terça-feira, 30 de novembro de 2010

Charge Online do Bessinha

Lula: militares ficarão no Rio o quanto for necessário


Presidente ressalta que é preciso parceria com Estados


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (30) que as Forças Armadas continuarão no combate ao tráfico de drogas no Rio de Janeiro o tempo que for necessário, para garantir a paz. Após visitar o canteiro de obras de uma usina hidrelétrica no rio Tocantins, Lula ressaltou a parceria entre os governos do Estado e federal na operação.

Ele observou que o governo federal só pode enviar tropas após pedido formal do governador Sergio Cabral (PMDB), como prevê a Constituição.

- Eu fiquei feliz com o Sérgio Cabral ter pedido apoio. Nós não podemos interferir. Ele teve sensibilidade, humildade e competência de pedir o apoio e prontamente atendemos.

Questionado se o governo federal tinha sido negligente na fiscalização das fronteiras, porta de entrada de armamentos, Lula respondeu que "o importante é que estamos trabalhando em conjunto", referindo-se ao governo do Rio.

Ele ressaltou que, no seu governo as Forças Armadas passaram a atuar com poder de polícia na vigilância das fronteiras, que fez parcerias com governos vizinhos e está comprando aviões para patrulhamento.

- Vamos controlar melhor nossas fronteiras.

Uma resposta do Estado

A operação no Complexo do Alemão faz parte da reação da polícia à onda de violência que tomou conta do Rio de Janeiro na última semana, quando dezenas de carros foram incendiados em vários pontos do Rio de Janeiro e houve ataques a policiais.

A ação dos criminosos foi vista pelo governo estadual como uma resposta às UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) instaladas nos dois últimos anos em comunidades antes dominadas pelo tráfico.

Para conter os ataques, a polícia, com apoio das Forças Armadas, realizou uma grande ofensiva na última quinta-feira (25) na Vila Cruzeiro, forçando a fuga de centenas de traficantes para o vizinho Complexo do Alemão, onde foram cercados nos dois dias seguintes. AE
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Do Blog O TERROR DO NORDESTE.

Transnordestina transforma Salgueiro

Ferrovia: Cidade fica no epicentro do Nordeste e cresce com os investimentos em infraestrutura na região


Fotos: Luis Ushirobira/Valor
Souza é exemplo da versatilidade dos empresários em Salgueiro: dono do time de futebol, que disputará a Série B, e da funerária

Murillo Camarotto | VALOR

De Salgueiro (PE)

Ainda decifrando os muitos horizontes abertos pelo primeiro emprego, a estudante Cyntia Carolina de Souza, de 18 anos, só tem uma certeza imediata: quer consumir. Perguntada sobre o que vai mal em Salgueiro, cidade de 56 mil habitantes no sertão de Pernambuco, ela só se lembrou da torturante demora na conclusão das obras do primeiro shopping center local. “Estou muito ansiosa”, afirmou a estudante, que trabalha há quatro meses no controle de qualidade da fábrica de dormentes de Salgueiro, com salário de R$ 792 mensais.

Para desespero de Cyntia, o Salgueiro Shopping só deve ficar pronto em novembro de 2011. O local vai abrigar uma praça de alimentação e 50 lojas, entre as quais já estão garantidas marcas nacionalmente conhecidas, como O Boticário, Americanas e Sorvetes Nestlé. “Também estou negociando com um banco internacional a instalação de uma agência, mas ainda não posso adiantar detalhes”, afirmou o empresário Eugênio Muniz, que está colocando do próprio bolso 60% dos R$ 10 milhões investidos no shopping.

O empreendimento é mais uma aposta do empresário em Salgueiro, sua terra natal. Bastante conhecido na região, Muniz também é dono da varejista Tradição, que vende móveis e eletrodomésticos em 38 lojas espalhadas pelo sertão nordestino. Segundo ele, os negócios vão muito bem em todas as praças, mas é em Salgueiro que se colhe os melhores frutos. “Meu faturamento dobrou aqui nos últimos dois anos, mesmo com a chegada de redes concorrentes”, relatou.

O dinamismo econômico pelo qual passa a região Nordeste, puxado pela alta vertiginosa da renda e do consumo, é singular em Salgueiro. Localizada em um ponto geograficamente estratégico do Nordeste, a cidade se transformou em um imenso canteiro de obras, com destaque para os projetos da ferrovia Transnordestina e de transposição do Rio São Francisco. “Salgueiro é o lugar onde todo mundo ganha”, resume o dentista Julio Cezar Cruz, que nos últimos dois anos ganhou mais de 30 concorrentes, porém viu seu consultório aumentar os lucros em 30%.

Emancipado em 1864, o município está exatamente no cruzamento entre as movimentadas rodovias BR-232 e BR-116 e fica a menos de 600 quilômetros de todas as capitais do Nordeste, com exceção de São Luís (MA). O potencial dessa localização para o setor logístico ganhou força com a definição do traçado da Transnordestina, que colocou Salgueiro como principal entroncamento da ferrovia. A cidade será passagem obrigatória para se chegar a qualquer um dos três extremos da ferrovia, que são os portos de Suape (PE) e Pecém (CE) e o município de Eliseu Martins (PI).

Segundo o prefeito de Salgueiro, Marcones Libório de Sá (PSB), cerca de R$ 70 milhões irão para os cofres municipais neste ano, um crescimento de 52% em relação a 2009. A arrecadação com o Imposto Sobre Serviços (ISS) deve aumentar impressionantes 275%, para R$ 7,5 milhões. Com a valorização dos imóveis, o IPTU vai dobrar. “Quando assumimos, em janeiro de 2009, a receita própria representava 9% da arrecadação total. Este ano vai chegar próximo de 20%”, calculou o prefeito.

O principal projeto instalado em Salgueiro é o canteiro central da Transnordestina, cujas obras estão hoje no pico de atividade. Somente a construtora Odebrecht, que toca o empreendimento na região, está empregando mais de 3 mil pessoas na cidade. Além da transposição do São Francisco, há ainda obras de uma fábrica de computadores, de uma adutora, de pavimentação de ruas, entre muitas outras. De acordo com o prefeito, cerca de 15 mil pessoas estão trabalhando em todos esses projetos.

Números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontam um crescimento de 102% na geração líquida de empregos em Salgueiro entre janeiro e outubro deste ano. Mais de 90% dos novos postos de trabalho com carteira assinada foram gerados no setor da construção civil, que sofre com a falta de mão de obra.

Um dos prejudicados por essa escassez é Julio Cesar Vasconcelos, de 26 anos, também natural da cidade. Após estudar Hotelaria no Recife, ele abandonou um emprego de recepcionista na capital pernambucana para ser empreendedor em sua terra natal. Há um ano e cinco meses, comanda um concorrido restaurante de beira de estrada. A primeira ampliação já está em andamento, mas a obra parou por falta de pedreiro. “Já era pra ter concluído faz tempo”, queixa-se.

