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Saraiva
Um terrorista que carrega no cinto uma fieira de bombas pode matar 20, 30, quem sabe 200 pessoas. O terrorista munido de letras infectadas, entretanto, maquiavelicamente destrói milhares de negócios e empreendimentos. Ele leva à falência seu principal fornecedor, afugenta seu parceiro estratégico e, principalmente, espanta seu cliente.
Por trás dos grandes jornais e revistas, instala-se hoje o pior e mais covarde terrorista. Ele instaura o medo, e assim paralisa máquinas, interrompe projetos e baixa as portas do comércio. Ele deturpa, recorta, oculta, edita e espetaculariza a crise internacional. Sua guerra é "biológica". Ele tenta contaminar a tudo e a todos com a desconfiança.
Este é o pior terrorista, o que joga contra você e contra o seu negócio.
O dicionário Aurélio define terrorismo com absoluta clareza:
1) Modo de coagir, ameaçar ou influenciar outras pessoas, ou de impor-lhes a vontade pelo uso sistemático do terror.
Esta tem sido justamente a prática de profissionais lotados nas redações das principais empresas jornalísticas do Rio de Janeiro e de São Paulo, distribuidores de "notícias" para o resto da mídia nacional.
Bombardeio diário
Os sites desses veículos de comunicação têm realizado um bombardeio diário de informações negativas, destinadas a disseminar e ampliar o pessimismo entre os brasileiros.
Perceba: cada número é minuciosamente estudado para que a manchete promova receio e apreensão. Mesmo que determinado setor tenha experimentado crescimento no ano, logo se encontra uma maneira de sensacionalizar algum arrefecimento nos negócios.
Escreve lá o dedicado redator: "esta é a pior taxa de aceleração numa primeira semana de dezembro dos últimos 10 anos no Oeste de Santa Catarina". Ou seja, seleciona-se apenas o que assusta, o que amarra, o que bloqueia.
Este, meu amigo e minha amiga, é o pior terrorista. Ele assassina a Matemática. Ele confunde propositalmente diminuição no ritmo de aceleração com retração. Até setores que crescem passam a figurar na página de más notícias.
Essa campanha diária tem objetivos obscuros. Os terroristas midiáticos tentam parar o Brasil para construir um argumento de contestação política. Ainda que nosso país tenha se mostrado capaz de enfrentar os efeitos da crise internacional, a imprensa brasileira abusa da auxese. Faz com que o cenário pareça muito pior aqui do que lá fora.
A comparação entre sites jornalísticos brasileiros, norte-americanos e europeus é estupefaciente. Faz parecer que a crise é mais destrutiva aqui do que lá.
Ameaça e antídoto
A mídia terrorista tem atingido parcialmente seu intento. Tem imobilizado empreendedores, motivado demissões preventivas, interrompido projetos e assustado o consumidor. O terrorista midiático cria, portanto, um processo de paranóia coletiva, que pouco a pouco, em efeito dominó, derruba o complexo sistema de trocas econômicas.
Em nome de objetivo egoístas e mesquinhos, politicamente particulares, a mídia terrorista está sufocando seu mercado, destruindo seu negócio e assassinando o seu sonho.
O terrorista midiático nunca tem nada a perder. Mercenário de carteira assinada ou free-lancer, ele está sempre seguro. E frequentemente seus atos de sabotagem lhe rendem generosíssimas gratificações.
Em suas linhas de retaguarda, alinham-se os cavaleiros do apocalipse, como os publicitários nizânicos e certa malta de economistas uspeanos. Estes últimos, em suas pavoneações de rádio, atemorizam sistematicamente o cidadão. - Não comprem. Não comprem. Não gastem dinheiro algum – ordenam, do alto da cátedra.
Essa, pois, é a receita para que o próprio cidadão, mais à frente, perca o emprego. E é nessa perversa reação em cadeia que o terrorista midiático aposta todos os dias. Ele conspira para destruir seu negócio, para roubar o emprego de seus clientes e consumidores. Enfim, ele pretende criar dificuldades para você e para sua família.
http://edu.guim.blog.uol.com.br
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