meu. E com o meu
dinheiro eu faço o que eu quiser".
Também jornalista, Paulo Moreira Leite, da revista IstoÉ – autor do
livro "A outra história do mensalão", acredita que as doações são um
instrumento para tornar inútil o esforço de realizar a "execução social"
dos condenados na Ação Penal 470. "O que se quer é a execução social
dos prisioneiros, que devem ser reduzidos a condição de seres
manipuláveis e disponíveis, sem consciência nem vontade própria. As
doações mostram que esse esforço é inútil".
Em entrevista recente ao jornal O Globo, o ator José de Abreu também
declarou ter doado R$ 1 mil ao amigo Dirceu, que conheceu enquanto
cursava a Faculdade de Direito. A intenção: "dividir a pena com ele".
Crítico ferrenho da forma como foi julgada a Ação Penal 470, Zé de Abreu
disse considerar "legítima" a iniciativa da militância, amigos e
familiares em fazer a campanha de arrecadação.
Mais importante que o valor, está o sentimento de solidariedade do brasileiro, onde todos tiveram a oportunidade doar o que quiseram e puderam, até mesmo não doar.
ResponderExcluirAção de profundo significado mágico, simbólico, que este momento de solidariedade proporcionou a sociedade.
Julgo que a história dará destaque a esta ação como contraponto ao conflito gerado pelo linchamento midiático
Uma resposta da esquerda a arrogância da direita.
Uma resposta do humanismo ao mercado individualista que apesar dos estragos até o momento ainda não disse a verdadeira razão para esta barbárie.
Sem desmerecer as dores pessoais e de famílias, a quem o destino reservou condição espartana.
xiru pitanga, muito bem colocado o seu comentário.
ResponderExcluirTenha um ótimo fim de semana.
Abraços,
Saraiva