quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O crime de FHC



Em 2005, questionado por haver comprado a aprovação da emenda da reeleição, Fernando Henrique Cardoso procedia como se fosse advogado de Fernandinho Beira-Mar: “Esses são fatos passados há dez anos. O que aconteceu no passado é coisa da história”.
Pinochet também pensava e dizia a mesma coisa. O outro Fernando, o Beira-Mar, está preso por “fatos passados há mais de dez anos”. Se Fernando Henrique não tivesse que prestar contas pela compra da reeleição há mais de dez anos, Fernandinho Beira-Mar também não podia estar preso. O que ele fez também “aconteceu no passado, é coisa da história”? E Fernando Henrique mente:
“Não houve nenhuma acusação de interferência, nem minha nem de ministros meus” (na compra de votos para aprovar a reeleição) (Globo).
Ficou tudo provado. Houve fitas gravadas, inquérito na Câmara, deputados renunciaram ou perderam o mandato depois de confessarem que haviam recebido dinheiro. E todo mundo sabe que quem comandou o mercado tucano foi o ministro Sergio Motta, o Delúbio Soares de FHC.
Sebastião Nery

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