Animado com as oportunidades na região, ele agora quer abrir um hotel em Salgueiro, outra carência local. Reclama, no entanto, da supervalorização das terras e dos imóveis. “Há terrenos que valiam R$ 5 mil e hoje estão pedindo R$ 100 mil”, conta o empresário, em um misto de perplexidade e frustração. O prefeito também está atônito: “O dono do imóvel onde fica um posto de saúde nosso quer aumentar o aluguel de R$ 600 para R$ 2 mil de uma tacada só”, conta.

Feliz com a situação está Fernando Parente, único corretor de imóveis de Salgueiro, hoje com pinta de celebridade. Cauteloso em revelar números de sua ascensão na pirâmide social, ele diz que seu faturamento dobrou no último ano e meio. Hoje Fernando administra uma significativa lista de espera por imóveis para locação e compra na cidade. “O preço médio dos aluguéis triplicou. O dos imóveis comerciais também. Um ponto que era alugado por R$ 1 mil, foi recentemente alugado por R$ 6 mil”, relata.

O boom imobiliário de Salgueiro vem da imensa procura das empresas com obras na cidade. Sem leitos de hotel suficientes, muitas buscam casas para acomodar seus funcionários. Diante do potencial de valorização dos imóveis, até mesmo os engenheiros que estão temporariamente morando na cidade já começaram a comprar terras nos arredores.

De acordo com o prefeito, o último levantamento feito em Salgueiro apontou para a existência de apenas 840 leitos de hotel na cidade, número deveras insuficiente para os padrões atuais, ainda mais em se tratando de acomodações mais confortáveis, voltadas aos profissionais de escalões superiores que visitam a cidade.

De olho neste nicho, a ex-professora Socorro Borba está investindo R$ 1 milhão na expansão do seu Salgueiro Plaza Hotel. O número de suítes passou de 32 para 58. “Nenhuma área do comércio em Salgueiro tem do que reclamar”, garante Socorro.

Assim como os demais empresários da cidade, Socorro não acredita na existência de uma bolha em Salgueiro. Uma eventual diminuição do movimento após a conclusão das principais obras, em dezembro de 2012, já está nos cálculos. Porém, todos acreditam que o desenvolvimento veio para ficar.

A principal aposta é o projeto, já em fase inicial, de construção de uma plataforma logística multimodal, que servirá para troca de cargas entre os caminhões e os trens da Transnordestina. O “porto seco”, como é chamado o empreendimento, ficará em uma área de 347 hectares e está aguardando licença ambiental para instalação do canteiro de obras.

Responsável pelo projeto, a Agência de Desenvolvimento de Pernambuco (AD Diper) quer criar ali um polo logístico e agroindustrial. Além da localização estratégica, o porto seco poderia atrair, por exemplo, indústrias interessadas em beneficiar os grãos que chegarão mais baratos pela ferrovia. De acordo com o presidente do órgão, Jenner Guimarães, o governo estadual está em negociações avançadas com alguns grupos que atuam no setor, porém preferiu não adiantar os nomes.

Outra prioridade é definir como será a gestão da plataforma, cujo projeto também prevê a construção de um aeroporto de cargas. O presidente da AD Diper informou que poderão ser adotados os formatos de concessão pura ou de parceria público-privada (PPP).

“Carcará do Sertão” chega à Série B do Brasileirão e vai ganhar espaço na TV

De Salgueiro (PE)

Além da economia em ebulição, a população de Salgueiro teve outro motivo para celebrar 2010. O time de futebol da cidade, mais conhecido como “Carcará do Sertão”, conseguiu acesso para a Série B do Campeonato Brasileiro do próximo ano, o que significa que terá suas partidas transmitidas para todo o Brasil pela televisão.

Dono do Salgueiro Atlético Clube, o baiano Clebel Cordeiro de Souza, de 48 anos, é mais um dos empresários bem sucedidos da cidade. Ele chegou a Salgueiro em 1984, quando ainda trabalhava na produção dos hoje proibidos showmícios. “Cheguei, fiz amigos, arranjei mulher e fiquei”, relembrou, enquanto manuseava a cafeteira que fica em seu escritório, ao lado do Estádio Municipal Cornélio de Barros Muniz, a casa do Carcará.

Após alguns anos na cidade, já enturmado, Clebel foi escalado para cuidar dos trâmites do sepultamento de uma pessoa conhecida. Chocado com os preços cobrados, decidiu em 1995 abrir sua própria empresa de serviços funerários. Sediada em Salgueiro, onde tem instalações de fazer inveja a qualquer cidade de maior porte, a SAF conta hoje com 55 filiais espalhadas pelo interior de Pernambuco e da Bahia.

“Nunca gostei de capital. Precisa de muita coisa pra ficar conhecido. No interior não precisa”, afirmou ele, com os olhos baixos e a voz mansa. Além do time e da SAF, Clebel é dono da única loja de material esportivo de Salgueiro, onde a camisa do Carcará está em falta há mais de um mês.

Com expertise em temas fúnebres, o empresário diz que pegou o time praticamente na cova, em 2005. De lá para cá, organizou as finanças, trouxe alguns jogadores e torceu muito. Agora, espera ver cumprida a promessa feita pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), de ampliar para 12 mil lugares a capacidade do acanhado estádio municipal. Sem isso, o Carcará vai ter que mostrar sua arte em outra cidade, visto que o regulamento da Série B exige estádio com mínimo de 10 mil lugares.

Além da vitrine nacional pelo futebol, Clebel espera que o dinamismo econômico de Salgueiro ajude a atrair dinheiro para o time. “Já estou conversando com possíveis patrocinadores”, adiantou. Ele também pretende construir o centro de treinamento, para dar maior ênfase à formação de jogadores. “Preciso ganhar dinheiro com isso em alguma hora”, brincou o empresário.

Ex- goleiro do time de juniores do Itabuna, na Bahia, Clebel diz ter passado para a esposa toda a responsabilidade sobre a operação dos caixões, velas, flores e cortejos. Apesar de acreditar muito no potencial de desenvolvimento econômico do município, ele não quer saber de novos negócios. “Esqueci tudo. Agora é só o Carcará”. (MC)

Postado por Luis Favre
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Do Blog do Favre.

Presidente Lula entrega 30 escolas técnicas e 25 campi de universidades



O presidente Lula e o ministro da Educação, Fernando Haddad, entregaram nesta segunda-feira (29), 30 escolas federais de educação profissional – 18 já em funcionamento e 12 com previsão para o início de 2011. Foram inaugurados ainda 25 campi ligados a 15 universidades federais.

A iniciativa faz parte do plano de expansão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica e representa o avanço do Programa de Expansão e Reestruturação das Universidades Federais (Reuni).

