sábado, 24 de dezembro de 2011

Lançado livro sobre a vida da presidenta Dilma Rousseff

 
 
Foi lançado no início de dezembro, o livro A vida quer é coragem: a trajetória de Dilma Rousseff, a primeira presidenta do Brasil, de Ricardo Batista Amaral (Editora Pessoa).

Segundo o autor, “a trajetória pessoal da presidenta Dilma Rousseff e a história do Brasil moderno se entrelaçam numa grande reportagem. Do suicídio de Getulio Vargas, quando era criança, ao golpe de 1964, quando se aproxima das organizações de esquerda. Da clandestinidade, prisão e tortura na ditadura militar, à luta pela anistia e pela redemocratização. O encontro de Dilma com Leonel Brizola, na fundação do PDT, e sua aproximação com Lula, durante o apagão e na campanha eleitoral de 2002. A chefia da Casa Civil, que assume em plena crise do mensalão, os bastidores da reeleição, a luta contra o câncer e a vitória nas eleições de 2010: uma história de resistência, esperança e coragem”.

À disposição na Livraria Saraiva (R$31,90) e no Submarino (R$29,90).

Dilma passa Natal em Brasília antes de férias na Bahia


Agência Brasil
“A presidenta Dilma Rousseff passará o Natal no Palácio da Alvorada, na companhia da família, antes de viajar, na segunda-feira, para o Nordeste, onde passa período de férias. A filha Paula, o neto Gabriel e a mãe, Dilma Jane, também devem acompanhar a presidenta no período de descanso na Base da Marinha de Aratú, na Bahia.
Ainda não há confirmação do retorno ao trabalho, mas estima-se que a presidenta retome às atividades na primeira semana de janeiro, nos dias 4 ou 5. Para passar o Natal, Dilma mandou decorar o Palácio da Alvorada.
Na manhã desta sexta-feira, a presidenta preferiu despachar na residência oficial. Ela recebeu a ministra Tereza Campello, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, e gravou o programa semanal Café com a Presidenta. O principal assunto do programa da próxima semana foi um balanço do Minha Casa, Minha Vida.
Estão em reunião com a presidenta os ministros Giberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência da República, Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, e Ideli Salvatti, da Secretaria de Relações Institucionais. Eles participam também de um breve balanço sobre os trabalhos da Presidência durante 2011.”

Cristina Kirchner impõe derrota histórica a "Globo argentina"

Governo argentino enfrenta interesses e impõe sérias derrotas ao monopólio do grupo Clarín e mantém amplo apoio popular
Argentina aprova lei que acaba com controle do Clarín sobre o papel-jornal

Matéria-prima é monopolizada por empresa controlada pelo principal jornal do país

Com maioria arrasadora, o Senado argentino aprovou nesta quinta-feira (22/12) uma lei que democratiza o acesso ao papel-jornal para todos os veículos impressos do país. O projeto de lei, votado às 18h30 locais (19h30 no Brasil), obteve 41 votos a favor, 26 contra e uma abstenção, e agora segue para a sanção da presidente Cristina Kirchner.

Quatro senadores estavam ausentes da sessão, que durou cerca de quatro horas, sem confrontos entre legisladores, como registrado na Câmara de Deputados na semana passada, quando houve troca de ofensas entre governistas e opositores.

De acordo com a proposta, a Papel Prensa SA deverá funcionar em sua capacidade máxima para fornecer papel-jornal para a maior quantidade possível de veículos e a cotas de importação serão liberadas a medida em que a empresa não possa suprir a demanda interna do insumo.

Desde a ditadura militar do país (1976-1983), a única fábrica de produção do insumo para jornais, a “Papel Prensa”, é controlada majoritariamente pelo grupo Clarín (com 49% das ações), e tem o Estado argentino e o jornal La Nación como sócios minoritários, com 27,5% e 22,5% das ações, respectivamente.

O projeto de lei prevê a criação de uma comissão dupla, com participação do governo e das empresas, que acompanhe o processo de produção, comercialização e distribuição do papel. Uma delas, a “Autoridade de Aplicação”, administrada pelo ministério de Economia argentino, deverá garantir o adequamento à nova regulamentação, permitindo igualdade de oportunidades aos veículos impressos e o acesso, “sem discriminações”, ao papel.

Pelo outro, uma “Comissão Federal Assesora”, integrada por um representante dos jornais de cada província, incluindo os da capital - com exceção dos jornais Clarín e La Nación, que possuem a maioria das ações da empresa - apoiará e fiscalizará este desempenho. Esta comissão também será integrada por representantes de “consumidores”. O projeto também estabelece que quando investimentos na empresa forem feitos em sua maioria pelo Estado, o aumento dos direitos patrimoniais da Papel Prensa implicará em uma maior participação acionária do governo na empresa.

O projeto da lei aprovada, no entanto, foi discutido em cinco audiências públicas organizadas pela Comissão de Comércio da Câmara de Deputados da Argentina no ano passado. Cerca de 120 representantes de jornais de todo o país participaram das sessões, segundo a deputada governista e organizadora das sessões, Juliana Di Tullio, com exceção de Clarín e La Nación, que não compareceram.

O caso
Os acionistas do Clarín acusam o governo de querer "controlar o papel" para "controlar a informação". "Isso é o que o Governo vem buscando através de várias ferramentas: a propaganda oficial, a ‘ley de medios’, o controle do acesso à informação, a administração militante dos meios públicos e a multiplicação dos veículos paragovernistas”, disse o jornal em um texto publicado em 2010.

A proposta é mais um capítulo da queda-de-braço entre a Casa Rosada e os principais grupos de mídia do país, que se opõe ferozmente ao governo de Cristina Kirchner.

O governo, por sua vez, promoveu uma intensa campanha para denunciar os métodos irregulares, atualmente investigados pela Justiça, através dos quais os principais grupos de comunicação do país obtiveram a maioria das ações da empresa Papel Prensa, na época da ditadura.

Na última terça-feira, um grupo de agentes militares e da Polícia Federal da Argentina realizaram uma operação nos escritórios da companhia de TV a cabo e internet CableVisión, pertencente ao grupo Clarín. Eles cumpriam uma decisão judicial no âmbito de um processo que apura a denúncia de uma concorrente, que acusa a CableVisión de competição desleal.

Cada um tem o livro que merece: 'Lula, o Filho do Brasil' e 'Serra, da Privataria Tucana'

Privataria Tucana: Povas Não Faltam; Falta é Vergonha na Cara!

