sábado, 14 de fevereiro de 2009

PT paulista demonstra unidade com Dilma









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Saraiva




O Globo: Em uma ponta do piano que decora a sala de estar de Marta Suplicy estava o deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), visto como desafeto da ex-prefeita; na outra ponta, o deputado José Mentor (PT-SP), aliado de Marta absolvido no caso do mensalão. A cena dos dois deputados - rivais na disputa interna do PT - tocando piano a quatro mãos no jantar em homenagem à chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, sexta-feira à noite, é usada pelos participantes do encontro para explicar o clima de união do PT paulista em torno da virtual candidata à Presidência.- O PT de São Paulo entendeu direitinho o recado do presidente Lula. Se havia alguma resistência de paulistas a Dilma, acabou ontem (sexta) - disse um dos participantes, pedindo sigilo. " O PT de São Paulo entendeu direitinho o recado do presidente Lula. Se havia alguma resistência de paulistas a Dilma, acabou "Dos mais de sessenta convidados, apenas o deputado José Genoino (PT-SP), que comemorava os 90 anos do pai no Ceará, não compareceu. As bancadas municipal, estadual e federal do PT paulista, prefeitos da região metropolitana e dirigentes partidários de diversas tendências se reuniram para beijar a mão de Dilma. Marta e os presidentes nacional, estadual e municipal do PT paulista, Ricardo Berzoini, Edinho Silva e José Américo, deixaram o jantar com a incumbência de elaborar uma agenda para alavancar a campanha de Dilma no estado mais populoso do país. - Uma agenda política, nos fins de semana, desvinculada do trabalho - detalhou o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), um dos participantes.
Casa de Marta é palco de sorrisos entre rivais - A ordem - que partiu do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva - era dar uma demonstração de unidade, abrir as portas do PT paulista - principal núcleo de poder do partido - a Dilma e dirimir dúvidas sobre possíveis resistências à sua candidatura à Presidência em 2010. Coube a Marta Suplicy apresentar Dilma - mineira com carreira construída entre Porto Alegre e Brasília - ao PT paulista. Marta abriu a noite exaltando a união do partido em um curto discurso ao lado da lareira. Dilma falou em seguida, destacando a necessidade de dar continuidade aos programas de Lula. - Só uma candidatura do PT pode garantir esta continuidade - afirmou a ministra chefe da Casa Civil. A própria Dilma Rousseff admitiu, antes do jantar, que precisa submeter ao partido a sua candidatura, mas deixou clara a intenção de disputar, dizendo que o Brasil já está maduro o suficiente para ter uma mulher presidente, e que 'ainda' não é candidata. Outra demonstração de unidade foi a presença dos principais pré-candidatos do partido ao governo paulista: Arlindo Chinaglia, Antonio Palocci e a própria Marta.Nomes que correm por fora, como o prefeito de Osasco, Emídio Souza (apadrinhado por João Paulo Cunha), Aloizio Mercadante e Eduardo Suplicy, também compareceram. O marido de Marta, Luís Favre, fez as vezes de fotógrafo. Dilma, paciente, posou ao lado das bancadas, com prefeitos e dirigentes. Na hora da foto com a numerosa bancada federal, surgiu uma indicação de que Palocci largou na frente na disputa pela candidatura petista ao governo do estado. Atendendo a pedidos gerais, o ex-ministro da Fazenda sentou-se no centro do sofá, entre Dilma e Marta. Palocci, que depende de uma absolvição no processo sobre a quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa - ainda tentou se esquivar: - Estou gordo, vou ocupar muito espaço - argumentou. Chinaglia sentou-se à esquerda de Marta. Atrás ficaram os mensaleiros João Paulo e Mentor.Comentários: Se o Partido dos Trabalhadores sair UNIDO nas eleições do próximo ano, com a popularidade do presidente Lula em alta, dificilmente o povo brasileiro deixar de votar na Dilma Rousseff. Sua eleição será um voto de agradecimento do povo ao excelente governo Lula.

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