segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Oposição só confirma que Lula tem razão. Alguns ministros do STF precisam parar de fazer política.

Lula em Ribeirão Preto na abertura da Caravana Horizonte Paulista, coordenada pelo ex-ministro da saúde Alexandre Padilha. em Ribeirão Preto
Em Ribeirão Preto, durante o lançamento da caravana Horizonte Paulista - encontros cívico e político com a população de cidades do Estado de São Paulo - o presidente Lula criticou ministros do STF (sem citar nomes) que fazem declarações à imprensa como se fossem líderes da oposição.

"O papel de um ministro da Suprema Corte é falar nos autos do processo e não falar para a televisão o que ele pensa (...) Se quer fazer política, entre para um partido", afirmou Lula.

A carapuça serviu na cabeça do ministro do STF Gilmar Mendes que, sem qualquer indício, andou sugerindo haver lavagem de dinheiro na vaquinha feita por amigos de José Genoino e Delubio Soares para pagar a multa imposta a eles na sentença da Ação Penal 470, o chamado "mensalão".

Um político da oposição dizer isso seria leviano, mas compreende-se tratar-se de opção pela baixaria.

Um cidadão dizer em boteco seria compreensível, devido à desinformação bombardeada pela mídia oposicionista.

Mas um ministro do STF dizer isso à imprensa é inadmissível, pois trata-se de quem deveria agir com imparcialidade e entra no jogo da política partidária e, pior, demonstra julgar com presunção de culpa, coisa inaceitável para um magistrado. Isso só prova, mais uma vez que, o julgamento do mensalão foi político.

E Lula também criticou essa contaminação política do julgamento, criticando juízes que atuaram de forma política sob a toga e perderam a imparcialidade ao buscar o aplauso fácil de uma condenação imposta pela mídia, em vez de buscar a verdade profunda dos acontecimentos para não cometer injustiças.

Neste caso, a carapuça serviu no ministro do STF Joaquim Barbosa que, sendo o relator da Ação Penal 470, seguiu a pauta da mídia oposicionista, ignorando todas as provas que favoreciam os réus. Seu colega de tribunal, Marco Aurélio de Mello deixou escapar que Barbosa pretende aposentar-se do STF antes do tempo e candidatar-se a algum cargo político nas eleições de 2014, aproveitando-se da fama conquistada no julgamento.

As declarações de Lula foram o suficiente para a oposição atacá-lo. O PSDB atacou através de seu líder no Senado Aloysio Nunes. O PPS através de seu líder na câmara.

Essa aliança entre oposição e ministros do STF, só confirma tudo o que Lula disse: os magistrados precisam parar de fazer política sob a toga.

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