Escrito por Guina em 23/12/2011
Com um pouco de atraso ouvi um aúdio em defesa dos tucanos sobre o livro A Privataria Tucana realizada por Merval Pereira e Carlos Alberto Sardenberg na CBN (a rádio que toca mentira).

Por mais que saibamos que a dupla acima faz parte da mídia aliada ao PSDB e que estão fazendo o papel deles em defender José Serra, FHC, Ricardo Sérgio, Preciado e cia., foi ridículo e risível as desculpas esfarrapadas dadas principalmente por Merval Pereira no audio.

Os patrocinadores e operadores da privataria tentam tornar influente uma tese — à qual faz parte as correntes do subjornalismo da velha e podre mídia aliada dos tucanos —, segundo a qual só se prova a corrupção do servidor ou agente públicos se houver um ato de ofício que a demonstre. E, nesse caso, se teria, então, “a prova”.

Merval Pereira, Sardenberg e os tucanos insistem: “Cadê a prova de que José Serra, Verônica Serra, Alexandre Bourgeois,  Preciado, Ricardo Sérgio e outros integrantes do governo FHC receberam propina das privatizações?” O que se tem são denúncias de um livro  — A Privataria Tucana — onde o autor Amaury Ribeiro Jr. não consegue provar que  houve corrupção e negociatas nas privatizações do governo FHC.

Ora bolas: a justiça que diga se José Serra, Ricardo Sérgio, Preciado e cia. são corruptos ou não; se desviou dinheiro público para enriquecimento pessoal ou para fazer a “revolução neo-liberal”. Essa não é tarefa do jornalismo e, se querem saber, é UM ASSUNTO DE POLÍCIA, NÃO DE POLÍTICA. O que interessa à política, que não é um tribunal, é saber se o homem público age ou não de acordo as leis, sim, mas também de acordo com o decoro e com a ética.

SE O DECORO POLÍTICO FOR PENSADO SEGUNDO OS CRITÉRIOS DA JUSTIÇA CRIMINAL, haverá muito mais bandidos no serviço público do que há hoje. Corrupto não costuma deixar ato de ofício. Ao contrário: no geral, é hábil o bastante para obter o que quer sem deixar rastros. Quanto mais profissional na arte do ludíbrio, menos pistas se encontram pelo caminho.

Voltemos ao livro A Privataria Tucana

Amaury Ribeiro Jr. diz ter material  para fazer um novo livro sobre as estripulias de José Serra no governo de São Paulo. Vamos ver. Mas será pouco o que está escancarado no livro? Denúncias sobre empresas de fachadas no Brasil, negócios financeiros vultosos envolvendo grandes corporações financeiras, durante o processo das privatizações. O jornalista, autor do livro, acusa o envolvimento e a conivência de parte dos meios de comunicação, crimes de corrupção ativa e passiva, favorecimento ilegal, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, enriquecimento ilícito, invasão de privacidade, vazamento de dados tributários, tudo associado ao desvio de dezenas de bilhões de dólares dos cofres públicos.

E aí aparecem Merval Pereira, Sardenberg e outros tucanos: “Mas cadê a prova?” Se Amaury Ribeiro denuncia que José Serra, Verônica Serra, Ricardo Sérgio, doleiros, picaretas e cia. receberam dinheiro ilícito das privatizações, certamente não assinaram recibo. Nem naquela época nem em época nenhuma! Em sólidas democracias do mundo, mesmo na Justiça criminal, não só no ambiente político, a turma acusada no livro estaria liquidada. No Brasil, eles usam a grande mídia e colegas do partido para se defender, bater no peito e declarar inocência!

Por Fim

O PSDB publicou nota em apoio a José Serra. FHC também defendeu o mesmo e ainda teve a audácia de sair em defesa de Ricardo Sérgio... Em suma: o PSDB, partido que liquidou o patrimõnio público com as nefastas privatizações, ainda acha pouco o que está escrito e documentado no livro do Amaury. E o Merval Pereira e a grande mídia em geral também concorda, pois “faltam provas”.

Errado! Prova é o que não falta. Falta mesmo é vergonha na cara!

Grande parte da mídia brasileira ainda não aprendeu...

Mídia nova vs mídia velha - como a descentralização da informação vai afetar o Brasil

Ao que tudo indica, 2012 será muito interessante pelo desenrolar da 'CPI da Privataria', cujo requerimento de criação foi protocolado na 4a feira por Protógenes Queiroz (PC do B/SP) na Câmara dos Deputados. Apesar do silêncio da chamada 'Grande Mídia', o livro do jornalista Amaury Júnior, que estimulou o evento, já é campeão absoluto de vendas.

Se há 10 anos a indústria fonográfica foi virada de ponta a cabeça por causa da internet, se Hollywood investiu milhões em lobby para proteger-se contra as cópias digitais, e se ainda nos últimos anos os EUA viram uma quantidade enorme de jornais fecharem suas portas, o episódio da 'Privataria Tucana' adquire um tom que vai além dos interesses de diferentes grupos políticos.

Enquanto se leva a (mais do que pertinente) discussão sobre a seletividade dos grandes veículos quanto ao escândalo, o episódio da Privataria evidencia também a disputa entre Velha e Nova mídias. Não bastou a TIME do ano passado trazer Zuckerberg como Personalidade do Ano (o Le Monde trouxe Assange), ou q em 2011 a mesma revista mostrasse a foto de um "Protester" - aquele que se organizou por SMS e virou hashtag no Twitter - tralha ocuppywallstreet. A maior parte da Grande Mídia brasileira ainda não aprendeu com o exemplo do NYT (clique aqui).

Quando Merval Pereira em sua coluna fez referência aos 'blogueiros chapa branca', é preciso compreender que isso significa mais do que uma suposta disputa entre PSDB e PT. Demonstra também a batalha entre uma instituição que perde poder com a descentralização da informação e outra que parece já ter nascido com a missão de ganhar. Mas se não é novidade que a internet ajuda a derrubar regimes, vamos ver como será no Brasil no ano que vem.

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Do Blog TERRA BRASILIS.

A palavra de final de ano da Presidenta Dilma Rousseff



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Do Blog ContrapontoPIG.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

A pergunta que não quer calar:por que o PiG continua calado?