As 30 escolas federais de educação profissional estão localizadas no Amazonas, na Bahia, no Ceará, no Espírito Santo, em Goiás, no Maranhão, em Minas Gerais, em Mato Grosso, no Pará, em Pernambuco, no Piauí, no Rio de Janeiro, em Rondônia e em Santa Catarina.

Os 25 campi foram inaugurados no Amazonas, na Bahia, no Maranhão, em Minas Gerais, no Pará, na Paraíba, em Pernambuco, no Piauí, no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Norte, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.

Desde 2005, foram criadas 214 escolas federais de educação profissional, totalizando 342. Também foram criados 126 campi e unidades universitárias, que passaram de 148, em 2002, para 274, este ano. Atualmente, as universidades federais estão presentes em 230 municípios de todo o país.

Em 2003, 140 mil alunos estudavam em escolas de educação profissional, contra 348 mil em 2010. O aumento no número de matrículas foi de 148% e a tendência, segundo a pasta, é de crescimento.

Prêmio Gestor Eficiente da Merenda Escolar

Mais tarde, o presidente Lula participou da cerimônia de entrega do Prêmio Gestor Eficiente da Merenda Escolar, em Brasília (DF), para diversos prefeitos. Nessa edição do prêmio, foram inscritos 1.340 municípios; em 2009, foram 300.

O presidente agradeceu o engajamento dos prefeitos aos programas:

"Quanto mais a gente trabalhar com os prefeitos, mais chance a gente tem de fazer acontecer. Esse prêmio é apenas simbólico, na verdade quem está dando o prêmio não somos nós para vocês, são vocês para nós, que estão demonstrando que é possível a gente ter 6 mil prefeitos sérios nesse país, cuidando das crianças como todo mundo sabe que tem que cuidar."

O presidente lembrou que a eleição de Dilma significa que o trabalho iniciado em seu governo será levado adiante e farão com que o Brasil chegue a 2015 com todas as Metas de Desenvolvimento do Milênio da ONU atingidas.

Olimpíada de Língua Portuguesa

O Presdiente ainda participou da solenidade de premiação da etapa nacional da Olimpíada de Língua Portuguesa “Escrevendo o Futuro”, em Brasília (DF).

O presidente destacou que o Brasil ganhou nos últimos oito anos 10 mil escolas em tempo integral e beneficiou 2,2 milhões de alunos, em completou:

"Nós fizemos um pouco e certamente a Dilma fará muito mais. E em todas essas escolas tem aula de música. Significa que daqui a pouco quem quiser ir a um grande concerto não terá mais que ir a Viena, vai a qualquer estado deste país e vai assistir o que bem entender, porque a Dilma se comprometeu a fazer mais 32 mil escolas de tempo integral".

Veja também:
- Video sobre Reuni;
- Vídeo sobre Institutos Federais de Educação

(Com informações da Agência Brasil e Blog do Planalto)

Dilma acompanha Lula no Pará para inauguração das eclusas de Tucuruí



Após semanas em reuniões internas para tratar da transição de governo, a presidente eleita Dilma Rousseff acompanhará, nesta terça-feira (30), o presidente Lula na inauguração das eclusas do Tucuruí, no Pará.

Esta será a primeira vez que Dilma e Lula vão participar de um evento em comum após a campanha presidencial.

As obras das eclusas de Tucuruí permitirão a retomada na navegação de cargas e passageiros pelo rio Tocantins. A hidrovia Araguaia-Tocantins ligará o porto de Belém à região do Alto Araguaia, em Mato Grosso, e terá extensão de quase 2.000 km. O trajeto era impossibilitado pelo desnível de aproximadamente 75 m provocado pela usina hidrelétrica.

Na agenda presidencial está prevista:

Horário local de Estreito (MA) e Tucuruí (PA): menos 1h em relação a Brasília

10h - Visita às obras da usina hidrelétrica de Estreito (MA) para início do
enchimento do lago Rio Tocantins, divisa entre Tocantins e Maranhão, próximo ao
município de Estreito

11h - Cerimônia alusiva à visita às obras da usina hidrelétrica de Estreito para início do enchimento do lago

13h45 - Chegada a Tucuruí

14h15 - Visita em balsa, até as eclusas de Tucuruí (sistema de transposição de desnível dos rios Tocantins e Araguaia)

16h - Cerimônia de inauguração das eclusas de Tucuruí, contratação de 41 engenheiros formados na usina hidrelétrica Tucuruí pela usina hidrelétrica Belo Monte e assinatura do contrato de financiamento para a expansão do suprimento energético da Ilha de Marajó - Local: Usina hidrelétrica Tucuruí, bairro Nova Matinha

Lula diz que não o derrubaram, porque era a encarnação do povo na rua

O presidente Lula visitou as obras da Hidrelétrica de Estreito, no Maranhão. A usina, uma obra do PAC que criou 22 mil empregos no pico das obras, está com 92,5% das obras realizadas e prevê entrar em operação em abril de 2011. A dato de hoje foi marcada pelo início do enchimento do lago.

A usina contará com potência instalada de 1.087 MW e 641,8 MW médios de energia, para o desenvolvimento das regiões Norte e Nordeste, conforme disse no discurso:

"... Nós não queremos tirar nada do Sudeste, nós queremos que São Paulo continue crescendo, que o Rio de Janeiro continue crescendo, que o Sul continue crescendo, mas nós achamos que o século XXI é a vez do Nordeste e do Norte deste país começar a crescer".

Durante a visita, o Presidente lembrou o papel da presidenta eleita, Dilma Rousseff:

"... É importante que a gente saia daqui convencido de que essa obra só foi possível ser feita por causa de uma mulher chamada Dilma Rousseff, que mudou o marco regulatório da questão energética do país. Tudo o que eu espero é que ela faça mais e melhor do que eu fiz, porque ela me ajudou a construir o que eu construir, ela sabe como fazer e ela conhece o País como pouca gente conhece."

E lembrou ser preciso que os moradores que vivem na região e dependem da agricultura possam continuar trabalhando e tirando sua riqueza do solo: “Uma hidrelétrica tem de trazer beneficio para todos, mas, sobretudo, atender àqueles que estavam aqui antes da hidrelétrica chegar”.

Não é o Lula que está na Presidência. É a classe trabalhadora brasileira.

O Presidente fez uma pequena retrospectiva de seu governo. Fez um paralelo com outros presidentes, como Getúlio Vargas, que se suicidou, e João Goulart, que foi derrubado pelo golpe militar em 1964, ao lembrar da crise política que enfrentou em 2005, diante das denúncias do dito "mensalão":

“Pensei: O que vão fazer comigo”, indagou. “Eles tentaram em 2005, mas não sabiam que esse presidente era a encarnação do povo na rua. Esse país teve presidente que se matou, que foi cassado. Conversei com [José] Sarney na época. E disse que eles vão saber que não é o Lula que está na Presidência. É a classe trabalhadora brasileira”, completou.

