terça-feira, 10 de março de 2009

BNDES vê operações estratégicas no exterior


Matéria copiada do Blog INTERESSE NACIONAL, do meu Amigo Thiago Pires, que está em Minhas Notícias e em Meus Favoritos.

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Saraiva


BNDES vê operações estratégicas no exterior

A crise financeira encerrou abruptamente a temporada de espetaculares mega-operações de compra de firmas estrangeiras por empresários brasileiros, mas não deve brecar a tendência de internacionalização das empresas brasileiras, acredita a superintendente da área internacional do BNDES, Maria Isabel Aboim.
Ela dirige, desde o fim do ano passado, a mais recente superintendência criada pelo banco, depois de uma bem sucedida passagem pela superintendência de Finanças.Aboim vê oportunidades de aquisições e investimentos "estratégicos" nos próximos meses, de empresas brasileiras em busca de aumento de eficiência, por meio de aquisição de tecnologia e conhecimento, e firmas nacionais interessadas em subsidiárias no exterior para contornar barreiras protecionistas erguidas por governos ameaçados pela retração econômica mundial."Estamos vendo um tipo de movimento em busca de eficiência que vai ser muito importante agora, e alguns associados à tentativa de lidar com o protecionsimo, por exemplo", comentou a superintendente em sua primeira entrevista sobre a nova área do banco.
"É possível que não se vejam aqueles valores enormes, grandes operações, mas valores de inovação tecnológica muito significativos nesse tipo de operação."Para Maria Isabel Aboim, as mega-operações não estão descartadas, caso apareça alguma boa oportunidade de mercado, mas ela está segura de que deve haver um número maior dessas operações "estratégicas", de menor porte.
A impressão da executiva do BNDES coincide com uma tendência já identificada pela pesquisa setorial da Confederação Nacional da Indústria: as empresas brasileiras, neste início ano, anunciam a intenção de trocar investimentos para ampliar a capacidade de produção por investimentos em maior eficiência, inovação tecnológica e aumento da competitividade para assegurar suas fatias de mercado."No exterior, existem muitas oportunidades e o banco está muito interessado em apoiar esse tipo de estratégia", garante a superintendente.
"Mesmo com a crise, o movimento de internacionalização das empresas permanece importante e vamos continuar a apoiá-lo."O banco passou os últimos dois meses estruturando a nova área, que concentra agora sob um comando único atividades antes dispersas por outros setores.
A nova área internacional passou a tratar de todas as atividades internacionais do banco, à exceção do apoio à exportação: relações com o mercado internacional e instituições financeiras estrangeiras, o apoio à internacionalização de empresas e a captação de recursos externos. A área está subordinada ao vice-presidente Armando Mariante, que também cuida das áreas industrial e de exportação.Maria Luisa Aboim, quando ocupava a superintendência de Finanças do banco, foi responsável pela bem sucedida emissão de US$ 1,5 bilhão em títulos do BNDES no ano passado, que marcou a volta da instituição ao mercado externo de emissões após sete anos de ausência.
"A ideia, quando fizemos a operação, foi voltar a fazer de forma constante regular, ficar sete anos afastado não é bom", diz ela, que ainda não prevê, porém, nenhuma nova emissão neste ano. "O problema é o custo elevado", explica.A decisão de permanecer fora do mercado internacional não é por falta de interesse do exterior. "No BNDES, temos recebido constantemente incentivo dos nosso agentes para ir a mercado. até porque sabemos que o mercado pode a qualquer momento fechar mesmo, inteiramente", informa ela. "Mas o problema é a questão do custo, ficamos preocupados se tivermos que internalizar os recursos, por causa do imposto de renda", diz.Apesar da intensa atividade de apoio as empresas no mercado externo, o banco é obrigado a trazer ao país os recursos captados no exterior, o que aumenta seu custo, com a cobrança de imposto sobre as operações de internalização do dinheiro. Uma das prioridades da nova diretoria é a criação de mecanismos financeiros para manter fora do país o dinheiro captado no mercado externo, e emprestá-lo às empresas em operações no mercado externo. Não há data prevista para concretizar essa possibilidade, adianta ela."Passamos os últimos dois meses montando a superintendência, agora vamos começar a elaborar nossos produtos", informa Aboim, numa demonstração de que ainda estão em fase de maturação os planos ambiciosos do banco para apoio à internacionalização de empresas e para maior atuação com o mercado financeiro internacional. "A internacionalização é um movimento bastante determinado do banco mas a velocidade dele ainda vai ser dada, estamos olhando com cautela, não estamos com pressa", confirma."Não temos pressa" é uma frase pronunciada com frequência pela executiva, especialmente com as incertezas provocadas pela crise. "As possibilidades são muitas, são amplas: mas há muita mudança agora, é um momento de avaliação", diz ela.A cautela não deve ser entendida como sinônimo de paralisia. Pelo que diz Maria Isabel Aboim, a nova superintendência será ativa no estímulo à internacionalização das empresas brasileiras, e começa em breve a promover estudos para analisar tendências, identificar oportunidades e instrumentos de ação.
A superintendência da área externa não analisará operações individualmente, que continuarão com a área de indústria, mas acompanhará de maneira mais organizada as ações internacionais vinculadas a essas áreas, e trabalhará com instituições externas, como a Apex e o ministério do Desenvolvimento.Maria Isabel Aboim revela que em maio deve começar a operar integralmente o escritório do BNDES no Uruguai, que tem a função de facilitar a integração das ações do banco com as instituições regionais da América do Sul, muitas delas sediadas naquele país. Para operações internacionais de mercado há a recém-criada BNDES Limited, com sede em Londres, que ainda engatinha.
As avaliações feitas a partir da subsidiária londrina podem até revelar a necessidade de mudança para outra praça, ou de outras subsidiárias, revela a superintendente
Postado por Espaço Democrático de Debates às 07:38 0 comentários
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