Faz quinze dias da publicação da matéria de CartaCapital sobre o livro  A PRIVATARIA TUCANA,  livro que tirou o sono dos tucanos corruptos.Apesar desse longo período, o PiG continua em silêncio sepulcral.Folha publicou 5 parágrafos, a maioria deles atacando o jornalista Amaury Jr.O Estadão, eterno apoiador de José Serra, seguiu a mesma pisada da Folha.A Veja, o panfletão dos tucanos, publicou na sua edição online algo em relação à CPI da PRIVATARIA, mas logo após telefonema de José Serra tirou a matéria do ar.Enquanto isso, mesmo sem o apoio do PiG, o livro de Amaury Jr. vai vendendo aos montes, comenta-se que já há mais de 500 mil pedidos do bombástico livro, tudo isso graças à força dos blogs sujos, das redes sociais, de CartaCapital, do Sul21, de Carta Maior, de Brasil 237 que não param de repercutir o livro-bomba de Amaury Jr.E veja que, como eu disse dia desses, se o PiG der uma pequena lida no mencionado livro vai ter pauta que não acaba mais.Cada dia que leio um capítulo do A PRIVATARIA TUCANA sinto náusea.Não sei como roubalheira do gênero ocorreu no Brasil sem que ninguém fosse punido(e talvez nem seja por força da prescrição).As estripulias de Martin Preciado, parente de Serra, são de fazer arrepiar.O cara é um golpista, falsário, estelionatário, trambiqueiro fino.Claro que ele tinha o apoio do parente!Nada justifica o silêncio do PiG.O PiG não tem saída:ou  bota jornalistas para cobrir a CPI da Privataria, ou será a sua desmoralização total, mais do que já é.

Argentina aprova lei que acaba com controle do Clarín sobre o papel-jornal


Projeto arovado no Senado aguarda sanção de Cristina Kirchner | Foto: tvbrasil/Flickr
Da Redação
O Senado da Argentina aprovou nesta quinta-feira (22) uma lei que democratiza o acesso ao papel-jornal para todos os veículos impressos do país. O projeto de lei obteve 41 votos a favor, 26 contra e uma abstenção. Agora segue para a sanção da presidenta Cristina Kirchner.
De acordo com a proposta, a Papel Prensa SA deverá funcionar em sua capacidade máxima para fornecer papel-jornal para a maior quantidade possível de veículos e a cotas de importação serão liberadas a medida em que a empresa não possa suprir a demanda interna do insumo.
Desde a ditadura militar do país (1976-1983), a única fábrica de produção do insumo para jornais, a “Papel Prensa”, é controlada majoritariamente pelo grupo Clarín (com 49% das ações), e tem o Estado argentino e o jornal La Nación como sócios minoritários, com 27,5% e 22,5% das ações, respectivamente.
O projeto de lei prevê a criação de uma comissão dupla, com participação do governo e das empresas, que acompanhe o processo de produção, comercialização e distribuição do papel. Também estabelece que quando investimentos na empresa forem feitos em sua maioria pelo Estado, o aumento dos direitos patrimoniais da Papel Prensa implicará em uma maior participação acionária do governo na empresa.
Cinco audiências públicas organizadas pela Comissão de Comércio da Câmara de Deputados da Argentina no ano passado discutiram o teor do projeto aprovado. Cerca de 120 representantes de jornais de todo o país participaram, com exceção de Clarín e La Nación, que não compareceram.
Os acionistas do Clarín acusam o governo de querer “controlar o papel” para “controlar a informação”. “Isso é o que o Governo vem buscando através de várias ferramentas: a propaganda oficial, a ‘ley de medios’, o controle do acesso à informação, a administração militante dos meios públicos e a multiplicação dos veículos paragovernistas”, disse o jornal em um texto publicado em 2010.
Com informações do Opera Mundi

Do Sul21

As barbas do vizinho


O ditador argentino Jorge Videla e a "Roberto Marinho" do Clarin, Ernestina Noble, brindam pela compra da Papel de Prensa S.A
Embora não haja qualquer sinal de que possamos ter por aqui qualquer arremedo de legislação que regule democraticamente  as concessões públicas  na área de comunicação – as concessões, nada a ver com liberdade de imprensa ou de expressão – o jornal O Globo, hoje, age daquela forma descrita no popular ditado de “colocar as barbas de molho, porque as do vizinho estão em chamas”.
O vizinho, no caso, é o Clarín, um conglomerado semelhante ao que é aqui a Globo, com TV, rádios, jornal, internet, produtoras de filmes e agência de notícias. E que, como a Globo,vicejou  à sombra da ditadura, como um cogumelo, para relembrar a expressão usada por Leonel Brizola.
Ano passado, o Congresso argentino aprovou e a presidenta Cristina Kirchner sancionou a Lei de Serviços de Comunicação Audiovisual, que estabelece regras para o concentradíssimo sistema de rádio e televisão no país. Para entende-lo, é preciso saber que a televisão argentina é, basicamente, a cabo. Só em sete cidades, além de Buenos Aires, onde há cinco canais de TV aberta, há emissoras de recepção livre. A nova lei atacou de frente a concentração da propriedade nos meios de comunicação, estabeleceu parcelas mínimas de conteúdo nacional, de produção das próprias emissoras e de produtoras intedendentes, além de reservar um terço do espectro radioelétrico para organizações sem fins lucrativos.
É esse o fundo da ordem judicial que determinou a intervenção -na Cablevisión, uma das empresas de TV a cabo -  que é a TV de 70% dos argentinos. A reação do pessoal grupo  obrigou a Justiça a requerer garantias policiais, que não partiram, portanto, do Executivo.
A batalha se dá agora em torno da Papel Prensa SA, uma empresa criada por uma associação entre grupos privados e o Estado argentino. Durante a ditadura, as ações da empresa que pertenciam ao  grupo Graiver – logo após a morte de seu líder David Graiver, num mal-explicado acidente de aviação- o controle da empresa foi transferido, por preço irrisório e depois de seus integrantes serem detidos sob acusação de colaborar com os Montoneros – para o Clarín e o La Nacion, unha e carne com o regime militar.
Independente das obscuridades do passado, os dois jornais se beneficiavam hoje de duas vantagens que os demais não tinham. A primeira, compravam grandes quantidades antes de estabelecerem aumentos de preço; a segunda, recompravam seus encalhes quase ao preço de capa, revendendo-os para a empresa, com o fim de reciclagem.
Ontem o Senado argentino aprovou lei determinando que o comércio de papel de jornal é de interesse público. Isso não quis dizer erstatiza-lo, desapropriando a empresa, mas que serão fixados preços únicos para a venda de papel a qualquer empresa pelo mesmo preço e o mesmo para a recompra para reciclagem.
É a isso que chamam de “atentado à liberdade de imprensa”.
Lá, como aqui, os privilégios obtidos com o convívio com o poder – especialmente com o poder autoritário – deixaram torta a boca da mídia. Não é novidade. Aqui, Samuel Wainer foi linchado pela imprensa por ter a Última Hora empréstimos no Banco do Brasil, embora todos – Globo, Diários Associados e até a Tribuna da Imprensa de Carlos Lacerda – os tivessem, e muito maiores.
É por isso que, mesmo com léguas a nos separar do que se passa na Argentina, o Clarín brasileiro reage com tanta violência.

