quinta-feira, 28 de outubro de 2010

As intenções da Folha


Mair Pena Neto, Direto da Redação

“O que está por trás da insistência da Folha de S.Paulo em obter os autos do processo que levou Dilma Rousseff à prisão durante a ditadura militar no Brasil? O nobre propósito da informação como direito da sociedade ou a intenção espúria de interferir no processo eleitoral com algum dado suspeito que pudesse assustar a população?

Tomar conhecimento dos fatos que envolvem candidatos ao cargo máximo da República é um direito dos eleitores, e torná-los públicos, um dever da imprensa. Mas a ficha pregressa da Folha sinaliza que o segundo objetivo levantado na abertura deste artigo estaria mais próximo da verdade.

Desde a pré-campanha, a Folha se empenha em apresentar Dilma como uma temível guerrilheira. Para tanto, não hesitou publicar em abril desse ano uma ficha falsa do Dops, que a envolvia no planejamento de um suposto seqüestro do então ministro da Fazenda, Delfim Neto, em 1969, quando ela militava em um dos movimentos da luta armada contra a ditadura.

Contrariando as normas mais elementares de verificação dos fatos, a Folha publicou com destaque, incluindo chamada na primeira página, uma ficha recebida por e-mail e que já circulava há cinco meses na internet, em um site de ultradireita. Vinte dias depois da publicação, a Folha foi obrigada a reconhecer seu erro, mas o fez de forma envergonhada, sem destinar à correção o destaque que dera à notícia equivocada.

Outro elemento que reforça a possível intenção de incriminar de alguma forma a candidata petista é a proximidade que o Grupo Folha sempre teve com a ditadura. Seja promovendo a repressão política através das páginas da Folha da Tarde, um dos títulos que detinha à época do regime de exceção, ou emprestando seus carros de reportagem para perseguição e captura de adversários do regime, que muitas vezes foram torturados e mortos antes de desaparecerem por completo.”
Artigo Completo, ::Aqui::

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