terça-feira, 13 de agosto de 2013

As falanges em ação


A cobertura da mídia sobre os protestos no Rio e as ações do governo estadual revelam que eles parecem saudosos da ditadura. Mas a censura, agora, opera através dos próprios meios de comunicação, com a seletividade dos seus noticiários não só sobre as manifestações de rua, mas também diante de temas como a reforma política e a proposta do governo federal para ampliar o atendimento médico. Por Laurindo Lalo Leal Filho, para a Revista do Brasil
Laurindo Lalo Leal Filho, Carta Maior
Final de tarde no Rio de Janeiro. Dia da chegada do Papa ao Brasil. No Largo do Machado, reduto histórico de manifestações políticas, entre o Catete e as Laranjeiras, o clima assemelha-se a um happening. Em cantos diferentes da praça reúnem-se jovens católicos de várias partes do mundo, militantes do PSTU, ativistas dos movimentos LGBTS (algumas moças com seios à mostra), outros com bandeiras anarquistas e, claro, os policiais em trajes de guerra. Mas fica cada um no seu canto, com suas armas, cartazes e palavras de ordem. Sem confrontos.

Caminho sem preocupações entre os grupos quando outro tipo de gente chama a minha atenção: homens fortes, com idades entre trinta e quarenta anos, trajando camisetas justas começam a circular pela praça. Um está de luvas, outro enrola-se na bandeira da CTB, uma das centrais sindicais brasileiras. Muito estranho.

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