Lula disse que deixará a Presidência “com a cabeça tão erguida ou mais erguida” do que subiu. “Duvido que tenha presidente que tenha tido relação tão republicana como eu tive com governadores e prefeitos. Nunca perguntei a que partido pertenciam. Se tinham direitos, a gente repassava as coisas que tinha de repassar”. (Com informações da Agência Brasil)

Mídia brasileira é G-O-L-P-I-S-T-A

As carpideiras do regime militar
Por Cynara Menezes


WikiLeaks revela documento mostrando
que até o governo americano tratou os
acontecimentos em Honduras como golpe
de estado, enquanto no Brasil falava-se
em "deposição constitucional".
Imagem: Reprodução/WikiLeaks
Há uma revelação, entre as tantas que estão vindo à tona com a divulgação dos telegramas confidenciais das embaixadas dos Estados Unidos no mundo pelo site WikiLeaks, que me deixou particularmente satisfeita. Trata-se da admissão oficial pela diplomacia americana de que o que viveu Honduras em junho do ano passado foi um golpe de Estado. G-O-L-P-E, em português claro, como escrevemos em CartaCapital. Em inglês usa-se a palavra francesa “coup”. Ninguém utilizou o eufemismo “deposição constitucional” a não ser os pseudodemocratas locupletados em setores da mídia no Brasil.

É a mesma gente que, quando o governo Lula fala da intenção de regular a mídia, vem com o papo furado de que está se querendo cercear a liberdade de expressão. É o mesmo pessoal que ataca cotidianamente um líder democraticamente eleito e reeleito com palavras vis, mas que, ao menor sinal de revide verbal, protesta com denúncias ao suposto “autoritarismo”do presidente. Jornalistas, vejam só, capazes de ir lamber as botas dos militares em seus clubes sob a escusa de que a democracia se encontra “ameaçada” em nosso país.

Pois estes baluartes da liberdade de imprensa e de expressão no Brasil foram capazes de apoiar um regime conquistado pela força a pouca distância de nós, na América Central. Quando Honduras sofreu o golpe, estes falsos democratas saíram em campo para saudar o auto-empossado novo presidente Roberto Micheletti, que mandou expulsar o eleito Manuel Zelaya do país, de pijamas. Dizem-se democratas, mas espinafraram Lula e seu ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, por se recusarem a reconhecer um governo golpista. Quem é e quem não é democrata nessa história toda?

Não se engane, leitor. Disfarçados de defensores da democracia, estes “formadores de opinião” são na verdade carpideiras do regime militar. Choram às escondidas de saudades dos generais. Quando se colocam nas trincheiras da “liberdade de expressão” contra o governo, na verdade estão a tentar salvaguardar o monopólio midiático de seus patrões, não por acaso beneficiados pela ditadura. Dizem-se paladinos da imprensa livre, desde que seja aquela cevada pelas graças do regime militar. Não à toa, elogiam quem morreu do lado dos generais e difamam quem foi torturado e desapareceu lutando contra a ditadura.

As carpideiras do golpe se disfarçam sob a máscara dos bons moços, cheios de senso de humor “mordaz” (alguns humoristas de profissão, inclusive) e pretensamente bem formados intelectualmente. Mas não é difícil identificá-las: fique de olho em gente que diz que “todo político é igual”, que despreza o brasileiro com declarações do tipo “somos todos Tiriricas” e que prega o voto nulo nas eleições. Repare bem: prescindir do voto é abrir mão de ser cidadão. Na ditadura, não se votava, lembra? As carpideiras do regime militar tentam se conter, mas volta e meia se traem.

É mais fácil reconhecer uma carpideira dos milicos em tempos de guerra do que de paz. Durante as eleições, foi só surgir a polêmica sobre a descriminalização do aborto que elas mostraram a verdadeira face, erguendo a bandeira da ala mais obscurantista da igreja católica. Com a invasão policial dos morros cariocas no fim de semana, a mais “tchutchuca” entre todas as carpideiras da ditadura teve a desfaçatez de postar no twitter: “E se o BOPE, a Polícia e as Forças Armadas, depois da operação no Rio, fossem limpar o Congresso Nacional?” Nenhum respeito às instituições: é dessa matéria que se fazem os golpistas.

Se foram capazes de colocar o presidente Lula, do alto de sua popularidade, em capa de revista com a marca de um pé no traseiro, é de se presumir que as carpideiras do regime militar não darão trégua a Dilma Rousseff. Já começaram por escarafunchar seu passado de guerrilheira. Que ninguém se engane, as carpideiras estão à espreita. Esperam um deslize qualquer de Dilma para tentar defenestrá-la. Estão louquinhas por uma “deposição constitucional” como a que houve em Honduras, porque jamais admitirão ser o que são: groupies de ditadores. Os papéis do Wikileaks deixam claro, porém, que nem os Estados Unidos se enganam mais com golpistas.

Cynara Menezes é jornalista. Atuou no extinto "Jornal da Bahia", em Salvador, onde morava. Em 1989, de Brasília, atuava para diversos órgãos da imprensa. Morou dois anos na Espanha e outros dez em São Paulo, quando colaborou para a "Folha de S. Paulo", "Estadão", "Veja" e para a revista "VIP". Está de volta a Brasília há dois anos e meio, de onde escreve para a CartaCapital.


Leia mais em: Блог О Есяуердопата
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Do Blog O Esquerdopata.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Unicef: não ao racismo contra crianças negras e indígenas

Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil

Unicef lista dez maneiras de contribuir para uma infância sem racismo
Brasília - O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) lança hoje (29) uma campanha para combater o racismo contra crianças negras e indígenas. Uma dos objetivos é orientar os adultos sobre como tratar o tema da diversidade com as crianças e evitar que o preconceito se perpetue. Veja dez dicas listadas pelo fundo para lidar com a questão:

1. Eduque as crianças para o respeito à diferença. Ela está nos tipos de brinquedos, nas línguas faladas, nos vários costumes entre os amigos e pessoas de diferentes culturas, raças e etnias. As diferenças enriquecem nosso conhecimento.

2. Palavras, olhares, piadas e algumas expressões podem ser desrespeitosas com outras pessoas, culturas e tradições. Indigne-se e esteja alerta se isso acontecer!

3. Não classifique o outro pela cor de pele; o essencial você ainda não viu. Lembre-se: racismo é crime.

4. Se seu filho ou filha foi discriminado, abrace-o, apóie-o. Mostre-lhe que a diferença entre as pessoas é legal e que cada um pode usufruir de seus direitos igualmente. Toda criança tem o direito a crescer sem ser discriminado.

