sábado, 21 de novembro de 2009

Corpo de Celso Pitta é enterrado em São Paulo


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Corpo de Celso Pitta é enterrado em São Paulo
Ex-prefeito de São Paulo morreu na noite desta sexta por conta de um câncer no intestino
Do R7
Foto por Sérgio Neves/Agência Estado
Corpo de Celso Pitta foi enterrado em cemitério de SP; ex-prefeito morreu aos 63 anosO corpo do ex-prefeito de São Paulo, Celso Pitta, 63, foi enterrado na tarde deste sábado (21) no cemitério Getsêmani, no Morumbi, zona sul de São Paulo. Ele morreu na noite desta sexta-feira (20) no hospital Sírio-Libanês, onde estava internado desde 3 de novembro e tinha câncer no intestino.
Durante o velório de Pitta, na Assembleia Legislativa do Estado, uma bandeira do PTB – partido ao qual era filiado - cobriu uma parte do caixão. Ele foi prefeito de São Paulo entre 1997 e 2000.
Amigos e parentes acompanharam a cerimônia, como a dermatologista Ligia Kogos.
- Pitta nunca se queixou da doença. Ele caiu numa armadilha política e não esperava que depois disso tudo ia sofrer tamanho abandono.
O ex-secretário de Esportes na gestão Pitta, Fausto Camunho, disse que o ex-prefeito "não teve apoio político em todo o período em que esteve na Prefeitura".
- Eu tive todo o apoio necessário quando estava na secretaria. Foi na gestão dele que criei a escolinha de esportes da Prefeitura.
Camunho disse que falou por telefone com Pitta nos últimos dias e que o ex-prefeito estava desanimado.
O advogado de Pitta, Remo Bataglia, disse em entrevista por volta das 11h, no Hospital Sírio-Libanês, que o ex-prefeito estava doente havia um ano, leu a nota oficial divulgada pelo hospital e não quis comentar como ficam os processos contra Pitta.
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Pitta travou disputa judicial com ex-mulherEm entrevista ao programa Fala Brasil, da TV Record, opromotor responsável pela investigação do escândalo dos precatórios [desvio do dinheiro arrecadado com a emissão de títulos da dívida pública], Saad Mazlum, disse que, com a morte de Pitta, os herdeiros passam a responder pela acusação.
Pitta administrou São Paulo de 1997 a 2000. Neste período, teve seu nome envolvido em uma série de denúncias. A principal delas foi o esquema de corrupção batizado de "escândalo dos precatórios".
Em julho do ano passado, durante as investigações da Polícia Federal na Operação Satiagraha, Pitta foi investigado por corrupção passiva, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e organização criminosa.
Também foram alvos desta operação o investidor Naji Nahas e o banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity.
Meses antes de sua morte, Pitta cumpriu prisão domiciliar devido ao não pagamento de pensão à ex-mulher, Nicéia Pitta. Ao longo dos anos, ele travava uma verdadeira batalha nos tribunais.
Em abril deste ano ele chegou a ser condenado à prisão pela 5ª Vara da Família do TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo. A ordem foi revertida pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) dias depois.

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