quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Plataformas terão índice maior de nacionalização

Kelly Lima / RIO – O Estado de S.Paulo

RIO
A Petrobrás espera aumentar em dez pontos porcentuais, em média, o índice de conteúdo nacional na construção de suas plataformas nos próximos anos. A estimativa foi feita pelo gerente de engenharia da empresa, Pedro Barusco, com base no início de operação do estaleiro Inhaúma, no Rio, arrendado pela Petrobrás para fazer a conversão de cascos para plataformas.
O teor do conteúdo nacional médio de uma plataforma, como a P-57, que será inaugurada hoje em Angra dos Reis, está na média de 68%, segundo divulgação da Petrobrás. A unidade teve seu casco convertido em Cingapura. O cálculo, porém, exclui os módulos de compressão de gás natural e de geração de energia, que são feitos fora do Brasil.

“É prática na indústria mundial do petróleo excluir estes módulos do cálculo, porque são poucos os construtores que existem no mercado”, disse. A Petrobrás não confirma, mas especialistas do setor acreditam que o cálculo do conteúdo nacional poderia cair abaixo de 50% caso fossem considerados estes módulos.

Segundo Barusco, o antigo estaleiro Inhaúma, que estava desativado no porto do Rio, poderá começar a operar dentro de seis meses. A área foi arrendada pela Petrobrás por um período de 20 anos e deverá passar por reformas para se adequar às necessidades da estatal.

A companhia tem aprovado orçamento de R$ 40 milhões para as obras de infraestrutura que darão ao estaleiro capacidade de construção de até dois cascos simultaneamente.

No mercado, a estimativa é que a reforma do estaleiro deve chegar a US$ 150 milhões. Barusco acredita que seja possível a utilização do estaleiro na licitação para o equipamento que será instalado no campo de Siri, na Bacia de Campos, até o fim do ano. “Se não der tempo de fazer isso com Siri, o próximo FPSO (navio-plataforma) que formos licitar será no estaleiro”.

Postado por Luis Favre
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Do Blog do Favre.

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