5. Não deixe de denunciar. Em todos os casos de discriminação, você deve buscar defesa junto ao conselho tutelar, às ouvidorias dos serviços públicos, da OAB e nas delegacias de proteção à infância e adolescência. A discriminação é uma violação de direitos.

6. Proporcione e estimule a convivência de crianças de diferentes raças e etnias nas brincadeiras, nas salas de aula, em casa ou em qualquer outro lugar.

7. Valorize e incentive o comportamento respeitoso e sem preconceito em relação à diversidade étnico-racial.

8. Muitas empresas estão revendo sua política de seleção e de pessoal com base na multiculturalidade e na igualdade racial. Procure saber se o local onde você trabalha participa também dessa agenda. Se não, fale disso com seus colegas e supervisores.

9. Órgãos públicos de saúde e de assistência social estão trabalhando com rotinas de atendimento sem discriminação para famílias indígenas e negras. Você pode cobrar essa postura dos serviços de saúde e sociais da sua cidade. Valorize as iniciativas nesse sentido.

10. As escolas são grandes espaços de aprendizagem. Em muitas, as crianças e os adolescentes estão aprendendo sobre a história e a cultura dos povos indígenas e da população negra e como enfrentar o racismo. Ajude a escola de seus filhos a também adotar essa postura.

Edição: Graça Adjuto

Imprensa e governo: o papel de cada um



Ricardo Kotscho *

Quando ocupava a sala da Secretaria de Imprensa, no Palácio do Planalto, onde hoje trabalha meu amigo Franklin Martins, no início do primeiro mandato do presidente Lula, costumava dizer aos amigos, meio brincando, meio a sério, que só tinha dois problemas ali: o governo e a imprensa, um reclamando o tempo todo do outro.

Desde o primeiro dia, ficou claro para mim que é muito difícil conciliar os interesses destas duas instituições de naturezas, tempos e interesses tão diversos. Instalado do outro lado do balcão, assisti à gincana promovida pelos meus colegas repórteres em busca de notícias negativas sobre o governo, certamente uma demanda de suas redações, que simplesmente não assimilaram e não se conformaram com a vitória de Lula e a mudança de mãos do poder, depois de mais de 500 anos.

A competição entre os profissionais que fazem a cobertura do Palácio do Planalto, por vezes pertencentes à mesma empresa, é feroz, implacável, ainda mais com a proliferação naquela época, começo de 2003, do jornalismo online e dos canais e emissoras de notícias, que a todo momento precisavam entrar no ar ao vivo, de preferência com alguma novidade.

Lembrei-me daqueles primeiros tempos de Brasília enquanto ouvia o ministro Franklin Martins, que na época era o homem mais importante do jornalismo da TV Globo em Brasília, na abertura do Seminário sobre Liberdade de Imprensa, em boa hora promovido pela TV Cultura, na manhã de quinta-feira, em São Paulo.

Um a um, Franklin foi espantando os fantasmas acenados pelos donos da mídia para assustar a platéia toda vez que alguém procura discutir qualquer medida de regulação dos meios de comunicação social, até hoje regidos por uma legislação dos anos 60 do século passado, quando ainda não existia nem TV a cores, e celular, internet, essas coisas todas então, então, nem pensar. O ministro lembrou que sequer o capítulo da Constituição de 1988 referente à Comunicação Social foi até hoje regulamentado.

Depois de defender a refundação do Ministério das Comunicações para transformá-lo num centro formulador de políticas e descartar uma por uma todas as “ameaças” à liberdade de imprensa no país, garantindo que ela não corre nenhum risco, Martins defendeu um debate com a sociedade sobre um marco regulatório para o setor, até para defender a radiodifusão brasileira diante do vertiginoso crescimento das empresas de telecomunicações no país. Acontece que a mídia brasileira se recusa a discutir a mídia.

Nenhum representante patronal estava presente ao seminário, como constantei na breve fala que fiz em seguida, durante a mesa de debate da qual participei, com a moderação da jornalista Monica Teixeira, junto com Sergio Dávila, editor-executivo da Folha, e do professor Demétrio Magnoli. É difícil e seria até meio redundante falar depois de Franklin Martins porque ele é um jornalista apaixonado pela profissão como eu e que se sabe se expressar muito bem, ao contrário deste que vos escreve.

Em todo caso, já que estava lá mesmo, li o meu “improviso”, que reproduzo abaixo, mostrando as dificuldades no relacionamento entre imprensa e governo, que seria bem melhor cada um se limitasse a cumprir o seu papel sem transformar as divergências, que são naturais, numa guerra permanente.

Liberdade de imprensa para quem?

Sempre que se discute liberdade de imprensa – e nunca se discutiu tanto como agora – faço uma pergunta. Em primeiro lugar, precisamos saber de qual liberdade de imprensa estamos falando.


Liberdade de imprensa para quem?

* Diante do espanto da platéia, iniciei com esta pergunta a palestra que fiz em seminário promovido pela ANJ, a Associação Nacional de Jornais, entidade patronal da mídia impressa, faz uns dois ou três anos, em Brasília.


* Não se trata de garantir liberdade apenas para a imprensa, quer dizer, para as empresas e para os jornalistas.


* Quando se fala em liberdade de imprensa devemos falar, em primeiro lugar, na liberdade de imprensa como um direito que a sociedade tem à informação, assim como à água encanada e à energia elétrica.


* Aí cabe perguntar novamente: que tipo de informação, com que grau de qualidade, credibilidade e honestidade?


* A melhor resposta para esta questão crucial da liberdade de imprensa e de expressão está num estudo apresentado recentemente pela consultora Eve Salomon, da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, a Unesco.


* Salomon estudou, coisa que poucos entre nós costumam fazer, a situação do sistema de radiodifusão brasileira, ao longo de um ano, com o objetivo de propor diretrizes para uma nova regulação de mídia. A que está em vigor data dos anos 60 do século passado.


* Em entrevista a Lisandra Paraguassu, do Estadão, a consultora afirma: “Regular não é censurar, e as diferentes visões políticas precisam ser protegidas”.


* Com toda clareza, Salomon responde à pergunta que fiz acima. Abre aspas: “A regulação, quando feita da maneira correta, é uma maneira de proteger a liberdade de expressão”, fecha aspas, diz ela, ao contrário do que temem os porta-vozes da velha mídia.


* Abre aspas novamente: “Isso não é apenas para garantir o direito de dizer o que você quer, mas também o direito dos cidadãos de receber o que eles precisam para operar em uma democracia. É preciso respeitar a privacidade das pessoas, não transmitir mensagens de ódio, é preciso respeitar as crianças e garantir que as notícias sejam acuradas. Esses são os princípios básicos que estamos propondo para o Brasil, nada mais”, fecha aspas.


