- Publicado em 15/10/2010
O Tonico Ferreira não desmentirá esta reportagem da Cynara Menezes.
Clique aqui para ler “jornal nacional prova que Paulo Preto não existe”.
Porém, a Carta Capital que chega às bancas dá o curriculum vitae desse ilustre tucano, aquele que na Istoé aparece ao sumir com R$ 4 milhões da campanha do Serra.
Preto disse que as empreiteiras deram muito mais do que R$ 4 milhões à campanha do Serra.
E avisou: não se abandona o ferido na beira da estrada.
Durante quatro anos, ele trabalhou no Palácio do Planalto, na jestão do Farol de Alexandria.
Terá sido na sala ao lado do Eduardo Jorge, aquele que telefonava para o Juiz Lalau ?
A questão é tão grave que o Serra partiu para cima de um repórter do Valor só porque lhe perguntou pelo Paulo Preto.
Serra, primeiro, disse à Dilma que nunca tinha ouvido falar do Paulo.
Depois, enquanto fazia o sinal da Cruz em Aparecida, disse que Paulo Preto não tinha feito nada de errado.
(Veja o que diz o Oráculo de Delfos: “Paulo Preto na veia dele ! Paulo Preto ganha uma eleição !”.
O amigo navegante ficou impressionado com a “reportagem” do Tonico Ferreira no jornal nacional ?
É inesquecível.
Ela foi uma notável contribuição à História do Jornalismo Contemporâneo: o desmentido a uma reportagem que o jornal nacional não exibiu.
O Ali Kamel é outro jenio !
Acompanhe agora trechos da reportagem da Cynara:
O último cargo público do engenheiro em governos do PSDB foi como diretor de engenharia da empresa Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), cargo do qual foi demitido em abril, poucos dias após Serra se lançar à Presidência. Mas sua folha de serviços prestados ao PSDB é extensa. Há 11 anos ocupava cargos de confiança em governos tucanos e era diretor da Dersa desde 2005, primeiro nas Relações Institucionais e depois na engenharia, nomeado por Serra. Trabalhou no Palácio do Planalto durante os quatro anos do segundo governo Fernando Henrique Cardoso como assessor especial da Presidência, no programa Brasil Empreendedor Rural. Em São Paulo, foi responsável pela medição de obras e pagamentos a empreiteiras contratadas para construir o trecho sul do Rodoanel, que custou 5 bilhões de reais, a expansão da avenida Jacu-Pêssego e a reforma na Marginal do Tietê, estimada em 1,5 bilhão.
Quem levou Vieira de Souza para o Planalto foi Aloysio Nunes Ferreira, recém-eleito senador pelo PSDB, de quem Paulo Preto se diz amigo há mais de 20 anos. Ferreira dispensa apresentações. Em 3 de outubro foi o candidato ao Senado mais votado do Brasil, depois de ter sido chefe da Casa Civil no governo paulista.
De acordo com a IstoÉ, familiares de Vieira de Souza chegaram a emprestar 300 mil reais para Ferreira, quantia -assumidamente utilizada pelo novo senador para quitar o pagamento do apartamento onde vive, em Higienópolis. O engenheiro mantém, aliás, um padrão de vida elevado, muito acima de quem passou boa parte da carreira em cargos públicos. É dono de um apartamento na Vila Nova Conceição em um edifício duplex com dez vagas na garagem, sauna privê e habitado por banqueiros e socialites. Pela média de preços da região, um apartamento no prédio não custa menos de 9 milhões de reais.
Se o Palocci deixar, bem que a Dilma podia falar desse rapaz no horário eleitoral, não ?
Paulo Henrique Amorim
Matéria publicada por Leda Ribeiro (Colaboradora do Blog)
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