Do Blog TIJOLAÇO.COM

Inês Nassif: 2012 é o ano da Privataria




Saiu na Carta Maior :


2011, o ano em que a mídia demitiu ministros. 2012, o ano da Privataria.

A imprensa estará muito menos disposta a comprar uma briga durante a CPI da Privataria – quer porque ela começa questionando a lisura de aliados sólidos da mídia hegemônica em 1994, 1998, 2002, 2006 e 2010, quer porque esse tema é uma caixinha de surpresas.


Maria Inês Nassif


Em 2005, quando começaram a aparecer resultados da política de compensação de renda do governo de Luiz Inácio Lula da Silva – a melhoria na distribuição de renda e o avanço do eleitorado “lulista” nas populações mais pobres, antes facilmente capturáveis pelo voto conservador –, eles eram mensuráveis. Renda é renda, voto é voto. Isso permitia a antevisão da mudança que se prenunciava. Tinha o rosto de uma política, de pessoas que ascendiam ao mercado de consumo e da decadência das elites políticas tradicionais em redutos de votos “do atraso”. Um balanço do que foi 2011, pela profusão de caminhos e possibilidades que se abriram, torna menos óbvia a sensação de que o mundo caminha, e o Brasil caminha também, e até melhor. O país está andando com relativa desenvoltura. Não que vá chegar ao que era (no passado) o Primeiro Mundo num passe de mágicas, mas com certeza a algo melhor do que as experiências que acumulou ao longo da sua pobre história.


O perfil político do governo Dilma é mais difuso, mas não se pode negar que tenha estilo próprio, e sorte. As ofensivas da mídia tradicional contra o seu ministério permitirão a ela, no próximo ano, fazer um gabinete como credora de praticamente todos os partidos da coalizão governamental. No início do governo, os partidos tinham teoricamente poder sobre ela, uma presidenta que chegou ao Planalto sem fazer vestibular em outras eleições. Na reforma ministerial, ela passa a ter maior poder de impor nomes do que os partidos aliados, inclusive o PT. Do ponto de vista da eficiência da máquina pública – e este é o perfil da presidenta – ela ganha muito num ano em que os partidos estarão mais ocupados com as questões municipais e em que o governo federal precisa agilidade para recuperar o ritmo de crescimento e fazer as obras para a Copa do Mundo.


Sorte ou arte, o distanciamento de Dilma das denúncias contra os seus ministros, o fato de não segurar ninguém e, especialmente, seu estilo de manter o pé no acelerador das políticas públicas independentemente se o ministro da pasta é o candidato a ser derrubado pela imprensa, não a contaminaram com os malfeitos atribuídos a subalternos. Prova é a popularidade registrada no último mês do ano.


Mais sorte que arte, a reforma ministerial começa no momento em que a grande mídia, que derrubou um a um sete ministros de Dilma, se meteu na enrascada de lidar com muito pouca arte no episódio do livro “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr. Passou recibo numa denúncia fundamentada e grave. Envolve venda (ou doação) do patrimônio público, lavagem de dinheiro – e, na prática, a arrogância de um projeto político que, fundamentado na ideia de redução do Estado, incorporou como estratégia a “construção” de uma “burguesia moderna”, escolhida a dedo por uma elite iluminada, e tecida especialmente para redimir o país da velha oligarquia, mas em aliança com ela própria. Os beneficiários foram os salvadores liberais, príncipes da nova era. O livro “Cabeças de Planilha”, de Luís Nassif, e o de Amaury, são complementares. O ciclo brasileiro do neoliberalismo tucano é desvendado em dois volumes “malditos” pela grande imprensa e provado por muitas novas fortunas. Na teoria. Na prática, isso é apenas a ponta do iceberg, como disse Ribeiro Jr. no debate de ontem (20), realizado pelo Centro de Estudos Barão de Itararé, no Sindicato dos Bancários: se o “Privataria” virar CPI, José Serra, família e amigos serão apenas o começo.


A “Privataria” tem muito a ver com a conjuntura e com o esporte preferido da imprensa este ano, o “ministro no alvo”. Até a edição do livro, a imprensa mantinha o seu poder de agendamento e derrubava ministros por quilo; Dilma fingia indiferença e dava a cabeça do escolhido. A grande mídia exultou de poder: depois de derrubar um presidente, nos anos 90, passou a definir gabinetes, em 2011, sem ter sido eleito e sem participar do governo de coalizão da mandatária do país. A ideologia conservadora segundo a qual a política é intrinsicamente suja, e a democracia uma obra de ignorantes, resolveu o fato de que a popularidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva dizimou a oposição institucional, em 2010, e a criação do PSD jogou as cinzas fora, terceirizando a política: a mídia assumiu, sem constrangimentos, o papel de partido político. No ano de 2011, a única oposição do país foi a mídia tradicional. As pequenas legendas de esquerda sequer fizeram barulho, por falta de condições, inclusive internas (parece que o P-SOL levou do PT apenas uma vocação atávica para dissidências internas; e o PT, ao institucionalizar-se, livrou-se um pouco dela – aliás, nem tanto, vide o último capítulo do livro do Amaury Ribeiro Jr.).


Quando a presidenta Dilma Rousseff começar a escolher seus novos ministros, e se fizer isso logo, a grande mídia ainda estará sob o impacto do contrangimento. Dilma ganhou, sem imaginar, um presente de Papai Noel. A imprensa estará muito menos disposta a comprar uma briga durante a CPI da Privataria – quer porque ela começa questionando a lisura de aliados sólidos da mídia hegemônica em 1994, 1998, 2002, 2006 e 2010, quer porque esse tema é uma caixinha de surpresas.


Isso não chega a ser uma crise que a democracia não tenha condições de lidar. Na CPI dos Anões do Orçamento, que atingiu o Congresso, os partidos viveram intensamente a crise e, até por instinto de sobrevivência, cortaram na própria carne (em alguns casos, com a ajuda da imprensa, jogaram fora a água da bacia com alguns inocentes junto). A CPI pode ser uma boa chance de o Brasil fazer um acerto com a história de suas elites.


