NA MORTE, A GENTE ESQUECE
Leandro Fortes
Pode parecer estranho, mas esse Sérgio Guerra que morreu, homem íntegro, político brioso e leal, tribuno das verdades e amantíssimo brasileiro por ora cantado em loas por colunistas e autores de necrológios da política em geral, nada tem a ver com o outro, que conheci: virulento, vira-casaca, vingativo e truculento.
Será que se trata da mesma pessoa?
Essa reverência post mortem, bem típica do Brasil, me lembra a história do rapaz que foi ao cemitério pela primeira vez e leu nos túmulos: "Pai dedicado", "Marido amantíssimo", "Cidadão de respeito", "Homem de valor", e outras louvações do tipo.
Estranhado de tanta virtude, o rapaz vira-se para o amigo que o levou ao cemitério e pergunta: "E os canalhas, onde estão enterrados?"
Leandro Fortes
Pode parecer estranho, mas esse Sérgio Guerra que morreu, homem íntegro, político brioso e leal, tribuno das verdades e amantíssimo brasileiro por ora cantado em loas por colunistas e autores de necrológios da política em geral, nada tem a ver com o outro, que conheci: virulento, vira-casaca, vingativo e truculento.
Será que se trata da mesma pessoa?
Essa reverência post mortem, bem típica do Brasil, me lembra a história do rapaz que foi ao cemitério pela primeira vez e leu nos túmulos: "Pai dedicado", "Marido amantíssimo", "Cidadão de respeito", "Homem de valor", e outras louvações do tipo.
Estranhado de tanta virtude, o rapaz vira-se para o amigo que o levou ao cemitério e pergunta: "E os canalhas, onde estão enterrados?"
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