* Nem precisaria de mais nada, acrescento eu. Acontece que nós vivemos num país em que os donos da mídia simplesmente se recusam a discutir qualquer regulação, qualquer marco regulatório. Não admitem sequer discutir a autorregulamentação proposta pela ANJ, algo que já existe no setor de publicidade há mais de 30 anos. Não aceitam, simplesmente, qualquer regra ou limite para a sua atividade. Neste seminário, por exemplo, não há nenhum representante dos proprietários dos meios de comunicação.


* Toda vez que se tenta discutir as regras do jogo da comunicação social em defesa dos direitos de informação da sociedade, as entidades patronais e seus colunistas de estimação, saem logo gritando: “Fogo na floresta! Isto é censura! É o controle social da mídia! Querem acabar com a liberdade de imprensa!”.


* Desde a posse do presidente Lula, há quase oito anos, ouço esta mesma ladainha, e eu faço outra pergunta a vocês: qual foi a iniciativa concreta implantada pelo governo federal para cercear a liberdade de imprensa neste período?


* Bastaria pegar agora qualquer jornal ou revista, abrir os blogs, sintonizar qualquer emissora de rádio ou televisão, para ver que a imprensa tem a mais absoluta liberdade de expressão – e até abusa dela frequentemente, com informações muitas vezes erradas, manipuladas e incompletas, sem falar em graves ofensas pessoais ao presidente da República.


* Sempre que afirmo isto, tem alguém na platéia que levanta o braço para contestar. E a censura ao Estadão? E a expulsão do Larry Rother? Então, já vou logo respondendo: a censura no Estadão não tem nada a ver com o governo federal. É um absurdo, uma aberração, eu também acho. Mas é uma decisão do Judiciário, envolvendo um processo que corria em segredo de Justiça. Daí a dizer que, por causa disso, existe censura à imprensa no Brasil é uma aberração maior ainda.


* Quanto ao tal do Larry Rother, houve inicialmente um grave erro do governo, sim, mas que, graças a Deus e ao Márcio Thomás Bastos, com a minha ajuda, não se concretizou.
* O resto fica no campo dos medos, das ameaças e dos fantasmas que ressurgem toda vez que o assunto entra em pauta.


* Para ganhar tempo e dar mais espaço ao debate com vocês, já vou logo respondendo também à questão levantada pelo tema da palestra de sexta-feira (26) com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.


* “A liberdade de imprensa corre risco no Brasil?”.


* Não, a meu ver a liberdade de imprensa não corre nenhum risco no Brasil neste momento e até onde a minha vista alcança.


* A sociedade brasileira, sim, corre sérios riscos de não ser informada corretamente quando a sua grande imprensa assume o papel de partido de oposição, como admitiu publicamente a presidente da ANJ, Judith Brito, e demite os colaboradores que não seguem o pensamento único dos seus donos.


* Partido é partido, imprensa é imprensa e governo é governo. Assim como a imprensa não deve tomar partido, também não é papel do governo ser ombudsman da imprensa. A jovem democracia brasileira agradeceria se cada instituição se limitar a cumprir o papel que lhe cabe.

* Jornalista

Balaio do Kotscho
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Do Blog O TERROR DO NORDESTE.

domingo, 28 de novembro de 2010

Vitória arrasadora do Rio no Alemão cria constrangimento

O ordinário blogueiro entrevista Fuzileiros Navais

A retomada do território do Alemão pelas forças da Lei durou das 8h da manhã às 9h30 da manhã deste domingo.

Foram cerca de 1200 homens e carros anfíbios, blindados, e helicópteros numa ação coordenada pelo exemplar policial federal José Mariano Beltrame, Secretário de Segurança do Rio.

Os traficantes tinham fugido da Vila Cruzeiro para o Alemão.

As 44 saídas do Alemão foram fechadas.

Os traficantes ficaram presos lá dentro.

E as forças do delegado Beltrame, aos poucos, identificarão os criminosos e as áreas em que armazenavam drogas e armamento.

Este ordinário blogueiro entrevistou Beltrame para o Domingo Espetacular, e ele informou que tropas federais manterão a ocupação do Alemão e da Vila Cruzeiro até que novos policiais militares sejam formados e possam instalar as UPPs.

Nunca dantes na história deste país houve uma ação tão extensa, maciça e fulminantemente eficaz quanto esta no Rio de Janeiro.

A vitória de Sérgio Cabral e Beltrame cria inevitáveis constrangimentos.

Mostra, de forma escancarada, que nenhum governante pode mais fechar os olhos, sentar em cima das mãos, conciliar, ou fazer acordo secreto com o crime organizado.

O Rio de Janeiro era e é uma área de forte consumo e tráfico de droga.

Mas não é a única.

E um dia e, um dia, a casa cai.

O crime organizado vai para a rua, queima ônibus, atira em postos da polícia, tranca ruas e cospe na cara do governante.

Sérgio Cabral e Beltrame demonstraram que é possível enfrentar o crime organizado.

Só não enfrenta quem fez acordo com ele ou dele tem medo.


Paulo Henrique Amorim

Do Blog CONVERSA AFIADA.

E agora PIG? FHC repete discurso de Franklin Martins: diz que tem que haver regulação da mídia


Amigos do Presidente - por Zé Augusto - sábado, 27 de novembro de 2010

Passada as eleições, o ex-presidente FHC resolveu falar o mesmo que Lula, Dilma, Franklin Martins, o PT, o PCdoB, o PSB, nós da blogosfera estamos falando há tempos: que a mídia tem que ter regulamentação.

O ex-presidente disse que é "impossível" não ter regulação, e completou:

"No debate atual, existe uma certa confusão. Estamos misturando a necessidade eventual da organização dos meios de difusão, inclusive por causa das novas tecnologias e da convergência entre plataformas, que requerem alguma regulação, com aquilo que não requer regulação, que é o conteúdo".

Repetiu extamente o que disse Franklin Martins no recente Seminário de Convergência de Mídias.

FHC "derrapa", e esquece a Constituição de 88, que assinou

O ex-presidente só derrapou e confundiu ao dizer que o conteúdo não tem que ter regulação. Tem sim. Não tem que ter censura, mas tem que ter regulação de limites de programação estrangeira, cotas de programação regional, e outras coisas da Constituição de 88, da qual FHC participou como constituinte.
.

