Estado inclui no PAC 2 projetos de habitação, infraestrutura e espaços modernos de lazer, convivência e cultura
Fábio Vasconcellos – O GLOBO
● O governo do estado pretende investir cerca de R$ 1,3 bilhão em obras de melhorias nos complexos do Alemão e da Penha, incluindo a Favela Vila Cruzeiro, todos ocupados pelas forças de segurança na semana passada. Na conversa que tiveram segunda-feira com a presidente eleita, Dilma Rousseff, o governador Sergio Cabral e seu vice, Luiz Fernando Pezão, trataram desses projetos, que constam da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), mas que ainda aguardam
a aprovação do governo federal. Na reunião, Dilma afirmou que os dois complexos terão atenção especial nos próximos anos.
Enquanto analisa os novos projetos, o governo federal já deu sinal verde para obras do PAC 2 nas comunidades da Tijuca, da Mangueira e do Batam.
O Estado do Rio apresentou projetos de novas obras ou de ampliação para nove favelas, num total de investimentos de R$ 5,3 bilhões, mais que o dobro do PAC 1, que foi de R$ 2 bilhões e está em fase de conclusão.
— Tenho ido a Brasília quase toda semana para discutir esses projetos. A determinação do governador e de Pezão é que o estado vai fazer esses projetos. Claro que, se tiver a parceria da prefeitura e do governo federal, melhora muito, mas nós vamos fazer — ressaltou o secretário estadual de Obras, Hudson Braga.
Para o Complexo da Penha, que reúne dez favelas, a secretaria prevê a construção de 600 unidades habitacionais, áreas de lazer, biblioteca e reforma completa das redes de infraestrutura. O entorno da Igreja da Penha terá um espaço integração, que será erguido numa laje de 500 metros de extensão sobre a via férrea. No total, o espaço terá 20 mil metros quadrados, com rampas de acesso, escadas rolantes e elevadores de ambos os lados, que permitirão a ligação com a linha do trem.
Cinema ao ar livre com salas de aula embaixo
No espaço integração será construído o museu Túnel do Tempo, que reunirá peças que contam a história do bairro, um cinema ao ar livre, área de convivência, um jardim, escola de arte e espaços comerciais integrados à estação ferroviária. Embaixo das arquibancadas do cinema, a ideia é construir salas de aula para cursos de arte e outras atividades culturais.
Na altura do Largo da Penha, será erguida uma passarela por cima da Avenida Nossa Senhora da Penha, indo até o Parque Shangai. A Rua dos Romeiros, na Penha, que é perpendicular à estação do trem, será reurbanizada.
No pedido que encaminhou ao governo federal, a Secretaria de Obras planeja investir mais R$ 600 milhões no Complexo do Alemão, beneficiando áreas e moradores não contemplados no PAC 1. No Alemão, a ideia é construir mais unidades habitacionais, fazer abertura de ruas e obras de contenção de encostas.
As obras do PAC 2 para a Tijuca e a Rocinha foram anunciados no mês passado. O projeto prevê, entre outras melhorias, a construção de um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) ligando a Praça Saens Peña aos morros do Salgueiro, da Formiga e do Borel, até a Praça Afonso Viseu, na Usina. Além das comunidades da Tijuca, o PAC 2 deve beneficiar os moradores de Lins, Mangueira, Cidade de Deus, Juramento, Rio das Pedras e Kelsons.
Para a Rocinha, que já foi beneficiada pelo PAC 1, o governo planeja construir agora um teleférico de 2.500 metros de extensão, que seria integrado com a futura Linha 4 do metrô (Barra-Zona Sul). ■
Postado por Luis FavreComentários Tags: Complexo da Penha, Complexo do alemão, criminalidade, governo Dilma, governo RJ, PAC 2, Polícia, Prefeitura RJ, trafico de drogas, urbanismo
Do Blog do Favre.
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