JEFFERSON AVISA BARBOSA: NÃO QUER IR PARA A PAPUDA - Enquanto petistas estão presos há quase uma semana, incluindo José Genoino, que, doente, corre risco com privações da cadeia, ex-presidente do PTB, Roberto Jefferson, condenado por ter recebido R$ 4,5 milhões do esquema, tripudia; em entrevista
Enquanto petistas estão presos há quase uma semana, incluindo José
Genoino, que, doente, corre risco com privações da cadeia, ex-presidente
do PTB, Roberto Jefferson, condenado por ter recebido R$ 4,5 milhões do
esquema, tripudia; em entrevista, diz que não pode ir para a prisão de
Brasília; "Se eu for para a Papuda, vai ser uma situação muito ruim,
muito delicada. O ambiente é muito hostil para mim", diz; para o
deputado Chico Vigilante (PT-DF), presidente do STF, Joaquim Barbosa,
usou de dois pesos e duas medidas ao mandar para a prisão os petistas e
deixar outros 12 condenados soltos; "É um verdadeiro absurdo que sob a
alegação de estar doente [Roberto Jefferson] permaneça em sua casa e
ainda queira ditar ao STF, como está fazendo, onde irá cumprir sua
pena"; o recado será atendido?
21 DE NOVEMBRO DE 2013
247 – Escolhido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF),
Joaquim Barbosa, para estar solto até o momento, apesar de condenado na
Ação Penal 470, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) tripudia,
enquanto petistas como José Dirceu, José Genoino (com uma doença grava
no coração) e Delúbio Soares dormem em suas celas no Complexo da Papuda,
em Brasília.
Numa entrevista concedida à Folha de S.Paulo, publicada nesta
quinta-feira 21, o delator do chamado 'mensalão', condenado por receber
R$ 4,5 milhões do esquema, conta ter relação "complicada" com alguns
réus e diz que não pode ir para a Papuda. "Se eu for para a Papuda, vai
ser uma situação muito ruim, muito delicada. O ambiente é muito hostil
para mim", defende. Ele diz ainda que correria risco de vida na
penitenciária da capital.
Na mesma conversa com o jornalista Bernardo Mello Franco, no Rio,
Jefferson critica declarações de Dirceu de que ele seria um preso
político. "Isso é um absurdo. Não emplaca, não cola", diz. "O julgamento
foi feito às claras, transmitido pela TV. Que preso político é esse? É a
mesma coisa que ele dizer que foi cassado por um Congresso de exceção.
Não tem cabimento. Se eu disser isso, você vai rir de mim", critica.
Para o deputado Chico Vigilante (PT-DF), é uma "petulância" Jefferson,
ainda solto, dar entrevistas à Folha e ainda criticar declarações do
ex-ministro da Casa Civil feitas no dia de sua prisão. E um "absurdo" o
ex-parlamentar querer "ditar o STF", dando indicações de para onde
poderia – ou não – ir quando saísse seu mandado de prisão. Em nota
exclusiva ao 247, Vigilante protesta:
"É um verdadeiro absurdo que sob a alegação de estar doente permaneça em
sua casa, no interior do Rio de Janeiro, e ainda queira ditar ao STF,
como está fazendo, onde irá cumprir sua pena", diz o deputado do
Distrito Federal, sobre Jefferson. "Roberto Jefferson, delator do
esquema do mensalão, na verdade, foi pego com a boca na botija roubando
dos Correios, e na tentativa de desviar a atenção sobre os fatos fez o
que todos nós já sabemos", lembra.
Dois pesos e duas medidas
No texto, Chico Vigilante afirma ainda que o presidente do Supremo, ao
expedir mandado de prisão para apenas parte dos réus, incluindo Dirceu,
Genoino e Delúbio, "demonstra que tem a intenção clara de perseguir os
petistas condenados pela Ação Penal 470" e que, por isso, trabalha com
dois pesos e duas medidas. "O ministro Joaquim Barbosa deveria agir de
forma condizente com seu cargo e não se utilizar de dois pesos e duas
medidas para o tratamento dos condenados petistas e dos demais",
escreve.
Leia aqui a íntegra da entrevista de Roberto Jefferson e abaixo, a nota de Vigilante:
DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS
Mais uma vez o ministro Joaquim Barboza demonstra que tem a intenção
clara de perseguir os petistas condenados pela Ação Penal 470. Dos 23
condenados, 12 ainda continuam soltos, entre eles o ex-deputado Roberto
Jefferson, PTB-RJ, que além de livre, tem a petulância de dar
entrevistas à Folha de São Paulo, criticando as declarações do
ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu no dia de sua prisão.
Joaquim Barboza estava ciente de que, expedindo na primeira leva,
mandatos de prisão contra o deputado Genoino, José Dirceu e o
ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, garantiria, assim como aconteceu,
um verdadeiro espetáculo midiático, resultando à imprensa comercial
altos índices de audiência e expondo à critica petistas considerados
pelo partido como homens de valor.
Roberto Jefferson, delator do esquema do mensalão, na verdade, foi pego
com a boca na botija roubando dos Correios, e na tentativa de desviar a
atenção sobre os fatos fez o que todos nós já sabemos.
É um verdadeiro absurdo que sob a alegação de estar doente permaneça em
sua casa, no interior do Rio de Janeiro, e ainda queira ditar ao STF,
como está fazendo, onde irá cumprir sua pena.
O ex-deputado José Genoino, tem sérios problemas de coração e de pressão
alta e nem por isso está livre. Enquanto isso Roberto Jefferson alega
que não pode cumprir pena na Papuda, onde se encontram todos os demais
condenados presos até o momento, alegando que ai se encontram desafetos
seus. Desafetos seus ele deve ter em muitos outros lugares.
O ministro Joaquim Barboza deveria agir de forma condizente com seu
cargo e não se utilizar de dois pesos e duas medidas para o tratamento
dos condenados petistas e dos demais. Deixo aqui o meu mais veemente
protesto como petista e como cidadão brasileiro, por acreditar que numa
democracia temos direitos iguais, condenados ou não.
Postado há 53 minutes ago por Blog Justiceira de Esquerda
Do Blog Justiceira de Esquerda.
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