A ESPANTOSA INTELIGÊNCIA DO BLOGUEIRO-MICHÊ DA REVISTA VEJA

Desde os tempos em que atuava como informante dos torturadores, infiltrado no movimento estudantil, no período mais sombrio da ditadura, o auto-denominado “jornalista” Augusto Nunes – que se orgulha da fotografia em que aparece ao lado do general Figueiredo – já demonstrava seu caráter de escova-botas dos patrões. Pois, o tempo, senhor da razão, confirmou o vaticínio. Após exercer a função de proxeneta dos milicos, Nunes fez súbita carreira na imprensa corporativa. Valendo-se de seu excepcional talento para a adulação e de seu topete pega-rapaz, galgou postos e, dizem, perseguiu vários colegas de trabalho.
Uma das passagens bizarras de sua biografia foi sua demissão das Organizações Globo. Roberto Marinho em pessoa o mandou para o olho da rua por causa de um necrológio de Jorge Amado publicado na revista Época, quando o escritor baiano estava ainda bem vivo.
O semovente do meretrício fascista acabou encontrando refúgio no Jornal do Brasil, já sob o comando do empresário picareta Nelson Tanure. Isso talvez explique a derrocada agonizante do tradicional diário carioca, que teve morte cerebral decretada há poucos meses. Augustinho também foi diretor de redação do tabloide Zero Hora, de Porto Alegre. Ali, no entanto, seu reinado foi fugaz: nem mesmo os Sirotsky aguentaram tanta velhacaria.
Restou ao pobre diabo retornar, resignado – e com o rabo entre as pernas – à velha revista Veja, de quem, originalmente, é cria. É ali que, hoje, Augusto Nunes homizia-se, assinando um blog de coprologia jornalística e quejandos.
No último dia 25, ao fazer sua “leitura crítica” da entrevista coletiva que o Presidente Lula concedera a um grupo de blogueiros, Augusto Nunes exibiu tudo o que a vida lhe ensinou, em um texto que, pela sua grandiosidade epistemológica, entrará para os anais da crônica política brasileira. Com invejável garbo e rara agudeza de espírito, assim o titã da imprensa descreveu um dos participantes da histórica entrevista:

“A imagem ampliada pelo close exibe alguém que acabou de chegar dos anos 60 e só teve tempo para deixar a mala no quarto-e-sala do amigo. Os pelos da barba aparada na véspera tentam compensar o sumiço dos fios de cabelo no topo. Enquanto trava uma briga de foice no escuro com os tons sombrios da gravata estampada, o terno preto emprestado de algum parente mais gordo e mais alto engole as mangas e a gola da camisa social branca.”

Melhor usar parênteses (o “terno preto”, na verdade, era azul-marinho; o terno azul-marinho era próprio de seu usuário; o usuário do terno azul-marinho não possuiu qualquer “parente mais gordo”; e a “camisa social branca”, na verdade, era azul-claro). Ou seja: ao provável daltonismo do festejado “jornalista”, juntaram-se o ressentimento, o preconceito e, naturalmente, a imbecilidade.
Para provar que é um sujeito muito inteligente, pediu um dicionário emprestado ao seu vizinho Reinaldo e deu-se ao trabalho de copiar os verbetes cloacais do Pai dos Burros – certamente, nenhum de seus leitores entenderia que o “codinome” do entrevistador era um tropo metonímico, tampouco que o nome do blog é uma ironia.

Clique aqui para ver que, enquanto houver profissionais de imprensa do jaez de Augusto Nunes, o suprimento de matéria-prima deste Cloaca News - ou do Sr. Cloaca, como queira - estará garantido.

Celso Amorim na lista de 'pensadores globais' de 2010


A lista dos cem "pensadores globais" mais importantes do mundo segundo a prestigiosa revista internacional "Foregin Policy" aponta o ministro brasileiro das Relações Exteriores Celso Amorim como o 6º lugar do seu ranking. A lista completa, que sai na edição de dezembro da publicação, foi divulgada neste domingo (28) no site da revista.Veja a lista completa no site da revista, em inglês
Segundo a "FP", Amorim se esforçou para transformar o Brasil em uma potência internacional sem seguir cegamente o governo dos Estados Unidos nem romper com os americanos como fizeram outros governos de esquerda. A participação dele na negociação com o Irã, diz, "colocou o Brasil no mapa".
"Sob a liderança de Amorim, o Brasil abraçou entusiasticamente a aliança dos BRIC, com Rússia, Índia e China, que ele acha que tem o poder de 'redefinir a governabilidade mundial'".
A revista trouxe ainda uma longa entrevista com o ministro brasileiro.
A lista completa dos pensadores ainda cita a candidata derrotada à Presidência Marina Silva, mencionada em 32º lugar junto a outros líderes de partidos verdes.

By: Os Amigos do Presidente Lula

sábado, 27 de novembro de 2010

A velha mídia corrupta quer censurar blogs que praticam a honestidade às claras

Jornalismo engajado existe no mundo inteiro. A velha mídia, por exemplo, foi engajada para derrubar Getúlio Vargas e Jango, foi engajada no apoio à ditadura, foi engajada na eleição de Collor e FHC, e foi engajada por Alckmin e Serra, e foi engajada para tentar derrubar o governo Lula. Só que é corrupta, quando quer se apresentar como "isenta" e "apartidária". Corrompe a informação e engana (ou tenta enganar) seus leitores desavisados.

No entanto o articulista do Correio Braziliense, Lúcio Vaz, se julga no direito de querer censurar o nosso blog de poder entrar no Palácio do Planalto, para participar de entrevista com blogueiros, por causa do título do blog ser "Os Amigos do Presidente Lula".

O Correio Braziliense, teve momentos que lhe cairia bem o nome de "Os amigos de José Roberto Arruda" (*), dado o escárnio que foi a cobertura inicial do "Mensalão do DEM" no jornal.

Teve outros momentos que lhe cairia bem o nome de "Os amigos de Joaquim Roriz", como neste vídeo:


Em seu artigo, Lúcio Vaz, continua a criticar o nosso blog:

O seu representante tratou de se apresentar antes de fazer a primeira pergunta: “Blogs ativistas como o nosso nasceram ainda no seu primeiro mandato, inspirados para combater as tentativas de golpear o seu governo”.

Ora, fomos apenas explicitamente honestos com os leitores e internautas que assistiam. Nosso blog engajado para combater as tentativas da velha mídia, enquanto outros, jornais como o Correio Braziliense, foi engajado em tentar derrubar o governo, fabricando escândalos, forjando crises, querendo desgastá-lo, impedir a reeleição em 2006 e a sucessão por Dilma em 2010.

Nosso blog é autêntico e honesto, a começar pelo título. Não esconde nossa posição do leitor, nem de ninguém.

O presidente já concedeu mais de 900 entrevistas à velha mídia. Agora concedeu uma a blogueiros que fazem contraponto à esta velha mídia. Entre 10 blogs convidados pela comissão organizadora dos blogueiros (e não por escolha do Planalto), um deles foi o nosso, não pelo nome, mas pela relevância, pelo trabalho, por ser um dos pioneiros, por ser muito lido e ter se tornado influente, a ponto do candidato José Serra nos imputar acusações falsas, e chegar ao ponto de revelar em entrevista ter pedido ao Presidente da República para tirá-lo do ar, imaginando erroneamente que o blog era ligado ao Presidente.

