quarta-feira, 20 de outubro de 2010

FOLHA MEXEU COM BRASA DORMIDA. E REACENDEU UM PAVIO CURTO NAS RELAÇÕES SERRA-AÉCIO

Diante da escorregada de seu candidato nas pesquisas de intenções de voto [hoje sai novo Ibope], a Folha abriu manchete garrafal nesta 4º feira para requentar o tema da quebra de sigilo fiscal de impolutas figuras que cercam a vida e as obras de José Serra. Mexeu com brasa dormida. E reacendeu um tema inoportuno a Serra, carente, mais que nunca, de apoios em MG.
O destinatário das informações fiscais mencionadas foi o jornalista Amaury Jr, cujo depoimento à Polícia Federal, traz revelações bem mais incomodas à campanha tucana do que petista.
Vejamos:

a) o jornalista afirmou que sua pesquisa teve como origem, motivação e destino original a defesa preventiva do ex-governador Aécio Neves;
b) Defesa contra quem Amaury?, perguntou a Polícia Federal. Resposta: contra Serra e seu agente de espionagem e dossiês, deputado Marcelo Itagiba (PSDB-RJ), ex-policial federal, que naquele momento produzia dossiês contra Aécio Neves, para forçá-lo a desistir da postulação presidencial dentro do PSDB [Leia 'Serra em intercurso com a extrema-direita'].
c) o trabalho foi iniciado enquanto Amaury era funcionário do jornal 'Estado de Minas', que apoiava Aécio nesse duelo entre bicudos.
d) o jornalista afirmou ainda que só mais tarde, concluído seu levantamento sobre recursos e riquezas enredados na biografia de Serra, teve contato com círculos da pré-campanha do PT. Seu computador, então, foi furtado --acredita Amaury-- por alguém desse círculo. A partir daí o tema vazou para os jornais. Cabe agora aos jornais informar a seus leitores o que, afinal, contem de tão importante o dossiê sobre Serra apurado pelo respeitado jornalista Amaury Jr, vencedor de três Premios Esso de Jornalismo, dois deles em trabalhos publicados no jornal O Globo.

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