A primeira vista poderíamos dizer que são antagônicos e excludentes. Não são. A fé segundo qualquer denominação é guiada por princípios ou dogmas. Para aqueles que não são afeitos a nenhum credo, esses alinhamentos são as estruturas basilares que se assentam a fé. A ruptura com algum deles, sejam estes que são mais expostos ou aqueles que estão menos salientes, desestabiliza e ameaça a construção da fé. Exatamente por isso, cada pastor, padre, bispo ou imã tem o dever de cuidar não apenas do rebanho, mas, de não permitir o risco da ruptura e o comprometimento da fé. Nos governos democráticos em todo o mundo o chefe de estado é responsável por cuidar dos cidadãos e proteger a fé e todos os seus princípios relacionados as liberdades, a igualdade e dignidade da pessoa humana. Nesse ponto, política e religião se aproximam. Ambos buscam o bem comum, o respeito e a valorização do ser humano – a vida cm dignidade. Avesso a utilização do cargo, título ou profissão para as candidaturas e o convencimento do eleitor, deparo agora com uma cisão proporcionada não pelas crenças, nem pela forma de governo, mas por interesses de poder. Algumas das questões que tomaram conta das discussões não são plataformas de governo, até porque, precisam de emenda constitucional e não meramente de uma lei ordinária. É preciso que o eleitor saiba disso. Ninguém tem falado. Por outro lado, existem questões científicas e jurídicas que precisam ser esclarecidas pela comunidade científica e o pronunciamento do Supremo Tribunal Federal dizendo entre outras situações, o que é vida. Tem muitas inverdades lançadas por pessoas alheias as campanhas e que apenas tumultuam e não esclarecem. Nunca fui favorável ao segundo turno mas, quem sabe agora, se discuta o modelo de governo que DILMA PRESIDENTE e o candidato da oposição e representante de Fernando Henrique, pretendem implementar. Os avanços que se conseguiram sob o governo do Presidente LULA não podem ser colocados em risco, ou alguém quer voltar a ter um salário de menos de 100 doláres? Não se trata do valor nominal do salário mínimo, mas do que ele permite de aquisição? Imagine o estudante que está sonhando com o PROUNI e vê isso ameaçado? Imagine as políticas públicas de igualitarização e de reforma agrária, ainda que não tenham atingido o nível desejado mas, voltar atrás, é algo extremamente doloroso. Não é hora de discutir convicção religiosa. Vamos respeitar as crenças de cada cidadão. Vamos discutir, lutar, brigar pelas convicções políticas, para que hajam melhorias para todo o ser humano, independente de sua crença religiosa ou de qualquer outra condição. Basta que seja humano e principalmente, brasileiro. Entre os dois modelos oferecidos aos brasileiros, me permitam, sou muito mais DILMA PRESIDENTE. Ah! Experiência? Nenhum dos dois tem. Nenhum deles foi Presidente do Brasil. Experiência em ministério, governo de Estado e Município, convenhamos, é muito diferente de ser chefe do Estado nacional. Então se precisa de um motivo para decidir, vote DILMA porque tem o apoio do LULA. Quanto ao outro candidato tem o apoio de FHC. Em quem se pode acreditar? LULA ou FHC , Dilma ou seu adversário? Não é uma questão de fé. É condição de política de Estado. De modelo de desenvolvimento.
Vote 13, confirme. DILMA PRESIDENTE.
Hilda Suzana Veiga Settineri
Matéria publicada por Leda Ribeiro (Colaboradora do Blog)
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