O Serra vive perdendo chances de ficar quieto. É impressionante como tem dificuldade de expressar ideias. Mas essa ideia do financiamento do puxadinho tem história, e é melhor entendê-la para que as críticas sejam mais efetivas.
O financiamento da construção da casa própria popular - que nas grandes cidades obviamente só pode ser o puxadinho, pela falta de espaço para a construção de uma casa decente - tem a ver com uma política super-liberalizante que virou moda com o economista peruano Hernando de Soto. Ele não é inventor de nada, mas juntou uma série de práticas que ele conheceu ao redor do mundo como se fossem a panacéia para o fim da pobreza, nos anos 90.
Linha mestra do argumento dele é que os pobres já têm os bens de que necessitam para viver, só que esses bens não são reconhecidos no mercado formal. Embora possa haver outros, o principal bem a que de Soto de refere é a casa. Bem ou mal, os pobres moram. Sendo assim, basta que o poder público reconheça aquela casa, dê a escritura para o morador e zapt!, o proprietário entra no mercado formal de crédito e toca a sua vida. O banco empresta dinheiro aos pobres e os pobres mudam de vida.
Serra não entende nada das necessidades da população, dos mais carentes, é um grande falastrão.
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