Mesmo com mais de 900 entrevistas para velha mídia, contra apenas uma para estes blogs autônomos, o articulista prega a censura à diversidade e à liberdade de imprensa para os outros. Quer apenas a liberdade de imprensa para o cartel do seu patrão.

(*) José Roberto Arruda (ex-DEMos/DF), quando governador, comprou de mais de 5.000 assinaturas do jornal, inflando a tiragem com dinheiro público.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O controle do Complexo do Alemão é um exemplo de integração policial

A Vila Cruzeiro passará a ser território de cidadãos

Estão na Vila Cruzeiro e na entrada do Alemão, neste momento, carros anfíbios da Marinha, Caveirões da polícia do Rio, Fuzileiros Navais, policiais federais, policiais civis e militares do Rio, soldados do Exército e, imagina-se, um contingente de agentes de inteligência das diversas forças.

A tomada de controle do Complexo do Alemão demonstra muito mais do que a eficácia de uma política centrada na construção de Unidades Policiais Pacificadoras.

O tráfico fugiu das UPPs, reagiu e passou a ser combatido de forma maciça.

O governador Sérgio Cabral e o secretário de Segurança José Maria Beltrame conseguiram, primeiro, integrar as polícias do Rio.

Não é coisa fácil.

O amigo navegante se lembra das cenas de guerra civil em frente ao Palácio do Padim Pade Cerra que se transformaram as divergências entre as polícias Civil e Militar da Chuíça (*).

O segundo trabalho político de Cabral e Beltrame foi criar as condições morais e técnicas para ter direito à participação de contingentes da Marinha e Exército.

O tráfico não vai acabar.

Sempre haverá o consumidor.

Mas, quando os policiais do Rio de Janeiro cruzaram as ruas estreitas da Vila Cruzeiro e, enfim, chegaram ao topo do morro, ficou estabelecido que o cidadão tinha recuperado uma boa parte de seus direitos.

Direito à Educação, à Saúde, ao Comércio e à Paz.

Quando o secretário Beltrame começou a ofensiva para re-instalar o poder do Estado nas favelas do Rio, a classe média, os ricos, e as Organizações (?) Globo ficaram contra.

Com o argumento hipócrita de que haveria sangue e abusos, escondiam um outro temor, mais profundo.

O temor de que as favelas se tornassem bairros em que cidadãos pobres pudessem viver com dignidade.

E o que a classe média, os ricos e as Organizações (?) Globo mais queriam e querem é a Sowetização do Rio e do Brasil.

O que eles querem é o Carlos Lacerda.

Cabral e Beltrame fizeram o funeral do Lacerda no alto da Vila Cruzeiro.

Aleluia !

Paulo Henrique Amorim

Do Blog CONVERSA AFIADA.

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Movimentação de Serra irrita tucanos e aprofunda racha no PSDB

A presença de José Serra no Congresso Nacional, nesta quinta-feira (24), causou irritação entre aliados do ex-governador e senador eleito Aécio Neves (PSDB-MG). Sem compromissos programados, Serra deu as caras “aparentemente em busca de espaço na mídia”, conforme noticiou o Valor Econômico. Mas o ex-governador paulista, aproveitou a visita para, mais uma vez, demarcar posição com Aécio, na luta pelo comando do partido e pela liderança da oposição ao governo Dilma Rousseff.


Por André Cintra

Depois do segundo turno das eleições, aliados dos dois lados já trocaram farpas publicamente. Enquanto Aécio propôs o fim da hegemonia paulista e a “refundação” do PSDB, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso saiu em defesa de Serra, ao negar que o PSDB seja “muito avenida Paulista” ou precise ser refundado.

A divergência da vez se dá em torno da proposta de recriação da CPMF (Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira), que garantia R$ 40 bilhões para a área da saúde. Em 2007, quando o “imposto do cheque” foi derrubado no Congresso, a oposição se dividiu: Serra liderava a ala dos governadores tucanos favoráveis à continuidade da CPMF, enquanto senadores do PSDB e do DEM a combatiam.

Três anos depois, o sucessor de Aécio no governo mineiro, Antonio Anastasia, é quem defende a volta da CPMF. Já Serra, agora sem cargos e de olho apenas na oposição, mudou de lado. Na visita ao Congresso, em rápida conversa com parlamentares tucanos, retratou-se da posição defendida em 2007 — “eu errei” — e apelou para que o PSDB marche em bloco contra a CPMF, sob o risco de “quebrar” o partido. À imprensa, Serra deu outra versão: “(Uma nova CPMF) não vai levar mais dinheiro para a saúde de jeito nenhum".

Os aecistas não engoliram a guinada oportunista. Na opinião de um dos principais deputados aliados a Aécio, Serra tenta, de forma “autoritária” e “à base de cotoveladas”, liderar a fragilizada oposição. Até a serrista Folha de S.Paulo considerou a “visita-supresa” ao Congresso como o “primeiro passo do ex-governador de São Paulo para tentar ocupar a presidência do PSDB a partir de 2011. O caminho, porém, não será tranquilo. Há forte oposição interna à ideia de lhe dar novamente o comando da sigla”.

Serra também desatou críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “A herança que se deixa para o novo governo é muito adversa — inflação para cima, produção desacelerada, taxa de câmbio supervalorizada, déficit em conta corrente, o segundo maior do mundo, ou seja, uma economia repleta de desequilíbrio e contas fiscais maquiadas. Estes são os cinco legados deixados”, afirmou. "São vários problemas saltando do armário", agregou, citando o trem-bala.

Serra poderia ter escolhido um dia melhor para atacar Lula. O IBGE acaba de divulgar que o desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do país atingiu o menor índice registrado na série histórica — apenas 6,1% em outubro. Em um ano, o número de trabalhadores com carteira assinada cresceu 8,4%, enquanto o rendimento médio real habitual dos trabalhadores saltou 6,5%.

De acordo com o Valor Econômico, “a postura de Serra, subindo o tom das críticas a Lula, foi interpretada pelos companheiros de partido como manifestação da intenção de comandar a oposição. Os tucanos que o acompanharam no Congresso dão como certo que Serra tentará disputar a Presidência da República novamente — projeto que não encontra entusiasmo no partido”.

No Estadão, depois de telefonar para Aécio e avisar que ia “começar a bater”, o deputado aecista Nárcio Rodrigues, presidente do PSDB-MG, mandou um recado aos tucanos paulistas. “Vão ter que nos engolir”. E explicou: “Fomos extremamente respeitosos à fila, concordando que em 2006 era a vez de Geraldo Alckmin (SP) e, em 2010, de Serra. Agora (2014) é a nossa vez (de Aécio)”. A guerra interna do PSDB saiu, definitivamente, do armário.

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=1&id_noticia=142340