E, mais do que isso, um debate sério, de fato, sobre um sistema político que mantém no poder elites decadentes e é facilmente capturado por interesses privados. Pode dar uma boa mão para o debate sobre a transparência do Estado e sobre uma verdadeira separação da política e do poder econômico. 2012 pode ser bom para a reforma política, apesar de ter eleições municipais. Pode ser o ano em que o Brasil começará a discutir a corrupção do seu sistema político como gente grande. Cansou essa brincadeira de o tema da corrupção ser usado apenas como slogan eleitoral. O Brasil já está maduro para discutir e resolver esse sério problema estrutural da vida política brasileira.



Do Blog CONVERSA AFIADA.

Eliana Calmon reage à “maledicência” dos juízes

Eliana Calmon: ação corporativa das entidades que congregam os juízes espalha “maledicências” na imprensa


Ao deixar a entrevista coletiva de cerca de uma hora que concedeu no final da manhã desta quinta-feira (22), a corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, recebeu de um assessor um telefone celular com alguém à sua espera. Ao iniciar a conversa com o interlocutor não identificado, Eliana resumiu em uma frase o clima de animosidade que se instalou na magistratura. “Isso tudo é confusão das entidades”, disse, referindo-se à Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), à Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e à Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (Anamatra), descontentes com a atuação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em relação às movimentações financeiras do Judiciário.

Pouco antes da ligação telefônica, Eliana disse acreditar que as informações sobre benefícios supostamente indevidos recebidos por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo o próprio presidente da corte, Cezar Peluso, vinham sendo plantadas pelas associações na imprensa, em ação de viés corporativista e com o objetivo de desautorizar seu trabalho à frente da corregedoria, órgão criado pela reforma do Judiciário (Emenda Constitucional nº 45/2004) com a função de preservar, entre outras funções, a lisura nas entranhas do poder. Obrigada a interromper seu recesso para explicar o que tem sido noticiado na imprensa em nível nacional, Eliana negou que as investigações do CNJ tenham extrapolado suas prerrogativas legais.

“Não houve quebra de sigilo, muito menos devassa fiscal ou vazamento de informações sigilosas. O que tem sido feito é um trabalho pelos órgãos de controle administrativo”, declarou Eliana, em um dos corredores do CNJ, explicando que não teve acesso a valores extraídos por órgãos parceiros, como o Controle Integrado Administrativo e Financeiro (Ciaf), a respeito de movimentações financeiras de magistrados e gestão do dinheiro público no âmbito de tribunais Brasil afora. “Eu soube [dos valores] pelos jornais. As informações que eu tenho são de natureza formal, fornecidas pelos técnicos dos órgãos de controle, que ainda estão cruzando os dados.”

Segundo Eliana, o trabalho dos técnicos contábeis, que têm como base declarações de imposto de renda e folhas de pagamento, consiste na detecção de “transações atípicas” executadas por magistrados. O procedimento ainda está, como lembrou a ministra, na fase de cruzamento de dados, a fim de que eventuais irregularidades sejam constatadas e repassadas ao CNJ – e isso ainda não possibilita, disse Eliana, o registro de valores que tenham extrapolado o limite de R$ 250 mil anuais por cada magistrado (juízes, desembargadores, juízes auxiliares etc). “Fora disso, eles [técnicos] entendem que há transações atípicas.”

A ministra, que tem mandato até 8 de setembro à frente do CNJ, disse que 45% dos magistrados do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) não haviam repassado as informações do imposto de renda, e acrescentou que o Ciafi detectou 150 transações atípicas naquela corte – a maior do país, com o maior registro de supostas irregularidades, embora a ministra considere o número baixo, proporcionalmente. “Por isso comecei por São Paulo.” Os dados em análise no CNJ são referentes a um universo de mais de 45 mil servidores e dois mil juízes.

“Eu só tenho a lamentar, pois isso é fruto de maledicência, da irresponsabilidade de entidades como AMB, Ajufe e Anamatra que, mentirosamente, desinformam a população”, declarou Eliana, para quem as associações agem de forma corporativista para desviar o foco dos desmandos praticados por setores da magistratura e “enfraquecer a autonomia” do CNJ. “Temos a prerrogativa de barrar qualquer iniciativa corrupta no Judiciário.”

Nas últimas semanas, uma espécie de reação anti-CNJ orquestrada por alguns ministros do STF tem colocado em xeque a autonomia do órgão. Em um primeiro momento, o presidente do Supremo, Cezar Peluso, adiantou-se em mandato de segurança impetrado pela AMB e expediu liminar favorável à entidade restringindo as atribuições investigativas do conselho, contrariando a Constituição a partir da reforma do Judiciário, de 2004. O julgamento da ação em si será realizado em data ainda não definida do próximo ano.

Na última segunda-feira (19), o ministro Ricardo Lewandowski determinou, em decisão monocrática (unilateral), que as investigações do CNJ sobre as movimentações financeiras da magistratura fossem interrompidas. Paralelamente, as três entidades acima mencionadas ajuizaram dois mandados de segurança para anular os procedimentos administrativos executados por Eliana. As associações acusam a ministra de “quebrar o sigilo de dados de 216.800 juízes e servidores do Poder Judiciário, além dos seus parentes”.

“Não tenho conhecimento nenhum do que há nessas folhas de pagamento. Quem sabe são os técnicos, que ainda não me entregaram o relatório final. Eu só sei o que eles me disseram. Essa novidade de que os ministros do STF receberam x ou y é mentirosa, eu não tenho essa informação”, acrescentou a ministra, lembrando que os levantamentos dos técnicos do CNJ e de órgãos auxiliares foram feitos em 2009 e 2010, quando Peluso e Lewandowski já haviam deixado o tribunal paulista. Eliana lembrou ainda que não pode, por restrições constitucionais, investigar ministros do STF.

“Crime impossível”

A rusga entre CNJ e STF se intensificou depois da divulgação de que tanto Cezar Peluso quanto Ricardo Lewandowski haviam recebido bonificações remuneratórias de até R$ 700 mil da Justiça paulista, a título de auxílio-moradia. Depois da repercussão da notícia, pelo jornal Folha de S.Paulo, de que Lewandowski teria se beneficiado com a decisão dele mesmo de paralisar as investigações do CNJ (inspeção sobre pagamentos a desembargadores), Peluso emitiu nota em defesa do colega de corte, usando o termo “covardia” para qualificar o suposto desrespeito do CNJ sobre dados sigilosos dos juízes.

