Depois dos feriados, andando na rua e espichando os ouvidos, recolhendo pedaços de conversas, deu para perceber que a discussão sobre o voto, ao menos aqui no Rio, começou a ir para a rua. Depois da “ressaca” eleitoral e do feriadão, o processo de formação do voto decisivo está deixando o recesso da opção individual e assumindo a natureza que de fato tem: uma questão coletiva, pois diz respeito a todos.
Nas conversas que tive – e peço perdão a todos por, em razão delas, postar menos – pude ir afinando alguns argumentos. Sem dúvida, para as pessoas mais bem informadas, a questão do petróleo foi a que teve maior peso. Mas houve outro argumento que calou fundo nas pessoas mais simples.
Dizer que o Brasil, agora, tinha mais emprego, mais crédito, que tinha mais perspectivas de progresso social é, sem dúvida, algo que todos percebem em sua própria experiência. Mas parece que, estranhamente, as pessoas “se acostumaram” com isso e o termo que a gente usa para advertir dos perigos – “o Brasil voltar ao passado” – não cala tão fortemente nas pessoas quanto uma pergunta muito simples e direta:
- E então, você quer jogar isso fora?
Eu recolhi esta impressão. Gostaria de que todos as testassem, em suas conversas e comentassem. Quem sabe a gente desenvolva juntos o nosso discurso para esta quinzena final e decisiva?
Daqui a pouco volto, para falar sobre o programa de TV.
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