‘Dizer que existem “excessos” na mídia e
nada fazer para ao menos discuti-los é omissão
Paulo Nogueira, Diário do Centro do Mundo
“Costumo dizer que a imprensa brasileira
comete excessos com frequência, mas prefiro isso ao silêncio da ditadura.”
A frase é da presidenta Dilma, e foi dita
ao jornal espanhol El País, numa reportagem publicada hoje em seu site.
Não é uma frase brilhante esta,
definitivamente. Equivale a você dizer, pela obviedade, que é contra o câncer. O
silêncio da ditadura é universalmente rejeitado.
Mas por que você deve ficar entre dois
extremos? A declaração de Dilma é um esforço diplomático, é certo, mas ela é
essencialmente infeliz.
Se ela reconhece “os excessos da mídia”, o
que ela pensa fazer para enfrentar o problema, em nome do interesse público? Ou
será que ela pretende apenas constatar o caso?
O Diário se bate por uma imprensa livre,
vibrante e independente – mas se existem “excessos”, como diz Dilma, eles devem
ser encarados, para o bem da sociedade. Admiti-los e não fazer nada tem um nome:
omissão. Ou, numa visão um pouco mais severa, covardia.”
Artigo Completo, ::AQUI::
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