“Se o foi, como parecem indicar covardes e anônimos ‘vazamentos’ veiculados pela imprensa, a questão pode assumir gravidade ainda maior por constituir flagrante abuso de poder em desrespeito a mandamentos constitucionais, passível de punição na forma da lei a título de crimes”, diz trecho de nota assinada por Peluso.

Diante das reações, Eliana disse que não teria cometido qualquer ingerência administrativa, e que a estão acusando de cometer um “crime impossível”. “Quero pontuar que assumo a inteira responsabilidade pelos meus atos, até para isentar juízes auxiliares que me representaram nas inspeções, porque os atos são meus, unicamente. Trata-se de um linchamento moral que só poderia ser direcionado a mim, se verossímil fosse”, protestou hoje (quinta, 22) Eliana, queixando-se ainda do “espetáculo dantesco” promovido pelas entidades junto à imprensa. “Estou absolutamente segura da veracidade do meu agir, e só quem pode me julgar é o Supremo Tribunal Federal.”

A corregedora nacional de Justiça disse ainda que acataria a determinação de Peluso e interromperia as inspeções do CNJ junto às movimentações financeiras nas cortes do país. Mas a ministra, que recentemente declarou haver “bandidos de toga” espalhados pelo Judiciário brasileiro, adiantou que o trabalho já iniciado continuaria a ser relatado por técnicos e juízes auxiliares, e que o resultado desse compêndio ficará “guardado” à espera de uma decisão final do STF sobre as atribuições do órgão.


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Do Blog TERRA BRASILIS.

Discurso de Dilma no encontro de natal com catadores de materiais recicláveis e moradores de rua



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Limpeza étnica : Área de favela que pegou fogo é alvo de disputa entre Prefeitura de SP e moradores


Kassab diz que vítimas de incêndio não voltarão para favela

Prefeitura já pensava em alterar a região

Desde 2008 a prefeitura estuda retirar a favela do Moinho do local. A ideia era mudar o trajeto da linha do trem e fazer um parque.A prefeitura negociava com a União -dona do terreno- a transferência da área, que não foi concluída.Outro projeto prevê um túnel para passar os trilhos.
O Corpo de Bombeiros encontrou, na manhã desta sexta-feira, mais um corpo no segundo andar do prédio abandonado ao lado da favela do Moinho, em Campos Elíseos, região central de São Paulo. A construção e dezenas de barracos da comunidade foram atingidos ontem por um incêndio de grandes proporções que deixou, até agora, dois mortos, três feridos e mais de 1,5 mil pessoas desabrigadas, segundo a Defesa Civil de São Paulo.

A área onde está a favela do Moinho, em Campos Elíseos, região central de São Paulo, atingida por um grande incêndio nessa quinta-feira (22), vem sendo alvo de disputas judiciais entre a prefeitura e os moradores nos últimos anos. Enquanto a administração municipal tenta desapropriar a área e utilizá-la para outros fins, os moradores buscam conquistar o direito de permanecer no local. A favela que pegou fogo ontem, também ja pegou fogo em 2008. Veja

A favela surgiu há cerca de 30 anos, quando um grupo de moradores ocupou uma área da Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA). A empresa foi extinta em 2007 e todos os seus bens repassados à União. Antes, em 1999, o terreno foi leiloado a Mottarone Serviços de Supervisão, Montagens e Comércio Ltda. para saldar as dívidas tributárias da RFFSA.

Em 2006, em reunião de conciliação com a prefeitura, a Mottarone demonstrou interesse em doar o terreno para que fosse destinado aos moradores da favela, mas a prefeitura não aceitou a proposta, sob o argumento de que não era possível alojar as famílias no local.

No mesmo ano, o prefeito Gilberto Kassab (PSD) emitiu decreto de “utilidade pública para fins de desapropriação”, medida que obriga o proprietário a ceder o terreno mediante indenização. No ano seguinte, a prefeitura entrou na Justiça com uma ação de desapropriação da área.

Em resposta, os moradores se associaram ao Escritório Modelo da PUC (Pontifícia Universidade Católica) --entidade conveniada à Defensoria Pública para defender os interesses de comunidades carentes-- e entraram na Justiça com ação coletiva de usucapião em 2008. A medida é válida para famílias que morem em um local por mais de cinco anos e garante a propriedade do imóvel.

O processo está na 17ª Vara Cível do Fórum Ministro Pedro Lessa. Os moradores garantiram na Justiça o direito de aguardar o fim do julgamento morando na favela do Moinho. “O processo estagnou. Faz tempo que não somos convocados pelo juiz”, afirma Francisco Antonio Miranda, 25, presidente da associação de moradores.

Hoje, vivem na favela 532 famílias, que totalizam 1.656 moradores, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) sobre os aglomerados urbanos no Brasil, divulgado na última quarta-feira (21). A comunidade fica entre duas linhas de trem da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), a 7-rubi e a 8-diamante. Dentro do terreno há um prédio abandonado, também ocupado por moradores.

Destino das famílias

Kassab, que foi recebido com protesto de moradores, disse que as famílias do local já estavam cadastradas em programas sociais da prefeitura e agora serão encaminhadas para abrigos --e se não houver abrigos suficientes, afirmou ele, a prefeitura vai construir mais unidades.

A prefeitura disse posteriormente, em nota, que “todas as famílias que tiveram seus barracos atingidos pelo incêndio serão incluídas em programas habitacionais da Secretaria Municipal de Habitação (Sehab)”. Os ministros Maria do Rosário (Direitos Humanos) e Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) visitaram o local e ofereceram ajuda federal.

Parte das famílias procurou abrigo em casas de amigos e parentes. Outras foram alojadas provisoriamente no Clube Raul Tabajara, na Barra Funda.

O presidente da associação de moradores, porém, disse que não foi apresentada nenhuma garantia sobre o destino das famílias. “Ninguém deu certeza de nada. Estamos esperando uma decisão mais adequada. Vamos ver que eles podem oferecer”, disse. Veja as imagens aqui

Fracassou o “caosaéreo” da Globo. Que pena!

