sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Depois do 'nós conosco'


Copiado do EXCELENTE Blog CIDADANIA.COM, do Eduardo Guimarães, que está em Minhas Notícias e em Meus Favoritos.

Visitem este Blog, leiam a matéria do Eduardo e coloquem em prática. Para início de conversa repassem para seus grupos de contato.

Saraiva


Depois do ‘nós conosco’

Comentário: vocês podem não gostar, mas Clóvis Rossi tem razão. Basta deslizar pela blogosfera para descobrir que essa turma do “nós conosco” está presente nos blogs de esquerda e de direita.
E quanto a tirar o “bumbum” da cadeira, concordo integralmente com Rossi. Essa, aliás, é a fundamentação do Movimento dos Sem Mídia, uma tentativa que venho fazendo de sair da pregação para convertidos e da indignação virtual para o mundo real, onde as coisas acontecem.
Fundei o MSM em 2007 pensando, mais do que tudo, na sucessão presidencial do ano que vem, quando o Brasil será novamente testado no que tange sua capacidade de decidir por um caminho autônomo ou tutelado pela mídia corporativa, representante das castas “superiores” brasileiras.
O objetivo da criação deste blog e do MSM foi o de maximizar o poder da internet de aglutinar iguais. Antes dela, estávamos dispersos. Um não sabia do outro. E muito menos sabíamos que, entre a opinião pública elitizada, de classe média, éramos maioria.
Quem duvida disso, basta olhar as pesquisas de opinião. O apoio ao governo Lula é majoritário entre a classe média inclusive de São Paulo. O fato de a mídia manipular esse dado não muda uma vírgula dele.
Temos que ter presente que o país mudou em 2006, quando a mídia usou todas as suas armas para eleger Geraldo Alckmin e não conseguiu. Essa é uma realidade que mudou este país. Jamais a mídia tinha falhado em eleger um presidente.
Em 2002, ela como que “deixou” Lula se eleger. Havia uma rejeição tão profunda a qualquer político que lembrasse FHC que a mídia não teve coragem de se empenhar muito pela continuidade de um modelo que nos últimos quatro anos colocara o país no chão.
Há um consenso social de mudança nos rumos em que ela está se processando. As coisas só não são mais fáceis porque os atores dessa nova mentalidade social da classe média brasileira relutam em assumir suas posições com maior ênfase.
Notem aqui neste blog - ou em qualquer outro - que o número de comentários é infinitamente menor do que o de leitores. Uma mísera fração. Porque as pessoas acompanham, mas relutam em se envolver, quer pela baixaria, quer por um medo de se “expor” que advém do período autoritário, quando poderes invisíveis destruíam gente de esquerda.
O Brasil mudou e tenho tentado provar isso com este blog. Vejam só tudo o que tenho feito para incomodar essa gente e nada me aconteceu. Vejam só as centenas de pessoas que já acudiram ao chamamento que lhes fiz para promover atos públicos e nenhuma foi destruída, nem financeira, nem moral, nem fisicamente.
A reflexão de Clóvis Rossi faz todo sentido do mundo, em minha opinião. Só que no sentido inverso do que ele pretende, o que faz de sua reflexão um devaneio, também, porque, do seu lado, está um grupo social que não pára de minguar.
Só falta tomarmos consciência de que a mentalidade em ascensão no Brasil e no mundo é a nossa, daqueles que, aqui e em outras partes da blogosfera, fazemos um pouco do tal “nós conosco” ao qual se refere o leão-de-chácara da Folha.
Escrito por Eduardo Guimarães às 15h29

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