terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

A oportunidade de o povo de São Paulo vingar Pinheirinho

Ao lado, a arma adequada, democrática e cidadã para paulistas e brasileiros, de norte a sul, condenarem a violência do estado contra pobres em favor de especuladores.


A coluna de Jorge Lourenço no Jornal do Brasil aponta uma série de prejuízos que o PSDB poderá colher após o lançamento do livro A Privataria Tucana, de Amaury Ribeiro Jr., após a ação violenta e descabida contra a população de Pinheirinho, para reintegrar a posse de terras de um especulador, Naji Nahas, condenado pela Justiça mas que circula no grand mondè em liberdade e a política de segurança pública de resultados pela “dor e sofrimento” contra moradores de rua usuários de crack.
“O ano eleitoral mal começou, mas o PSDB já acumula prejuízos graças ao livro A Privataria Tucana, lançada no fim de 2011, e a ação truculenta no Pinheirinho. Em alguns municípios, não são raros os partidos que estão evitando se associar aos tucanos para não parecerem associados à imagem negativa que a sigla conquistou.
Rio e São Paulo
Na capital paulista, principal reduto tucano, a aliança com o recém-criado PSD já era tida como certa. Só que o presidente nacional da sigla, Gilberto Kassab, garantiu que as conversas com os tucanos estão vetadas e abriu as portas para o PT. No Rio de Janeiro, a situação foi parecida com o PV. Até o fim do ano passado, os verdes ainda viam com bons olhos uma chapa de oposição ao lado do PSDB. A intenção desapareceu de dezembro para cá. Coincidência?
Até onde se sabe a grande imprensa blindou e continuará blindando o quanto puder seus aliados paulistas, desinformando, distorcendo e relegando em indiferença editorial tais graves fatos para a população.
Mas enxergo nestes episódios, tristes e emblemáticos, a oportunidade de ouro do povo paulista e paulistano, empreendedores de um Brasil moderno e trabalhador, por intermédio do voto, varrer para o devido lugar o que exemplares condenáveis destas ações: o lixo!
A “remoção desta sujeira política” precisa ser rápida, a resposta, democraticamente exercida, contundente.

São Paulo terá a oportunidade de dizer ao Brasil que não compactua com o preconceito, a discriminação violenta e a política higienista dos atuais governantes da maior cidade da América do Sul e do estado mais rico do País.

O povo paulista poderá mostrar ao Brasil que convive bem com as diferenças, que não aceita injustiças e condena, irreversivelmente, a prática da lei dos mais fortes, a lei da selva desempenhada, desavergonhadamente, pelos ocupantes dos palácios do Bandeirantes e do Anhangabaú.

As urnas representam o arsenal das armas do povo pobre e trabalhador que vem sendo, diariamente, ameaçado por um pensamento ultraconservador, que domina as ações dos governos da capital e do estado, que se dizem praticantes e se proclamam como agentes da “obra de Deus”.

Será preciso mobilizar a opinião pública, furando o bloqueio midiático que se forma em torno dos tucanos, para levar ao cidadão comum a mensagem que condene e enterre, categoricamente, tais exemplos funestos.

É o momento de aglutinar agrupamentos políticos e sociais para vingar o povo de Pinheirinho e limpar a barra da grande maioria dos paulistas que deve estar envergonhada pelo que fizeram seus governantes.

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