O Globo chora lágrimas copiosas.
Que pena!
Não deu certo!
Diz a primeira página, em berro lancinante:
“ Movimento racha e greve de Natal fracassa em aeroportos”.
A seção de Economia (?) uiva:
“A greve que não decolou”.
Durante a quarta e a quinta, os telejornais da Globo convocaram a greve e tentaram promover o “caosaéreo “.
Como sempre, os trabalhadores da industria da aviacao civil entram em greve logo antes dos feriadões e contam, ab ovo, com a cumplicidade entusiasmada da Globo.
Promover a subversão da ordem pública (num Governo trabalhista).
A Globo se lembra da greve dos caminhoneiros que parou o Chile com dinheiro da CIA e derrubou Allende.
Ali Kamel, o mais poderoso diretor de jornalismo da História da Globo, deve ter ouvido falar nisso.
Derrubar o Allende!
Dessa vez, não deu.
Fica para o Carnaval.
Paulo Henrique Amorim
No Conversa Afiada

Como Serra (não) enfrenta as pressões


não enfrenta pressões

Autor:



Três episódios que ilustram bem a personalidade de José Serra, que me foram passados por um ex-assessor de comunicação que trabalhou muitos anos ligado ao PSDB.
O primeiro, no comício das diretas. Serra foi contra desde o início, alegando que não daria certo. Quando o carro pegou, tentou embarcar de carona. Provocou revolta nos companheiros, a ponto de ter havido briga de braço um militante qualificado do partido.
O segundo episódio foi com Mário Covas. Na prefeitura, Covas sempre atribuía a Serra as notas que saíam contra ele na imprensa e, depois, às notas plantadas durante a Constituinte. Certo dia Covas deu o troco, com uma crítica em on contra Serra, em plena constituinte.
Em vez de responder, Serra foi até a repórter de O Globo e garantiu, em off, que Covas não tinha feito aquela crítica, que fora mal interpretado pelo jornal. A repórter procurou um assessor do partido que foi direto: converse com o Covas novamente. Cova reiterou as críticas, em on. Serra se escondeu.
No governo FHC, uma característica permanente de Serra era desaparecer de cena assim que acontecia qualquer crise. Sumia, simplesmente, não era achado, conta o ex-assessor. Esse comportamento se repetiu em São Paulo, quando governador. Sumiu de cena no episódio das enchentes, no conflito entre PM e Polícia Civil, nos conflitos da USP.
A explicação do ex-assessor vale para os momentos atuais. Sob pressão, Serra entra em parafuso.
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PITACO DO ContrapontoPIG
O Brasil pulou uma grande fogueira em não escolher para presidente um pulha como este.
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Argentina democratiza acesso a papel-jornal e acaba com monopólio



Do Vermelho - 23 de Dezembro de 2011 - 9h09
Com maioria arrasadora, o Senado argentino aprovou nesta quinta-feira (22) uma lei que democratiza o acesso ao papel-jornal para todos os veículos impressos do país. O projeto de lei, votado às 18h30 locais (19h30 no Brasil), obteve 41 votos a favor, 26 contra e uma abstenção, e agora segue para a sanção da presidente Cristina Kirchner.

Quatro senadores estavam ausentes da sessão, que durou cerca de quatro horas, sem confrontos entre legisladores, como registrado na Câmara de Deputados na semana passada, quando houve troca de ofensas entre governistas e opositores.
De acordo com a proposta, a Papel Prensa SA deverá funcionar em sua capacidade máxima para fornecer papel-jornal para a maior quantidade possível de veículos e as cotas de importação serão liberadas na medida em que a empresa não possa suprir a demanda interna do insumo.

Desde a ditadura militar do país (1976-1983), a única fábrica de produção do insumo para jornais, a “Papel Prensa”, é controlada majoritariamente pelo grupo Clarín (com 49% das ações), e tem o Estado argentino e o jornal La Nación como sócios minoritários, com 27,5% e 22,5% das ações, respectivamente.

O projeto de lei prevê a criação de uma comissão dupla, com participação do governo e das empresas, que acompanhe o processo de produção, comercialização e distribuição do papel. Uma delas, a “Autoridade de Aplicação”, administrada pelo ministério de Economia argentino, deverá garantir a adequação à nova regulamentação, permitindo igualdade de oportunidades aos veículos impressos e o acesso, “sem discriminações”, ao papel.

Por ouro lado, uma “Comissão Federal Assessora”, integrada por um representante dos jornais de cada província, incluindo os da capital — com exceção dos jornais Clarín e La Nación, que possuem a maioria das ações da empresa — apoiará e fiscalizará este desempenho. Esta comissão também será integrada por representantes de “consumidores”. O projeto também estabelece que quando investimentos na empresa forem feitos em sua maioria pelo Estado, o aumento dos direitos patrimoniais da Papel Prensa implicará em uma maior participação acionária do governo na empresa.

O projeto da lei aprovada foi discutido em cinco audiências públicas organizadas pela Comissão de Comércio da Câmara de Deputados da Argentina no ano passado. Cerca de 120 representantes de jornais de todo o país participaram das sessões, segundo a deputada governista e organizadora das sessões, Juliana Di Tullio, com exceção de Clarín e La Nación, que não compareceram.

O caso
Os acionistas do Clarín acusam o governo de querer "controlar o papel" para "controlar a informação". "Isso é o que o Governo vem buscando através de várias ferramentas: a propaganda oficial, a ‘ley de medios’, o controle do acesso à informação, a administração militante dos meios públicos e a multiplicação dos veículos pró governo”, disse o jornal em um texto publicado em 2010.

A proposta é mais um capítulo da queda-de-braço entre a Casa Rosada e os principais grupos de mídia do país, que se opõe ferozmente ao governo de Cristina Kirchner.

O governo, por sua vez, promoveu uma intensa campanha para denunciar os métodos irregulares, atualmente investigados pela Justiça, através dos quais os principais grupos de comunicação do país obtiveram a maioria das ações da empresa Papel Prensa, na época da ditadura.


Na última terça-feira (20), um grupo de agentes militares e da Polícia Federal da Argentina realizaram uma operação nos escritórios da companhia de TV a cabo e internet CableVisión, pertencente ao grupo Clarín. Eles cumpriam uma decisão judicial no âmbito de um processo que apura a denúncia de uma concorrente, que acusa a CableVisión de competição desleal.

Fonte: Ópera Mundi

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José Serra: "...O Globo é um bom companheirooooo...ninguém pode negar"

CPI pode demonstrar que as denúncias do livro podem ser muito maiores...
O bom amigo, seja lá de quem for, trata com lealdade o seu companheiro.
Retribui carinhos e apoios.
Reconhece a dificuldade do amigo e, mesmo correndo risco de ser desmentido, desmoralizado, desacreditado, cede espaço, abre seu castelo para erigir uma fortaleza para proteger o capital moral e político de seu afeto.

O bom amigo, pode ter lá seus interesses, mas compartilha as dores.

