Não
satisfeito em tentar se apropriar da 'paternidade' do Plano Real,
tirando do governo Itamar Franco a autoria das medidas para controlar a
inflação, o PSDB se lança agora numa empreitada ainda mais temerária.
Acossado pela iminência da
instalação da CPI da Privataria, processo que foi trazido das
profundezas do "inferno tucano", desenterrado pelo livro do Jornalista
Amaury Ribeiro Júnior, o partido busca através de um contra-ataque,
mostrar que as privatizações levadas a cabo pelo governo FHC foram
importantes para o Brasil e tiveram o apoio da figuras mais destacadas
do país, seja no campo político ou econômico.
Ocorre que é erro grave, por não ser verdade, dizer que o ex-presidente Itamar Franco apoiou tal processo.
Itamar Franco foi
contrário a venda/privatização da Vale do Rio Doce, e, enquanto pode,
impediu que empresas do governo de Minas, entre elas CEMIG e FURNAS,
fizessem parte do rol do patrimônio público entregue de mão beijada para
o capital internacional.
O ex-presidente morreu
magoado com o tucanato, por não ter sido convidado para participar dos
festejos dos 15 anos de lançamento do Plano Real e muito triste por não
ter conseguido que o chão de Minas, seu minério e suas riquezas, fossem
aviltados num certo dia em que ocorreu o Leilão na Bolsa de Valores,
quando a antiga VALE DO RIO DOCE foi simbolicamente vendida, na verdade
transferida quase que de graça para a iniciativa privada.
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Nos
últimos dias, várias iniciativas trilham no rumo de um verdadeiro
movimento patriótico em defesa da Companhia Vale do Rio Doce: um
Manifesto contra a venda da Vale tendo a frente o ex-Presidente Itamar
Franco, Aureliano Chaves, ex-Ministro das Minas e Energias, D. Luciano
Mendes de Almeida, Arcebispo de Mariana, entre outros, foi lançado
recentemente em Minas Gerais e assume dimensão Nacional; da mesma forma,
uma campanha para alcançar 1 milhão de assinaturas a um Projeto de
Iniciativa Popular, propondo incluir a Vale do Rio Doce entre as
exceções do Programa Nacional de Desestatização.
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