sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Ação da Inditex, dona da Zara, cai 4% por trabalho escravo

Sexta-feira 19, agosto 2011

As ações da espanhola Inditex, dona da Zara e de outras marcas de roupas, registravam desvalorização de cerca de 4% nesta sexta-feira, em meio a denúncias de utilização de mão de obra escrava, por um fornecedor da companhia, em oficinas clandestinas no Estado de São Paulo. Às 8h23 (horário de Brasília), as ações da Inditex recuavam 4,25% na bolsa de Madri.”A Inditex é uma ação defensiva, atraente para fundos americanos que buscam uma varejista com boa imagem social, e histórias como esta podem realmente afetar o papel”, disse um operador de mercado na Espanha.

“A maioria são investidores estrangeiros que estão vendendo as ações hoje, e como a dimensão do uso de oficinas (clandestinas) no Brasil ainda é pouco conhecida, o assunto está particularmente atingindo a ação em um dia fraco como hoje”, completou.A companhia está sendo investigada pelo Ministério do Trabalho por denúncias de utilização de mão de obra escrava, após investigação da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo, que envolveu a inspeção de quatro oficinas clandestinas na capital paulista e no interior do Estado, no final de junho.

Segundo o Sindicato das Costureiras de São Paulo e Osasco, as investigações descobriram que em uma das oficinas fornecedoras da Zara o dono recebia R$ 7 por peça, enquanto os trabalhadores recebiam R$ 2 a R$ 3 por item costurado, em média. Após a denúncia, o Ministério do Trabalho teria inciado a investigação de outras 20 grifes de roupas nacionais e internacionais, informou nesta sexta-feira O Estado de S.Paulo.De acordo com o jornal, em uma das oficinas irregulares no interior de São Paulo, onde foram encontradas peças com etiqueta da Zara, também havia roupas de outras cinco marcas conhecidas. Representantes da Inditex e do Ministério do Trabalho não estavam imediatamente disponíveis para comentar o assunto.

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