"Gracias Néstor. Pusiste una Argentina de pie, sos un verdadero patriota. Te vamos a extrañar mucho"
(um dos muitos cartazes levados por milhares de pessoas que desde ontem se aglomeram em torno da Casa Rosada, levando flores e lágrimas em homenagem ao ex-presidente Kirchner).
Governo de Néstor Kirchner (2003/07) tirou a Argentina do cemitério econômico onde fora enterrada pelo neoliberalismo de Menem e De la Rúa. A exemplo dos tucanos no Brasil, Menem privatizou amplamente o patrimonio publico argentino e terceirizou a própria moeda numa dolarização desastrosa. Ao deixar a Casa Rosada, em 1999, incluía em seu passivo uma taxa de desemprego de 20%, a classe média empobrecida, dívida externa explosiva e o parque fabril esfarelado pela farsa do 'peso forte', que tornou impossível competir com as importações. Empossado em 2003, Kirchner não hesitou: decretou a moratória da dívida externa, impondo aos credores uma renegociação com desconto de 75% -- a maior da história mundial. Vitorioso nesse braço de ferro, recompôs o poder aquisitivo da população e devolveu a auto-estima aos argentinos ao colocar torturadores no banco dos réus. Hoje, a Argentina desfruta novamente de crédito internacional e a economia projeta um crescimento de 9% em 2010. Sucedido pela esposa, Cristina Kirchner, Néstor era tido como favorito para as eleições presidenciais de 2011. Sua morte deixa à viúva e valente Cristina a incontornável missão de buscar um novo mandato para impedir a volta da direita ao poder.
FALTAM 3 DIAS:
BRASIL, MONTANHA ACIMA; OPOSIÇÃO, SERRA ABAIXO
Economia chega ao final da campanha bombando; Serra tem mais rejeição (43%) do que votos (36,7%), mostra a Sensus.
Volume de crédito na economia brasileira já equivale a 46,5% do PIB -era inferior a 25% do produto no governo FHC. Taxa de juros ao consumidor é a menor desde 1994. Prazo médio de financiamento é o maior da história. Nível de inadimplência é o menor desde 2005. Salário médio dos brasileiros -em termos reais-- é o maior dos últimos oito anos Nível de desemprego é o menor da série do IBGE iniciada em 2002. Em São Paulo o desemprego caiu a 11,4%, contra 18,5% no governo FHC (Dieese). Em alguns capitais, como Belo Horizonte , Rio e Porto Alegre, mercado já experimenta características de pleno emprego: parcela dos sem trabalho é inferior a 5% da PEA;oferta de vagas cresce mais rápido que o ingresso de novos contingentes ao mercado. Investimento estrangeiro na produção (não especulativo) cresce e atinge 1,57% do PIB. Recordes: governo Lula tem 83% de aprovação; Serra, 43% de rejeição.
(Carta Maior - 28/10)Matéria publicada por Leda Ribeiro (Colaboradora do Blog)
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