quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Orçamento da Educação em 2012 aumenta 33,8%. Mas a notícia é de corte


Na semana, o noticiário econômico trouxe a notícia de cortes de R$ 55 bilhões no orçamento do governo federal para 2012. Para piorar a notícia, R$ 7,5 bilhões desse corte atinge a Saúde e Educação.

Será que estamos tendo um pesadelo?

Não. Em relação aos valores do ano passado, Saúde, Educação, PAC e Brasil sem Miséria estão tendo aumento real significativo (figura acima).

O que acontece é que, como o papel aceita tudo, a lei orçamentária para 2012 estava otimista demais, com previsão de receitas irreais e com aumentos das despesas acima da realidade. Então o corte foi apenas no exagero, e os investimentos em Saúde e Educação continuam aumentando ano a ano.

Depois do "corte", a educação continua tendo uma verba 33,8% maior do que teve no ano passado. A saúde ganhou aumento de 13% em relação ao ano passado.

Além disso, há muita coisa no orçamento que o corte é até obrigação. Vamos lembrar que a Fundação Roberto Marinho recebeu em anos anteriores R$ 17 milhões do Ministério do Turismo, e é investigada por rombo de até R$ 13,8 milhões.

O orçamento tem sido exagerado e sofrido cortes neste exagero todo ano. A notícia traz expectativas positivas no chamado mercado, e a taxa de juros cai, o que é o objetivo final do governo.

O governo Dilma, assim como Lula, tem administrado a macro-economia tendo como meta gerar empregos e melhores salários, erradicar a pobreza, e recuperar a capacidade de investimento. Para isso tem usado os instrumentos que dispõe: garantir crescimento econômico com distribuição de renda, controle da inflação, redução de juros reais através da redução da dívida em relação ao PIB, o que reduz o custo da dívida e libera recursos para investir.

Já virou rotina, e vem desde o governo Lula. Todo início de ano essas notícias provocam mau humor, principalmente pelo enfoque dado. Todo fim de ano, quando passa a régua e fecha a conta, os números mostram que a estratégia tem dado bons resultados, com redução da pobreza, aumento dos investimentos, dos gastos sociais, diminuição dos juros e inflação domada.

Com informações do Ministério da Fazenda (arquivo em PDF)

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