sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Folha de São Paulo. outubro de 1997
A primeira-dama Ruth Cardoso (esposa de Fernando Henrique cardoso) defendeu ontem a aprovação pelo Congresso Nacional da lei que regulamenta a realização de abortos legais em hospitais públicos, afirmando que ela apenas ratifica o que já está na legislação.
Ela disse que a chegada do papa João Paulo 2º hoje ao Brasil não deve ter nenhuma interferência na votação da lei no Congresso. Para a primeira-dama, "a relação entre o Congresso Nacional e o papa é zero". Segundo ela, "esse é um problema da sociedade brasileira".
"Não há nenhuma novidade, não há nenhum enfrentamento de quem seja contra ou a favor", disse Ruth. Para ela, a lei em tramitação "é um direito garantido que está sendo estendido às mulheres com menos recursos, porque elas não são atendidas no serviço público, quando deveriam ser".
A lei que tramita no Congresso permite que sejam realizados na rede pública de saúde abortos em casos de gestação causada por estupro ou em casos nos quais haja risco de vida para a gestante. A legalidade do aborto nesses dois casos está prevista no Código Penal de 1941. Os comentários de Ruth Cardoso foram feitos na favela da Rocinha (zona sul do Rio).
Como vocês podem notar, o assunto é antigo, está sendo requetando pela mídia, que está pautando a campanha de José Serra.
Igual estão fazendo com Dilma
Bispos acusam Ruth Cardoso de demagogia e agressão ao papa
A declaração da primeira-dama Ruth Cardoso a favor da aprovação da lei que regulamenta o aborto legal foi classificada de "agressão ao papa", "oportunista" e "demagógica" por bispos que participam do Congresso Teológico Pastoral, que acontece no Rio paralelamente à visita do papa.
Ao tomar conhecimento das declarações de Ruth, o presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), d. Lucas Moreira Neves, foi seco: "Haverá uma resposta, mas não agora".
Anteontem, Ruth afirmou, após cerimônia no Rio, que a proposta de regulamentação da lei do aborto é "um direito garantido que está sendo estendido às mulheres com menos recursos, porque elas não são atendidas no serviço público, quando deveriam ser".
Ruth Cardoso disse ainda que a visita do papa ao Brasil não terá interferência na votação da lei.A lei que tramita no Congresso regulamenta o aborto para mulheres que estejam em risco de vida em razão da gravidez ou que tenham sido estupradas.
Sáo falta José Serra convidar Miriam cordeiro para integrar sua campanha
A questão do aborto também foi usada a eleição de 1989. Nos faz lembrar o jogo sujo da velha mídia (Globo, Veja, Estadão, Folha) na campanha de Fernando Collor de Mello contra Lula.Agora, volta com Serra contra Dilma!
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