Procurei centrar minha fala no nosso tamanho de nosso papel na comunicação.
Não podemos considerar que já representemos um veículo de comunicação de massa. Pela limitação de acesso à internet do povo brasileiro, pelas nossas próprias limitações – afinal, os blogs são iniciativas pessoais, com parcos recursos, quase sem pessoal – e pela concorrência com os grandes portais, que usam toda a sua sinergia com os veículos de mídia controlados pelo mesmo grupo, ainda está longe o momento em que possamos dizer que os blogs são um grande veículo de informação.
Mas, destaquei, ainda assim somos fundamentais, porque acabamos por balizar o comportamento dos grandes veículos, criando limites para sua capacidade de manipulação dos fatos, porque podemos oferecer combate a ela, revelando a verdade, como aconteceu diversas vezes na campanha de Dilma. Aliás, recordei que o fenômeno do “meteorito” de papel que atingiu José Serra – um factóide que acabou desmoralizado – foi um daqueles em que a ação da blogosfera foi decisiva para desmontar a farsa.
E esta luta contra mídia é a própria luta pela transformação de nosso país. Porque é ela, diante de todos os processos de mudanças, torna-se a principal arma do “status quo”. Se Lula representou a retomada do projeto de desenvolvimento nacional e de justiça social que se implementou no Brasil no trabalhismo de Vargas – resgate que tão bem se representou naquele momento em que ele repete o gesto de getúlio de exibir as mãos encharcadas pelo petróleo brasileio – nós representamos também a oportunidade de sermos uma barreira valente e combativa às ondas de mídia que se levantam contra este sonho.
Coloco aí em cima o vídeo de minha intervenção inicial – agora estamos no debate – gravado e solidariamente cedido pelos companheiros do Centro de Cultura da América Latina, de Porto Alegre, que está aqui no encontro com seu blog www.laintegracion.org
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