Em
2005, questionado por haver comprado a aprovação da emenda da
reeleição, Fernando Henrique Cardoso procedia como se fosse advogado de
Fernandinho Beira-Mar: “Esses são fatos passados há dez anos. O que
aconteceu no passado é coisa da história”.
Pinochet
também pensava e dizia a mesma coisa. O outro Fernando, o Beira-Mar,
está preso por “fatos passados há mais de dez anos”. Se Fernando
Henrique não tivesse que prestar contas pela compra da reeleição há mais
de dez anos, Fernandinho Beira-Mar também não podia estar preso. O que
ele fez também “aconteceu no passado, é coisa da história”? E Fernando
Henrique mente:
“Não houve
nenhuma acusação de interferência, nem minha nem de ministros meus” (na
compra de votos para aprovar a reeleição) (Globo).
Ficou
tudo provado. Houve fitas gravadas, inquérito na Câmara, deputados
renunciaram ou perderam o mandato depois de confessarem que haviam
recebido dinheiro. E todo mundo sabe que quem comandou o mercado tucano
foi o ministro Sergio Motta, o Delúbio Soares de FHC.
Sebastião Nery
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