José Serra tem seu bom amigo, entre outros iguais, uns pouco mais outros menos, em intensidade de devoção e de afinidades.
O Globo, jornal impresso do Rio de Janeiro, onde escrevem baluartes da intelligentsia neoliberal, como Miriam Leitão e Merval Pereira, abriu seu castelo para oferecer ao bom amigo, José Serra, em um espaço generoso para nobres leitores,  a oportunidade de dizer que o livro de Amaury Ribeiro Jr. é, além de um "lixo", parte de um estratagema político para cercear a liberdade de imprensa e abater a moralidade daqueles que a defendem e se contrapõe ao projeto de poder do PT...

Notória contradição.

José Serra posa de defensor da liberdade de imprensa e O Globo que defende a liberdade de opinião dos patrões das comunicações, trata de reproduzir em seus "domínios", para, assim, retribuir um mimo ao amigo, por demais, necessitado de apoio neste momento.
Neste caso nada como criar uma nova hipótese, derrubar da pauta o assunto que mais se ouve falar na blogosfera, nas redes sociais e na internet: as graves acusações publicadas contra o governo FHC e, em especial, José Serra, durante o processo de privatizações, duramente silenciadas pela mídia que defende a "liberdade de opinião(?)".

Ter amigos é essencial.
Quem não os tem?
O Globo provou sua fiel amizade para com José Serra e os tucanos, não é demais lembrar que Fernando Henrique Cardoso escreve em suas páginas em laureada coluna.
O jornalão não deu, até o momento, a mínima para os documentos que provam os crimes cometidos contra o país, contidos no livro "Privataria Tucana", mas prefere ceder espaço para a defesa (mútua?) de interesses em um artigo de José Serra que foge totalmente a raia.
O tucano pode bater no peito e dizer: tenho amigos valorosos e fiéis.

Verdade, pois até em uma situação pouco afeita para demonstrações de lealdade canina como esta, não impediu o diário da família Marinho de acudir aquele a quem, veladamente, apoiou nas últimas eleições.


Livro "A Privataria Tucana" dá um nocaute na mídia tucana

“Quando eu vi que não saiu nada sobre o livro na Veja, percebi que tínhamos acertado em cheio. Os grandes meios de comunicação ignoram o livro, mas as pessoas divulgam nas redes sociais, na mídia alternativa. O frentista do posto de gasolina em que eu abasteço me parou para dizer que quer uma cópia”, afirmou Amaury Ribeiro Jr.

- por Altamiro Borges, em seu blog

Em debate que marcou o lançamento oficial do livro A Privataria Tucana, na noite desta quarta-feira (21), em São Paulo, Amaury Ribeiro Júnior, autor da obra, afirmou que o livro é “um nocaute na blindagem que a mídia dá aos tucanos”. A Privataria Tucana vendeu 15 mil exemplares em um fim de semana e já teve mais 30 mil encomendadas pela Geração Editorial. É o assunto mais comentado nas redes sociais e no meio político. Apesar disso, tem sido solenemente ignorado pela grande mídia.

O evento, promovido pelo Barão de Itararé em parceria com o Sindicato dos Bancários, contou também com a presença do jornalista Paulo Henrique Amorim e do deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP), responsável pela criação da CPI da Privataria (protocolada no mesmo dia do debate). Cerca de 500 pessoas lotaram o Sindicato dos Bancários: além do auditório, também havia uma sala com telão, para que todos acompanhassem a discussão.

Amaury Ribeiro Júnior falou sobre o processo de investigação e escrita, mas enfatizou a reação da grande mídia ao lançamento de A Privataria Tucana. “Quando eu vi que não saiu nada sobre o livro na Veja, percebi que tínhamos acertado em cheio. Os grandes meios de comunicação ignoram o livro, mas as pessoas divulgam nas redes sociais, na mídia alternativa. O frentista do posto de gasolina em que eu abasteço me parou para dizer que quer uma cópia”, afirmou. A grande mídia praticamente omitiu o lançamento do livro, limitando-se, no máximo, a publicar a versão dos tucanos e dos acusados na investigação.

Com a repercussão da obra e a CPI da Privataria, criada por Protógenes Queiroz, Amaury acredita que José Serra, um dos principais acusados no livro, irá reagir. “Eles continuarão tentando desqualificar os autores da denúncia, como estão fazendo comigo e com o Protógenes. Tentam transformar réu em herói e quem investiga em réu”, disse.

A CPI da Privataria

Na abertura do debate, Altamiro Borges, do Barão de Itararé, deu a boa notícia: a CPI da Privataria foi protocolada em Brasília. Protógenes Queiroz, criador da CPI, disse que o livro de Amaury é um poderoso documento sobre as privatizações tucanas. “Esses bilionários que surgiram do nada, como demonstrado em A Privataria Tucana, precisam ser investigados e prestar contas à sociedade”, declarou.

O parlamentar exaltou o papel da mídia alternativa na repercussão do livro e revelou que ele próprio tomou conhecimento da obra através dos meios alternativos e mídias sociais. “Aproveito a presença do Paulo Henrique Amorim e também cito o Luis Nassif para parabenizar a mídia alternativa, a blogosfera e as redes sociais. Conheci o livro por meio da divulgação massiva nesses meios e senti que deveria contribuir, dizer ao mundo que o Amaury não está sozinho”.

A CPI da Privataria recebeu 206 assinaturas na Câmara dos Deputados, em apenas oito dias. “É um número impressionante, ainda mais se considerarmos que estamos às vésperas do final do ano e muitos não puderam assinar por estarem ausentes”, disse Queiroz. Para ele, a CPI é produto direto do livro, que traz informações contra José Serra, com diversos familiares denunciados por envolvimento em lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos, e Ricardo Sérgio, ex-caixa de campanha do PSDB e ex-diretor internacional do Banco do Brasil, que seria responsável por articular os consórcios de privatização e o recebimento de propinas. “A CPI fará o livro parecer ‘pequeno’”, afirma Queiroz, que prometeu revelar à sociedade como grandes veículos de comunicação tiveram suas dívidas perdoadas após a privatização.

A grande reportagem da Privataria Tucana

Renata Mielli, do Barão de Itararé, que coordenou a mesa de debate ao lado de Maria Inês Nassif, da Agência CartaMaior, comentou que o livro resgata a grande reportagem no país, obliterada pela grande imprensa em favor de um jornalismo “superficial e proselitista, preocupado apenas em derrubar ministros e mandar no país”.

Paulo Henrique Amorim endossou o coro, afirmando que “jornalismo investigativo é um pleonasmo”. Ele elogiou Amaury por “provar que a atividade de repórter está viva”. Amorim ainda afirmou que a valorosa investigação conduzida por Amaury diz respeito à “maior roubalheira da história das privatizações latinoamericanas”.
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