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Saraiva
A conquista da Asia.
***Minha amiga Lúcia Orpham, do Blog do Orpham, enviou reportagem publicada no El País de 18/06, sob título "Nova etapa de Lula na conquista da Asia." Clique aqui para ler a reportagem na íntegra, em espanhol.
Juan Arias, do Elpais.com, escreve sobre o avanço de Lula na Asia.Em reunião com o presidente kazaki, Nursultán Nazarbáyev, Lula sugeriu que os países emergentes devem ter maior peso nas decisões da ONU, inclusive nas iniciativas internacionais de desarmamanto nuclear, além de se posicionar contra a proliferação de armamentos de extermínio em massa e sobre o comércio bilateral entre Brasil e Kazakstão.
A agenda anterior de Lula o levou a Ekaterimburg (Russia), para participar de reunião dos BRIC - Brasil, Russia, India e China, onde discutiram sobre o domínio do dólar nas transações comerciais internacionais. O BRIC pretende reforçar o sistema financeiro internacional para dar maior protagonismo aos emergentes.
Lula, vestido ao estilo kazaki, ao lado do presidente Nursultán Nazarbáyev- EFEA reportagem diz que o papel do Brasil e do presidente Lula, tanto na primeira reunião do BRIC como na visita ao Kazakstão, é importante devido às características do Brasil, por sua capacidade de diálogo e pela perspicácia de Lula, que olhou para a Asia desde que chegou ao poder, visando alargar os horizontes do Brasil e da América Latina.
"A visita ao Kazakstão pode parecer simbólica", diz trecho da reportagem, e continua: "Mas é mais que isso. Lula sabe que o país é rico em gás natural e petróleo, que duplicaram as compras de produtos brasileiros e que pretendem ampliar suas relações econômicas. (...) Lula está aproveitando para mostrar ao mundo uma nova ordem mundial e intui que o Brasil, como futura potência, não pode manter-se fechado em si mesmo."
A reportagem termina citando palavras do embaixador Marcos Azambuja que diz que, entre os BRIC, somos o país mais avançado institucionalmente, e menciona, ainda, o Ministro Mangabeira Unger, catedrático de Harvard e ex-professor de Barack Obama, que afirmou sermos um país democraticamente estável como qualquer outro do primeiro mundo.
Como se vê, a imprensa estrangeira dá um peso ao Brasil que a midia local esconde. As manchetes dos periódicos brasileiros deram maior ênfase à foto de Lula usando trajes típicos do Kazakstão que à repercussão internacional dos encontros.
Lula sabe que só nos tornaremos realmente desenvolvidos se nos unirmos aos países emergentes, com as mesmas características que as nossas; está comprovada a ineficácia da dependência dos EUA e do bloco europeu ocidental. O respeito que merecemos virá à partir de demonstrações como esta, de força política e perspicácia."O cara" criou o roteiro que devemos seguir para inserir o Brasil na posição que merecemos no cenário internacional.
E está conseguindo.
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Por Júlio Pegna às 7:54 AM 1 comentários
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