sexta-feira, 14 de agosto de 2009

LULA VENCEU:"Classes populares preservam sua renda e compram mais"


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Saraiva

LULA VENCEU:"Classes populares preservam sua renda e compram mais"
Classes populares salvam o Natal
Com a renda preservada em meio à crise, consumidor de baixa renda será responsável por aumento das vendas de fim de ano.
No DF, lojistas reforçam equipes.KARLA MENDESDANIEL GONÇALVES
Especial para o CorreioAs classes C, D e E serão as âncoras do Natal. São 35 milhões de famílias que gastam R$ 1,3 trilhão por ano e respondem por 78% do consumo dos lares brasileiros. Essa parcela da população teve seu poder de compra blindado em meio à crise mundial e, segundo especialistas, salvará a lista de presentes do Papai Noel em 2009, invertendo a lógica de 2008, quando o foco eram os segmentos B e C. “No fim do ano passado, tínhamos expectativa maior de consumo para as classes B e C. Este ano, são as pessoas das classes C, D e E que devem ter maior expressão nas compras”, ressalta Roque Pellizzaro Junior, presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Na visão de Fátima Merlin, diretora de varejo do instituto Latin Panel, essa migração do poder de compra se deve à característica da crise, que foi financeira e, não, conjuntural. “As classes A e B foram as que no último ano tiveram, de fato, impactos no rendimento. E como são poucos os consumidores que têm investimentos, houve impacto maior nos segmentos que têm disponibilidade de recursos e investem em bolsa e em outras aplicações.” Dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) mostram que as classes A e B, que vinham crescendo a taxas de 35% desde 2003, perderam 0,6% de participação entre as faixas de renda em dezembro. Em janeiro, o tombo foi de 2,2%. Nesse mesmo período, as classes C, D e E se mantiveram estáveis. “As classes mais baixas é que segurarão a demanda do comércio e a estrutura de renda do país. Serão o ‘Pelé’ da economia brasileira”, compara o professor Marcelo Néri, pesquisador da FGV. A bonança da base da pirâmide é consequência, explica Néri, da ampliação da renda que essas parcelas da população tiveram nos últimos anos em função do reajuste do salário mínimo em percentuais superiores à inflação, do maior acesso ao crédito e de programas de transferência de renda. Fátima Merlin destaca o Bolsa Família, já que o benefício de R$ 90 mensais representou ganho de quase 80% na renda dos contemplados. Essa iniciativa, aliada às demais, fez com que de 2007 para 2008, 2,15 milhões de famílias ascendessem entre as faixas de consumo, saindo da classe C para B ou de D para C. “São essas classes que vêm se destacando no consumo, principalmente quando olhamos para o setor de alimentos, higiene, limpeza e bebidas. Quase 80% da população brasileira pertence às classes C, D e E e que ainda têm enorme potencial”, destaca Fátima Merlin. Custo-benefício Atentas à reação positiva nas classes populares, indústria e varejo diversificaram o mix de produtos, em que prevalece a relação custo-benefício, para atender aos anseios desse público. “A classe mais rica tem como segurar sua demanda, pois tem as necessidades satisfeitas. Já as classes mais baixas querem comprar mesmo. Mas o consumo será mais consciente. Em vez de adquirir um computador com 250 giga de memória, vai ter um de160, por exemplo”, afirma Pellizzaro. “O consumidor pós-crise ficou diferente, ficou mais pé no chão. A crise nos puxou um pouco para a realidade”, reforça.
“Os indicadores de expectativa de compra de julho a setembro foram os melhores dos últimos seis anos”.Dados do IBGE divulgados ontem mostraram que as vendas do comércio aumentaram 1,7% em junho frente a maio. Laptops, câmeras digitais e celulares fazem parte da lista de desejos das pessoas, independentemente de classe social, aponta Luiz Góes, sócio sênior da GS&MD — Gouvêa de Souza, observa que esses itens são desejos de todas as classes sociais. “Eles estão na lista, há oferta de crédito e os índices de confiança do consumidor estão crescendo até agora”, diz.
Seis mil vagas em Brasília.
O Distrito Federal abrirá 6 mil vagas para trabalhadores temporários no fim do ano. A projeção é do Sindicato do Comércio Varejista (Sindivarejista), que informou que as lojas de departamento, confecções, eletrodomésticos, celulares, calçados, perfumaria, cosméticos e eletroeletrônicos serão os segmentos que mais demandarão funcionários extras. O sinal verde para as contratações foi dado e os interessados devem encaminhar currículo para o site www.sindivarejista.com.br, com previsão de serem chamados em outubro.
Segundo a entidade, 20% dos empregados temporários em Brasília são contratados em janeiro, quando várias lojas renovam o quadro de funcionários. O grande número de contratações no fim de ano é resultado do otimismo dos lojistas, que esperam vender mais no fim deste ano do que em 2008. (KM)
Eu tenho o poder.
Casa própria A secretária Maria Ione Silva Ribeiro, 26 anos, já definiu o que comprará no próximo Natal: a casa própria. Para isso, ela já se programou e usará todo o décimo-terceiro salário e mais algumas economias para dar de entrada no imóvel. “É muito ruim pagar aluguel. Prefiro arcar com prestações com o que é meu”, diz. “A casa própria será o presente de toda a família”, ressalta. Moradora de Taguatinga, com salário de R$ 700 por mês, ela afirma que está segurando os gastos para não se frustrar. Mas admite que, dando um jeitinho no orçamento, conseguirá dar presentes para os dois filhos.
Ceia completa.
Sem trabalho fixo, vivendo de “bicos” e do seguro desemprego, Edilson da Silva Vilas Boas, 37 anos, faz planos de consumo. O principal, uma ceia completa para a família, com presentes para os três filhos, mesmo que baratinhos. Também quer poupar uma parte dos quase R$ 1 mil que está faturando por mês com os trabalhos informais. “O seguro-desemprego tem segurado as contas de casa e o que ganho com os bicos, pretendo colocar no banco”, promete. Apesar do desemprego, o ex-porteiro não teve que reduzir os gastos. A receita para continuar consumindo: pesquisar preços.
Sonho do carro.
Encarregado de serviços gerais, Antônio Silva, 41 anos, conta que a prioridade do Natal será quitar as dívidas que contraiu durante o ano com a compra de eletrodomésticos para a casa. “Quero pagar o que devo”, diz. Mas o objeto de desejo, um carro, ainda não saiu de seu radar. “Por enquanto, vou adiar esse sonho”, lamenta. Com a vida financeira equacionada, acredita que o salário de R$ 541 será suficiente para garantir a mesa farta no fim de ano, ainda que alguns produtos, como o arroz, tenham ficado mais caros. “No geral, os preços estão bem razoáveis, permitindo comprar o que precisamos”, afirma.
Postado por APOSENTADO INVOCADO 1 às Sexta-feira, Agosto 14, 2009 0 comentários Links para esta postagem

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