Oct
Estou acompanhando o noticiário em torno do suposto dossiê – cujo conteúdo continua um mistério total – sobre os negócios da família Serra. Desnecessário dizer que é preciso condenar com veemência qualquer método de obter dados fora da lei e por meio de suborno.
Mas é essencial que, como em qualquer ato ilegal, se descubra o autor, o mandante e a motivação.
O jornalista Amaury Ribeiro trabalhava para quem, na época (setembro de 2009)?
De onde vieram dos R$ 12 mil para a compra dos dados sigilosos, se ela, como teria dito em depoimento, foi feita?
Com quem o jornalista discutiu o assunto em seu emprego, na época, no jornal O Estado de Minas?
Quem financiou – e para que – as viagens que o jornalista fez a São Paulo para receber os dados?
Se a Polícia Federal mantivesse todos os dados colhidos em seu procedimento investigatório, bem.
Mas vezar apenas uma parte dos dados, não.
Na prática republicana, vale mais que qualquer outra regra a de que o sol é o melhor desinfetante.
A esta altura, depois de meses de noticiário sobre quebra de sigilo, não creio que isso vá representar qualquer abalo.
Mas é um dever republicano, revelada meia-verdade, revelar a verdade inteira.
Não é possível que um órgão público, a Polícia Federal, faça “vazamentos” seletivos de informação.
Ou nada, ou tudo.
É melhor tudo.
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