Neste Carnaval da anticonsagração de Temer, me peguei pensando em qual é a cara, o rosto do governo. O símbolo, enfim.
Os fatos se incumbiram de me ajudar.
A cara do governo é o aparelho excretor da musa do impeachment.
Para quem gosta de palavras mais diretas, é o c… da musa, tal como
exposto em rede nacional: deprimente, vulgar, indecente. Igualzinho à
mídia que colocou Temer no poder com uma campanha criminosa contra Dilma
com seu jornalismo de guerra.
É até engraçado ver os comentaristas pró-patrões desembarcando dele.
Josias de Souza, por exemplo, disse que Temer se meteu em más
companhias, e por isso se autoimolou.
Mas um momento: ele sempre andou com as mesmas pessoas, de Jucá a
Eduardo Cunha. Não apareceu nenhum novo nome nas relações de Temer.
Ele pode e deve ser acusado de muitas coisas, mas não de surpreender: a
turma de Temer foi sempre a mesma. Aos 75 anos, ele a vida toda se
pautou na política por uma mediocridade constante, longeva e altamente
suspeita.
Sabíamos todos, os golpistas em primeiro lugar, que o governo Temer seria ruim. O que as pessoas não esperavam é que fosse tão ruim.
FHC chamou-o de pinguela, uma ponte precária, tosca. O problema é que
essa ponte levou para o aparelho excretor da musa. É urgente que este
governo seja agora excretado.
Temer não reúne mais as mínimas condições de chegar a 2018. Na teoria, é
pouco tempo: já estamos em 2017. Mas na prática é uma eternidade.
É imperioso convocar eleições diretas. Para reconduzir o país a uma
situação de próspera concórdia, só alguém com a legitimidade do voto.
Milhões e milhões deles.
Não podemos — nós, o Brasil — ficar mais tempo na condição de c… da musa.
Urnas já.
Paulo Nogueira
No DCM
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