terça-feira, 19 de outubro de 2010

O Brasil do emprego e do salário não pode acabar

19
Oct

Saíram os dados do Ministério do Trabalho sobre a geração de empregos com carteira assinada em setembro. E foram mais 246.875 vagas. Claro que a nossa imprensa, torcendo como sempre para que tudo dê errado na economia, prefere destacar que o emprego “cresceu menos do que o esperado”, porque não se bateu o recorde de 286 mil empregos em setembro de 2008.

O fato de termos alcançado um recorde histórico na geração de empregos neste anos – 2,2 milhões em nove meses – não lhes importa. Nem o fato de que a indefinição do primeiro turno das eleições possa ter adiado a decisão de muitas empresas em contratar merece algum tipo de apuração. Ou vocês acham que a possibilidade de uma vitória de Serra, com uma maxidesvalorização cambial e um processo recessivo não assusta os empresários? Adiar as decisões de contratação um pouco mais significa uma espécie de “seguro” contra custos de uma possível posterior demissão, provocada pelo desaquecimento da economia.

Até porque não há qualquer expectativa na população de redução de consumo. Segundo pesquisa da Confederação Nacional do Comércio divulgada hoje, a expectativa de compras é a maior já registrada em seus levantamentos este ano.

Também não vai merecer muito destaque o fato de ter havido, janeiro a setembro deste ano, aumento no valor médio do salário de admissão de 5,23% (valorização real, já descontada a inflação) em relação ao mesmo período de 2009. Em moeda (corrigida) o salário inicial médio passou de R$ 788,55 para R$ 829,76. Desde 2003, esse valor subiu 29,51%, repito, acima da inflação. Há sete anos, o salário médio inicial era de R$ 640,68.

Este é o Brasil do salário e do emprego a que a turma do Serra quer por fim.

Mas não vai.











Postado por Brizola Neto 6 comentários

Matéria publicada por Leda Ribeiro (Colaboradora do Blog)

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