Reinaldo: "Não há nenhuma razão para que o processo continue no Supremo"

O ministro Roberto Barroso apareceu
ontem na televisão, com aquele jeito muito peculiar de ser circunspecto,
para comentar o caso do agora ex-deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG).
Afirmou que o Supremo irá avaliar se o processo continuará no tribunal
ou migrará para a primeira instância. Disse que será preciso avaliar as
circunstâncias. Ele pode tomar a decisão monocraticamente, mas o mais
provável é que submeta a questão ao plenário.
Natan Donadon, por exemplo, na
véspera de ser julgado pelo Supremo, já com a defesa apresentada,
decidiu renunciar. O tribunal considerou que se tratava de uma manobra e
decidiu julgar o caso. Com Azeredo, é diferente. Seu advogado ainda nem
apresentou a defesa.
Os petistas não precisam chiar, já
que têm um precedente debaixo do seu teto. Lembram-se dos empréstimos
fraudulentos do BMG às empresas de Marcos Valério e ao PT? Pois é.
Resultaram na Ação Penal 420. Corria no Supremo. Só que José Genoino,
único réu que tinha foro especial por prerrogativa de função, deixou de
tê-lo quando não foi eleito. Então o processo foi enviado para a 4ª Vara
Federal de Belo Horizonte.
Quando ele decidiu assumir a vaga de
deputado, a ação retornou ao Supremo. Tão logo renunciou, seguiu de
novo para a primeira instância. Atenção! Nesse processo do BMG, Genoino
foi condenado na primeira instância a quatro anos de prisão por
falsidade ideológica. Aliás, esse é o caso em que as digitais de ninguém
menos do que Luiz Inácio Lula da Silva aparecem de modo insofismável.
Não há nenhuma razão para que o processo continue no Supremo. A menos que se queira tomar uma decisão, de fato, de exceção.
Não há nenhuma razão para que o processo continue no Supremo. A menos que se queira tomar uma decisão, de fato, de exceção.
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