DE SÃO PAULO
Traídas.
É assim que se sentem as integrantes do grupo Ação em Cidadania
--composto por mulheres da alta roda de São Paulo-- em relação ao
senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO, hoje sem partido).
Investigações da Polícia Federal sobre jogos de azar indicam
envolvimento de Demóstenes com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Há
suspeitas de que empresários e políticos receberam dinheiro de Cachoeira
para aprovar propostas que beneficiassem o contraventor.
"Me sinto traída com a figura do Demóstenes que, para nós, era um
símbolo", disse a ex-presidente do clube Paineiras Sileni Rolla, na
reunião promovida na última quarta (25), no Jardim Paulista (bairro
nobre da zona oeste).
As integrantes do grupo Ação em Cidadania também ligaram para gabinetes
do STF (Supremo Tribunal Federal). A ideia era fazer pressão para que o
mensalão seja julgado neste semestre.
Lideradas pela psicanalista lacaniana Maria Cecília Parasmo, as mulheres
tentaram falar com o atual presidente da corte, Carlos Ayres Britto, e
com ministro Joaquim Barbosa --chamado eventualmente de Ruy Barbosa por
Maria Cecília. Nenhum deles atendeu.
"Temos que ficar em cima porque a população esquece", lamentou a
advogada Raquel Alessandri, sobre a falta de acompanhamento dos casos de
corrupção. "É só perguntar para as empregadas que a gente já sabe que
[a população] tem outras preocupações", exemplificou.
Parte das integrantes da "reunião política" (como foi denominada na convocação por e-mail) já havia participado de encontro semelhante em novembro do ano passado, quando debateram os conflitos na USP.
Na definição da líder dos encontros, as participantes são amigas e
formadoras de opinião que buscam transformar sua influência social em
participação política.
Veja todas as matérias do programa "TV Folha" aqui.
Um comentário:
Sem querer se machista nem preconceituoso:
O que essas (ESSAS!) mulheres tão precisando é de um tanque de roupa e um fogão.
Mesmo porque as "colocações" delas e nada é a mesma coisa.
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